Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong , transmitida pelo Instituto Vida para
Todos diretamente do Auditório da Igreja em São Paulo, em 21/03/2022. Texto não
revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.
Mt 1:21,23; 3:16-17
Estou muito alegre pela luz recebida pelo livro de Mateus. Este livro nos apresenta um rei: o filho de Davi, que veio para ser o rei do Reino dos Céus e, por fim, tomar o reino que subsistirá por toda a eternidade. Logo no capítulo 1 somos apresentados ao nome desse rei: Jesus: “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”, e também Emanuel, que quer dizer Deus Conosco.
Jo 12:24; Sl 110:1
Nos capítulos seguintes vemos João Batista cumprindo seu papel de precursor, e anunciando a vinda do Rei. Jesus, então, após seu batismo, é apontado pelo próprio Espírito de Deus como o Filho amado do Pai e levado para o deserto, para ser tentado pelo Diabo. Após o período de tentação, Jesus inicia a pregação do evangelho do Reino, como o enviado de Deus para estabelecer Seu Reino aqui na terra, retomando o que foi usurpado por Satanás. Até o capítulo 15, Cristo permanece anunciando o Evangelho do Reino, chamando seus discípulos e se compadecendo pelas pessoas, preocupando-se em curar os enfermos pelo caminho. A partir do capítulo 16, porém, há uma mudança na dinâmica, pois Jesus então precisa ser apresentado como quem de fato era: o Rei do Reino dos Céus, o ungido de Deus para gerar e edificar a igreja por meio da vida divina. Ele não veio para criar uma grande instituição, para haver comoção no meio dos homens, mas veio para gerar, para ser a semente da Igreja. Hoje, nós somos os muitos frutos que nosso Senhor Jesus gerou quando esteve aqui em carne, somos a multiplicação dessa semente!
Is 53:7; Mt 17; 2 Pe 1
A Igreja, quando edificada, se tornará o Reino vencedor, contra o qual as portas do Hades jamais prevalecerão. Essa é a incumbência de Cristo: gerar e edificar a Igreja. Em sua primeira vinda, Jesus veio como cordeiro manso e calado, não reivindicando nada para si, pois veio como cordeiro de Deus para morrer pelos nossos pecados. Em sua segunda vinda, porém, Ele já não virá como cordeiro manso, mas como Rei do Reino dos Céus, em glória e em poder, para assumir o governo da terra.
Para mostrar Sua majestade e poder, foi necessário que Ele mostrasse para seus discípulos no capítulo 17 Sua verdadeira forma: a de Rei do Reino dos céus. Se queremos resgatar as pessoas que estão aflitas, esgotadas sendo castigadas pelo império das trevas, precisamos levar o evangelho do reino às pessoas, trazê-las para a igreja, que funciona como hospedaria. Buscar essas pessoas é buscar material para a edificação da igreja, e tal edificação precisa ser nosso foco nos tempos finais.
Mt 20
O contexto da parábola dos trabalhadores na vinha se refere aos trabalhadores da era da igreja, e já não engloba o período do antigo testamento. Da vinha em questão na parábola, é esperada produção, frutificação. Ninguém planta uma vinha apenas por propósitos estéticos, mas para produção. Da mesma forma, hoje o Senhor espera frutos de Sua igreja, espera edificação. A primeira parábola de Mateus 20 nos apresenta quatro períodos de 3 horas cada um, e em cada um o dono da vinha convoca trabalhadores. Na nona hora, ele chama o que teria sido o último grupo de trabalhadores, para encerrar o dia de trabalho às 18h00. Porém, Deus faz uma coisa inusitada: na última hora, às 17h00, Ele chama mais um grupo: os trabalhadores da última hora. Isso indica que os trabalhadores convencionais, chamados de 3 em 3 horas, não dariam conta de finalizar todo o trabalho. Dessa forma, Deus precisaria usar um grupo especial de pessoas, que saíssem do tradicional, para encerrar essa era.
É com alegria que eu digo a vocês que nós estamos na última era, pois a vinda do Senhor está muito próxima! Desde 2018, o Senhor acelerou o processo de uso de uma das ferramentas dadas a nós: a colportagem. Na época em que o irmão Dong estava conosco, ele já havia tido a visão de que sem colportores, sem pessoas na rua, não há como fazer conhecido o evangelho do Reino em toda a terra. Porém, essa ferramenta que já havia sido entregue a nós tem sido turbinada pelo Senhor. A partir de 2019, com o encargo da colportagem dinâmica, muito mais pessoas puderam receber cuidado e palavra através dos livros e do “Posso orar por você?”.
Essas ferramentas são excepcionais, turbinadas para o período que estamos vivendo: a última hora. Justamente por conta de estarmos tão próximos da volta do Senhor é que elas são tão importantes. Hoje precisamos acelerar o processo de edificação da igreja, num ritmo que foge do convencional, pois precisamos ter o engajamento especial que é característico dos trabalhadores da última hora.
Sl 110:3
O Senhor tem despertado também, como gotas do orvalho, o exército de jovens Santos dos últimos tempos. Através desse despertar, surgiu o milagre do Avança, Jovem! trazendo nossos jovens à atividade intensa pelo Senhor, movidos por uma única ordem: seguir e obedecer a palavra do profeta. Na mesma linha desses milagres, Deus tem levantado nossas irmãs, nossas crianças, trazendo de volta projetos como o Expolivro, gerando as redes de cuidado… graças ao Senhor! Nosso encargo hoje é obedecer com coração simples e sincero à palavra profética, pois dessa forma seremos contaminados por esse ritmo e engajamento da última hora!
Mt 22:1- 4
No final do capítulo 21 vemos mais uma parábola dos lavradores maus. A eles também foi encarregada uma vinha. Essa parábola é referente ao povo de Israel, que, no final do antigo testamento, passou a agir como os lavradores maus, rejeitando os profetas enviados a eles. Deus, por fim, enviou seu próprio filho para edificar a igreja.
Cristo representa a pedra angular. Essa pedra, rejeitada pelo próprio povo, será, contudo, a pedra que atingirá a estátua do sonho de Nabucodonosor. Apresentada no livro de Daniel, a estátua representa o governo humano. Hoje vemos as potências mundiais apresentando poder suficiente para exterminar o mundo todo mas, em breve, a grande pedra que representa Cristo e a Igreja atingirá os pés da estátua, eliminando o governo e poderio humanos e entregando o governo novamente a Deus.
No capítulo 22 vemos uma nova parábola, a das bodas. O maior sonho de Deus, o rei de todo o universo, é celebrar as bodas de Seu Filho. Na ocasião da parábola, o rei envia seus servos a chamar convidados para as bodas do filho. Hoje, quando saímos para pregar o evangelho, o que estamos fazendo é nada mais nada menos do que chamar as pessoas para as bodas de Cristo.
Gn 2:20-23; Ef 5:25-27; 3-32
O desejo de Deus sempre foi encontrar uma esposa para seu filho, celebrar suas bodas. Desde Gênesis, vemos que no coração do Senhor havia o desejo de encontrar alguém que correspondesse, que ajudasse a Seu Filho. Na criação de Eva, vemos que a mulher não veio num estalar de dedos, mas passou por um processo de edificação, de construção.A escolha do verbo construir aqui é minuciosa, pois se refere também à edificação da igreja.
A mulher foi construída a partir da costela de Adão. Foi necessário que o homem “morresse”, caísse em pesado sono, para que sua costela fosse retirada para a edificação de Eva. Da mesma forma, Cristo se entregou pela igreja para que, a partir dele mesmo, ela fosse edificada. Assim, quando pregamos o evangelho do reino, somos como o servo que convida as pessoas para as bodas do Filho do Rei, para serem edificadas conosco. A edificação da igreja, porém, é algo trabalhoso e longo. É necessário que ela seja purificada, lavada pela água da palavra e em breve apresentada como igreja gloriosa, como a descrita em Efésios 5.
Gn 24:2-4; Ap 19:7-9;21:2; Jo 3:29
Hoje nós estamos passando pelo processo de preparação da noiva, da edificação da igreja. Somos convocados a ir para as ruas, buscar materiais para tal edificação, para ataviar nossas vestes. Nem todos os cristãos participarão das bodas do cordeiro, mas somente aqueles que possuírem as vestes nupciais prontas. Os vencedores são não somente edificados em si mesmos, mas são também edificados em conjunto, como uma só noiva.
Mt 22:5-9; Lc 17:29; At 15:1,5; Gl 2:2, Gl 5:2
A pregação do evangelho, na verdade, é um convite para a grande festa, o grande banquete das bodas de Cristo. O banquete citado em Mateus 22 é ariston, que é a primeira refeição do dia, a primeira refeição da manhã. Lembrem-se, irmãos, que estamos na escuridão da noite, e somos os primeiros a ter o privilégio de ser avisados sobre a chegada da aurora. Logo, a aurora se espalhará e todos poderão ver a chegada do dia, e então ocorrerá o grande banquete das Bodas do Cordeiro, a primeira refeição da manhã.
Vemos em Mateus 22 que muitos dos convidados dignos não se importaram com o convite, pois estavam muito focados em seus próprios afazeres e questões terrenais. Hoje, os corações das pessoas também se encontram tão arraigados em suas questões terrenas que muitos ignoram a pregação do evangelho, o chamamento do Senhor. No versículo 6 vemos que além de rejeitar o convite, eles também maltrataram e mataram os servos que o enviaram. Isso representa a rejeição do povo de Israel para com o Senhor Jesus e também os apóstolos enviados por Ele, gerando o martírio de muitos.
At 13:46; Rm 11:1
Com a rejeição dos convidados dignos, que representam o povo de Israel, os servos foram enviados a pregar para as pessoas nas ruas, nas encruzilhadas, sem olhar a quem. Assim, vemos que após a rejeição dos Judeus para com Jesus, os apóstolos foram enviados aos gentios, o que possibilitou que fossemos alcançados por esse convite, o Evangelho do Reino.
Hoje, o Senhor nos envia para levar o convite das bodas para todos nas ruas, sem olhar para aparência e condição. Na igreja não devemos ter o conceito de que só merecem estar na igreja e nas Bodas do Cordeiro aqueles que são “bons”, que estão dentro de um padrão que nós mesmos criamos. O Senhor sabe e conhece a cada um, e temos sido surpreendidos ao ver que muitos daqueles que julgávamos “problemáticos” hoje são transformados e instrumentos preciosos nas mãos de Deus.
O Senhor mandou chamar bons e maus, pois a igreja não é lugar daqueles que são bons em sua autossuficiência. O Senhor veio à terra para salvar os cegos, os coxos e os doentes. Os saudáveis não precisam de cura, eles creem ter sua própria força. Mas os doentes são aqueles a quem Jesus ia para curar e salvar. Esse local de cura e salvação dos necessitados é a igreja.
Mt 22:11-14; Sl 45:13-14; 1 Co 1:30; Fp 3:9
Essa pessoa sem as vestes nupciais não se trata de uma pessoa não salva que foi lançada no lago de fogo. Aqui, o convidado sem vestes adequadas é a representação de alguém que foi chamado para o casamento, mas não pôde desfrutar dele. Alguém que recebeu a salvação mas não pôde participar dos mil anos de festa com Cristo.
Nós somos como a mulher citada em Salmos 45. Um dia o Senhor nos tirou das ruas e nos colocou em Seu palácio, que hoje é a igreja. Com a mudança de local, é necessário que tenhamos novas vestimentas, adequadas para o novo contexto. Por nós mesmos, porém, não temos capacidade de arranjar essas vestimentas. As vestes são a representação da justiça, e nós, como pecadores, não possuímos justiça própria. Pela misericórdia de Deus, porém, hoje somos revestidos de Cristo, que nos cobre com Sua justiça e nos dá essas vestes, nos dá a salvação.
A mulher escolhida para se casar com o rei, porém, não se casa com ele no momento em que entra no palácio, pois ainda está repleta de sujeira e defeitos. Durante a preparação para o casamento, ela passava por um processo de embelezamento. Hoje, enquanto somos preparados para o grande casamento da Igreja com Cristo, nós passamos por um processo de santificação: recebemos o jato da palavra para nos limpar de toda impureza, somos preparados para sermos apresentados como Igreja edificada, livre de toda mácula e ruga.
No dia do casamento, a mulher é apresentada em vestes nupciais, de bordadura branca. Com o sacrifício de Cristo, recebemos nossas primeiras vestes: as vestes de justiça, nossa salvação. Para estarmos prontos para o casamento, porém, precisamos bordar as nossas vestes nupciais. Essas vestes bordadas representam nossa vida de justiça, o quanto vivemos através de Cristo em nós. Não basta apenas receber a palavra, mas precisamos tomá-la e praticá-la, bordando nossas vestes que representam nossos atos de justiça. Esse processo, porém, já não depende apenas da graça de Deus, mas também precisa da nossa disposição em praticar a palavra.
Hoje estamos no tempo específico para bordar as nossas vestes nupciais e nos preparar para as bodas, pois, Naquele Dia, quem não se encontrar pronto para ser apresentado para Cristo como igreja gloriosa, devidamente vestida para o casamento, sem mácula ou ruga, será retirado das bodas. Portanto, nosso chamamento é não somente para trazer as pessoas das ruas e colocá-las na igreja, mas é para sermos transformados e edificados juntos, recebendo a palavra para nossa purificação e sendo edificados para que a noiva em breve esteja pronta.