Mens. 09: Dar Nossa Vida Pelos Irmãos

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos, diretamente do auditório Pérola na Estância Árvore da Vida, em 03/09/2024. Texto não revisado pelo autor.

Encorajamos você a assistir a mensagem completa no canal do IVPT no Youtube.

 

 

1 Jo 3:2; Jo 1:12; 3:6; Gl 2:20; Ef 4:24

  1. Eu acredito que todos nós ficamos impressionados e extasiados pelo fato de sermos filhos de Deus. Na verdade, ainda não temos muita noção sobre isso, pois ainda não se manifestou o que haveremos de ser (1 Jo 3:2). Ao cremos na verdade, Deus nos regenerou como seus filhos. Mas o que foi gerado dentro de nós ainda está oculto. O ser divino santo que foi implantado em nós, precisa crescer, sendo alimentado até se tornar um ser pronto para nascer.
  1. Eu gostaria de ajustar a ilustração de uma mulher grávida em relação a vida divina que foi inserida em nós, a qual passou a gestar um novo ser divino (espiritual) dentro de nós. Portanto, não é como uma mulher que dar à luz a um novo indivíduo, que passa a ser um bebê, e a mãe continua sendo mãe, separada dele. O que está sendo gestado dentro de mim não é uma outra pessoa, mas eu mesmo, que ainda não foi manifesto (1 Jo 3:2). Cristo está sendo gestado dentro de mim, que sou eu mesmo como filho de Deus.
  1. Gálatas 2:20 é muito conhecido e ilustra bem a gestação de Cristo em nós. Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim. Primeiramente, há o velho homem, mas também há o segundo eu – o novo homem, que deixou crescer o ser divino dentro de si.
  1. Deus nos criou do pó da terra, inseridos no plano tridimensional, para que Ele pudesse gerar um novo homem a partir do velho homem, uma nova criação criada segundo Deus, sem pecado e com uma semente divina colada nele, com uma natureza santa e justas procedentes da verdade (Ef 4:24).
  1. Por meio da Palavra da vida e da comunhão da vida, o novo homem cresce e, espontaneamente, o “velho eu” diminui. À medida que o novo homem ganha forma, ao se alimentar da verdade, eu cedo a personalidade para ele, formando um eu novo, com uma personalidade de Cristo fortalecida.

1 Jo 3:11-12; Jo 8:44; 13:29-35; 17:3; Is 14:12-15; Hb 1:1-2; Sl 2:1-8; Rm 5:12; Gn 4:4-7; Cl 1:13; Hb 2:14

  1. Qual a mensagem relativa à porção 1 Jo 3:11-12 (amemos uns aos outros)? Depois que o traídos Judas Iscariotes foi indicado, Jesus pôde abrir o seu coração livremente para seus 11 discípulos, porque eles eram totalmente um com o Senhor. Isso indica que uma mente discordante na igreja atrapalha a comunhão da vida.
  1. O mandamento é que nos amemos uns aos outros, como o Senhor nos amou. Essa é a mensagem que os discípulos ouviram desde o princípio. Essa é a maior mensagem de Jesus, sendo resultado do trabalhar da palavra da vida e da comunhão da vida em uma pessoa que crer. Amarmos uns aos outros prova que somos filhos de Deus, que estamos gestando uma vida divina dentro de nós, ganhando personalidade e substituindo nossa personalidade.
  1. Em nosso homem natural somos egoístas, só amamos nós mesmos, não temos a capacidade de amarmos os outros. Caim era do maligno (1 Jo 3:12), do próprio Lúcifer, o qual Deus havia criado, mas que se rebelou contra o Senhor. Lúcifer era forte e tinha uma ocupação grande, ele queria sentar-se no monte da congregação como presidente da mesa. Ele não queria ver ninguém acima dele, querendo que Deus estivesse do lado dele. Ele achava que sem ele, Deus não poderia reinar sob as criaturas.
  1. Em seu propósito eterno, Deus havia estabelecido Cristo para reinar sobre as nações (Hb 1:1-2), e não escolheu a Lúcifer, que passou a se opor a Deus como adversário (Satanás). É importante perceber que Deus não se agradou de Caim e de sua oferta, isso resultou na queda de semblante de Caim, acarretando braveza, inveja e ódio para com seu irmão (Abel), o que o levou a assassiná-lo.
  1. Quando o homem pecou, abriu a porta para a morte entra na humanidade e ela passou a reinar nesta terra (Rm 5:12). Como dominador desse mundo, Satanás lidera todas as nações e os líderes das nações (Sl 2:1-3). Seu projeto tem sido gerar na humanidade um sentimento contra Deus e contra Cristo, algo que está sendo produzido pouco a pouco entre as nações.
  1. Jesus Cristo veio para reinar por Deus (Sl 2:4-7), como um homem se humilhou e se esvaziou, vindo na forma de um servo e homem (Fp 2:5-8). Deus o ressuscitou após a morte e o constituiu Rei e filho de Deus. Deus deu a possessão da terra a Cristo (Sl 2:8), fato que desencadeou a inveja e ódio de Satanás por Cristo, fato que o levou a matar o Senhor na cruz.
  1. Satanás projetou o ódio em Caim (Gn 4:4-5), uma avidez (desejo) difícil de ser controlada. O Senhor foi em socorro de Caim (Gn 4:6-7), dando-lhe a oportunidade de parar de odiar a seu irmão, para que ele não continuasse nesse mal – o pecado (personificação do Diabo), que instigava Caim contra Cristo, o ungido de Deus. Deus imputou o assassinato de Abel na conta do Diabo, que é homicida desde o princípio (Jo 8:44). Lúcifer se desconectou do único Deus verdadeiro, fundando para si o reino das trevas (Cl 1:13), tendo o poder da morte (Hb 2:14).

1 Jo 3:9, 13-16; Jo 17:14-17; Rm 8:19-21; Ef 1:9-10; Gn 2:9, 17; 3:4-5; Dt 27:11-26; 28:1-68; Nm 9:15-23

  1. Temos um ser dentro de nós, nascido de Deus, que se alimenta da Palavra da vida e vive comunhão da vida, impedindo assim de viver em pecado (1 Jo 3:9). O que assusta Satanás é o fato de Cristo está sendo formado em nós.
  1. O mundo nos odeia porque somos nascidos de Deus (Jo 17:14-16), sendo governados por sua vida (1 Jo 3:13). Amamos essa palavra da vida, que resulta no crescimento e fortalecimento do ser divino em nós, impondo a sua personalidade sob o velho homem, pela santificação na verdade, a Palavra (Jo 17:17). Isso resultará na revelação da glória dos filhos de Deus (Rm 8:19-21).
  1. Desde o princípio, Deus deu liberdade para o homem escolher entre a vida e a morte. Deus quer produzir um governo (reino) da vida na terra, por meio do homem colocar Cristo como cabeça sobre todas as coisas, nos céus e na terra (Ef 1:9-10). Por essa razão Deus colocou a árvore da vida no meio do jardim, para que o homem pudesse ser governado pela vida divina e se alimentasse da vida eterna (Gn 2:9).
  1. Infelizmente, o inimigo se antecipou, oferecendo a morte para o homem por meio da árvore do conhecimento do bem e do mal, um governo destrutivo (Gn 2:17). Devido a uma escolha errada, a morte entrou no homem e passou a reinar sobre ele. A serpente contrariou o falar de Deus, dizendo ao homem e a mulher que eles não morreriam ao se alimentarem do fruto da árvore que Deus dissera para não comer.
  1. A morte passa a reinar no homem quando esse abre os olhos (Gn 3:5). O homem passa a ser juiz de tudo quando seus olhos se abrem. É impossível amarmos uns aos outros com os olhos abertos, pois enxergamos defeito em tudo e em todas as pessoas, usando meu crivo (não o de Deus) para discernir o bem e o mal.
  1. O envenenamento pela árvore do conhecimento do bem e do mal suscita o processo de geração e acúmulo de ódio, pois ele dá a capacidade de o homem enxergar e, assim, criticar conforme a sua vontade. Graças ao Senhor estamos tendo a oportunidade de agir pelo governo da vida, o que nos leva a amar uns aos outros cada vez mais. É uma vida (viver da igreja) de desfrute contínuo e com muita comunhão, provando que passemos da morte para a vida (1 Jo 3:14).
  1. As árvores da vida e do conhecimento do bem e do mal representam, respectivamente, vida e morte, sendo uma questão de procedência e origem, de Deus ou do Diabo, duas fontes de essência e esferas opostas (luz/trevas e benção/maldição). Qual a sua escolha? 
  1. Antes do povo de Israel entrar na boa terra de Canaã, Deus continuou concedendo liberdade de escolha ao povo, mas era necessário ter cuidado com a escolha: monte Ebal – maldição (Dt 27:11-26) ou monte Gerizim – benção (Dt 27:12). A escolha da benção está relacionada à palavra que sai da boca de Deus. Eis o segredo –-> ouvir atentamente a voz do Senhor e colocá-la em prática rapidamente, para cooperar com o Espírito naquele exato momento, sem retardo (Dt 28:1-68). Exercitamos agir assim quando fazemos imersão profunda, imersão refinada, anotações das mensagens para absorver melhor a palavra, e ainda ouvir novamente a mensagem.
  1. Por um lado, existem os mandamentos e estatutos escritos para o povo (Pentateuco); por outro lado, há a voz de comando para o andar diário deste povo, Deus falando de modo dinâmico por meio de Moisés (Nm 9:15-23). Os estatutos e mandamentos oferecidos ao povo de Israel eram insuficientes para que este entendesse se deveria marchar pelo deserto ou acampar nele.
  1. Temos acesso a Bíblia, mas precisamos saber o que Deus quer falar agora para nós, ou seja, a sua Palavra profética, a ordem para o seu povo na atualidade. É uma voz viva, dinâmica e ativa.
  1. É interessante notar que o povo judeu possui a Torá, seu livro sagrado com estatutos e ordenanças. No entanto, falta a esse povo uma voz de comando, para saber como lidar com situações cotidianas da atualidade. Por esse motivo, eles elaboraram a Talmude, compreendida como uma coletânea de livros sagrados dos judeus e que são constituídos por registros de discussões rabínicas (de líderes judeus).
  1. Desde a Reforma Protestante (século XVI), os cristãos têm a Bíblia em mãos. Ainda assim, para onde eles caminharam? Qual a direção do povo de Deus ao longo desse período? Infelizmente, o povo de Deus não saiu da degradação por faltar uma direção. Graças à Deus, descobrimos que o Senhor fala conosco de uma maneira viva, com uma voz de comando. 

Dt 8:1-3; 30:15-20; Mt 4:4; Is 55:10-11; Gl 1:11-12; Ap 1:1; 1 Rs 19:18

  1. Como viver somente dos estatutos e mandamentos do Senhor, seu eu não tenho o falar vivo do Senhor todos os dias? A palavra que procede da boca do Senhor nos faz viver o dia a dia (Dt 8:3; Mt 4:4). Se Deus para de falar conosco, nós não vivemos.
  1. As chuvas e a neve são sazonais e caem na hora certa, assim como a palavra que sai dinamicamente da boca do Senhor, ela tem um propósito designado: executar a obra de Deus (Is 55:10-11). Essa palavra é falada por Deus, tendo a procedência e a direção Nele, não no homem. O que Deus faz é usar os apóstolos para falar a Palavra Dele, conferindo a revelação de Jesus Cristo aos seus servos (Gl 1:11-12; Ap 1:1).
  1. Dar ouvidos a Palavra do Senhor é escolher a benção e a vida. Se sairmos dessa benção pereceremos, sem saber qual é a direção do Senhor dada ao seu povo a cada instante. Façamos a escolha certa, ouçamos a proposta do Senhor: a vida, para que vivamos nós e a nossa descendência (filhos e netos) (Dt 30:15-20).
  1. A escolha certa nos faz colher vida. Assim, passamos a viver na essência da vida, no amor. Se vivermos na comunhão da vida, esse mesmo amor nos faz dar a vida pelos irmãos. É uma atitude contrária a ser governado pelo Diabo, que nos leva a ter ódio dos irmãos.
  1. O meu objetivo é colocar a Igreja no caminho certo, algo que não é para o meu benefício próprio. Muitas vezes estamos como alvo principal dos ataques do inimigo, levando culpa de tudo. Isso nos faz refletir se estamos sozinhos, apanhando sozinho, assim como Elias que pensava que estava sozinho. No entanto, esse profeta ouviu do Senhor que havia uma reserva de 7.000 homens que não dobraram o joelho a Baal (1 Rs 19:18).

1 Jo 3:17-24; Mt 7:21-23; 2 Co 5:9-10; Jo 6:40; 15:12; 1 Tm 1:16; Gl 5:16, 22-25

  1. O amor fraternal de uns para com os outros resulta em uma obra para Deus, não meramente um amor natural que não produz obra para Deus (1 Jo 3:17-18). Devemos atentar para o contexto do capítulo 3 da primeira epístola de João, o de quem vive na comunhão da vida, que nos leva a amar os irmãos com o amor ágape de Deus.
  1. O amor natural não produz nada para Deus (Mt 7:21). O nosso amor pelos irmãos deve servir para fazer a vontade do Pai. Devemos ser governados pela vida de Deus para produzir para Ele.
  1. Quem vive na comunhão da vida tem uma vida que agrada ao Senhor, tendo um coração que não o acusa. Quando o coração acusar, tem algo errado, é a unção alertando para a necessidade de restauração da comunhão da vida. O viver na comunhão da vida permite que nossos pedidos sejam aceitos por Deus, pois pedimos algo segundo a comunhão da vida (1 Jo 3:19-22).
  2. Quem vive na comunhão da vida permanece no Nele (Jo 15:7-8), amando verdadeiramente aos irmãos, guardando os mandamentos do Senhor (1 Jo 3:23-24).
  1. Tudo o que eu faço nesta terra é para agradar ao Senhor, para cooperar com o seu reino, e não pelos meus próprios interesses. Estejamos cientes que todos nós devemos comparecer diante do tribunal de Cristo (2 Co 5:9-10).
  1. Pela pregação dos gnósticos (salvação da alma pelo “saber espiritual”), poucas pessoas conseguem alcançar esse elevado padrão moral e ético. Isso foi algo acrescentado ao cristianismo primitivo e, por essa razão, o apóstolo João enfatizou a comunhão da vida por meio da Palavra da vida. O encargo de João era transmitir vida para todas as pessoas, dando-lhes condições de acesso a vida de Deus.
  1. É necessário crer no nome do Filho de Deus para ter a vida eterna (Jo 6:40; 1 Tm 1:16) e amar ao Senhor como ele nos amou (Jo 15:12), tendo fé para receber a vida divina e amar os irmãos por meio do amor de Deus. Viver pela vida divina nos dá a capacidade de amar aos irmãos assim como Deus nos amou. 
  1. Estamos falando uma palavra acessível a todos, que não é restrita àqueles que alcançaram determinado “saber espiritual”. O encargo é vida para todos, dando oportunidades para que todos alcancem esse nível e padrão que o Senhor quer; dos que almejam a Palavra da vida, a vida eterna, vivendo na circulação da vida, escolhendo a bênção de viver no espírito (Gl 5:16, 22-25).

 

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