LIVE AVANÇA, JOVEM! EUROPA
Palavra ministrada pelo irmão Miguel Ma na reunião especial do Avança, Jovem! Europa, em 11/06/2020. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.
Título: O serviço de uma geração restaurada
Vocês foram escolhidos para estarem nesse continente porque estão nos planos Dele. A comunhão de hoje não tocará muito na teoria, mas na experiencia e na atitude que devemos ter em nosso viver com Deus e em nosso serviço a Deus.
At 7:20-25
Não é apenas o serviço. Isso porque o serviço muda de acordo com a nossa experiencia. Gostaria de tomar como exemplo Moisés. Moisés era poderoso em palavras e obras. Vemos que Moisés foi capacitado e educado em toda a ciência do Egito. Ele era poderoso em palavras e obras. Tem gente que é só poderosa em palavra. Fala, mas não consegue fazer. há outros que são somente poderosos em obras. Eles fazem, mas não sabem falar. Moisés era completo. Ele foi educado em toda ciência do Egito.
Mitos de vocês foram para Europa para estudar e estão se formando em excelentes universidades. Nossa capacitação gera um sentimento em nosso interior. Moisés só foi aos 40 anos visitar seus irmãos hebreus porque antes disso não se sentia preparado (v. 23). Naquele momento sentiu algo em seu interior. Estou tocando em sentimentos interiores, que muitas vezes não falamos a ninguém. Antes dos 40 anos, ele não se sentia preparado, mas agora, sim. Ao ver uma situação, logo tomou uma atitude. Ele era poderoso em obras. Ele via e agia.
Moisés supunha que Deus o iria usar, pois era muito capaz e sabia que poderia fazer as coisas. Ele supunha também que seus irmãos entenderiam da mesma maneira. (v. 25). Por isso, ele saiu aos 40 anos. Ele pensava que os hebreus diriam: que bom que você veio! Deus vai te usar para nos salvar! Nós não nos sentimos assim também? Quando nos encarregam de algo, logo sentimos que somos a melhor pessoa para fazer aquilo que foi designado. O sentimento dele era que todos reconheciam a sua capacidade.
Mas qual foi o resultado? Morte. Ele teve, então de fugir para o deserto. (vs. 26-27, 29). Esta foi a primeira fase do serviço de Moisés. O sentimento dele era: eu falo e eu faço. Sou capaz para fazer. Quando alguém tem um sentimento assim, o tombo é grande. Ele teve de ficar 40 anos no deserto.
Você foi para estudar na Europa e é possível que aquilo que você esperava não se confirmou. Também por causa do pouco tempo, sua vida espiritual está instável. Isso mostra que você precisa ser restaurado.
Êx 3:1-4
Veremos Moisés após esses 40 anos no deserto, nos quais Deus trabalhou nele. Ao pastorear o rebanho ele viu algo que lhe chamou a atenção. Ele disse consigo que iria até o local para ver a grande maravilha. Isso era Deus chamando a atenção dele. Algo acontece e agora ele tem o desejo de ver o que está acontecendo. Deus pode se manifestar de diferentes maneiras. Essa aparição foi aquela que mudou a vida de Moisés. Essa aparição foi o que ocasionou uma grande transformação. Ele já havia sofrido muito antes e aquilo foi uma preparação para esse momento.
Talvez você pergunte o que está fazendo no lugar em que está agora. Deus está preparando você para um grande momento. Quando esse momento chegar, você perceberá uma grande maravilha, à qual precisa ver. Aquela visão capturou a atenção de Moisés e, quando ele decidiu ver, Deus o chamou.
Êx 3:13-14a; 4:1
Em sua primeira tentativa de cumprir sua missão, ele achava uma coisa a seu respeito e o povo achava outra. Agora, Deus o chamou para servir. Quando Deus o enviou, ele voltaria a um povo que o havia rejeitado. Ele questionou o Senhor o que deveria dizer se perguntasse a respeito disso. E o Senhor respondeu. Ele passou a levantar as questões para Deus. No passado, se achava muito capaz, porque vindicava a si mesmo, mas nessa nova condição ele tinha dúvidas e, por isso, perguntou a Deus. Pelas respostas de Deus, podemos ver que Deus estava dizendo: eu vou vindicar você e indicar que você é um libertador.
Ele viu a sarça que não se consumia com o fogo. Então, via que na experiência de Moisés o fogo tomou conta dele. Ele queimou e continuou queimando até o dia de sua partida. Antes ele confiava em seu próprio poder, mas agora Deus estava concedendo poder a ele. Ao encontrar Faraó, disse ao rei do Egito que Deus estava lhe dando poder de fazer os sinais. Isso não foi nada fácil para Moisés. Ao lermos 10 pragas, parece algo muito simples, mas quando entramos na experiencia desse fato podemos perceber se passamos ou não pelas mesmas experiências. Moisés fez os sinais. Sempre que fazia um sinal, tinha a expectativa de que o povo seria liberto. Ao longo das pragas houve momentos em que Faraó disse para parar e deixaria o povo ir. Moisés deve ter sentido grande alegria, que foi frustrada no momento seguinte por nova negativa de Faraó. Quantas vezes dessas você aguentaria? Moisés passou 10 vezes por essa experiencia. E você? Quantas vezes passou? Você desistiria? Qual sentimento que teríamos? Deus, você não vai fazer nada? Nada vai adiantar aqui! Mas o fogo de Moisés apagou? Ele desistiu? Não. Porque ele teve um encontro com Deus no deserto diante da sarça que mudou a sua vida. Aquele encontro mudou completamente a sua vida.
Talvez você pense: Moisés estava no deserto e teve aquela experiência, mas e eu? Estou aqui. Como vou ter esse encontro com Deus. Vou lhe dizer: você quer que Deus ajuste a sua vida para que surja algo diferente em você?
Essa palavra se refere à nossa atitude em relação à palavra de Deus e nossa atitude ao recebê-la. Seu encontro com Deus não será no deserto, mas na palavra de Deus. Neemias é um livro de restauração. O povo de Deus havia sido levado cativo e o Senhor preparou o caminho para que eles voltassem a Jerusalém. Agora eles estavam posicionados corretamente. Contudo, esse posicionamento era exterior e havia necessidade de um posicionamento interior. Estamos na vida da igreja, mas qual é o nosso posicionamento interior? Isso é muito importante. Moisés tomou uma decisão de ver o que estava acontecendo. Decidiu conhecer aquela maravilha. Você quer ver uma maravilha? Ela está na Bíblia. Esse livro é uma maravilha. Se você tomar essa posição: eu vou ver essa maravilha, Deus vai te chamar.
Ne 8:1-3, 5-8
O povo tomou uma decisão de conhecer a palavra de Deus. Eles quiseram ouvir a palavra de Deus. Um posicionamento. Uma atitude de querer conhecer a Palavra e que Deus falasse com eles. Essa é uma atitude interior. Moisés teve uma atitude e Deus o chamou, mudando a sua vida. Os que eram capazes de entender o que ouviam eram os filhos. Todos os que tem capacidade de entender estavam ali. Você tem ou não capacidade de entender a palavra de Deus. Se você tem essa capacidade, deve tomar a posição de querer ouvir a palavra de Deus. Todo povo estava com os ouvidos atentos. Essa é a nossa posição quanto à palavra de Deus. Deus, fala comigo! Eu estou ouvindo! (vs. 1-3).
Eles tinham uma atitude de respeito (v. 5). Você está diante de uma maravilha. Você quer ouvir Deus falar? Quantos jovens nessa geração tem o privilégio de ouvir as palavras que vocês ouvem? Não somente uma palavra falada, mas uma palavra explicada. Por que Deus explica? Ele explica, porque vê o coração de alguém que quer entender e que não toma a Palavra de Deus de uma maneira religiosa (vs. 6-8). Quando Deus fala, você entende? Se você não entende, deve buscar ajuda dos irmãos para entender. Caso contrário, a palavra não mudará você. Por causa de sua atitude de respeito e querer ouvir, a palavra brilhou. Deus falou com eles e eles choraram. Quantas vezes você chorou ouvindo a palavra? (v. 9)
Quando você entende na mente é uma coisa, mas quando você entende no coração, você chora. Você chora porque teve a oportunidade de conhecer Deus e o que estava em Seu coração, porque Deus falou com você. quem sou eu para Deus falar comigo? Eles estavam todos chorando, porque compreenderam a palavra. Os levitas falaram para ficarem alegres. É alegria e choro ao mesmo tempo. Essa era a atitude deles diante da Palavra. Eles estavam sofrendo, mas haviam voltado com um coração para Deus. Isso é muito importante (vs. 10-12).
Ne 8:13-17
Eles acharam na Palavra. Se você ler, você irá achar. Eles viram e praticaram. Esse foi o impacto da palavra de Deus na vida deles. Para que haja o impacto da palavra, eu tenho de me colocar diante da Palavra. Devo ter o desejo de ouvir e abrir o meu ser para que a palavra penetre em minha vida e em meu ser. Se eu permitir que a palavra entre em mim, eu serei transformado. As coisas mudarão.
Ne 9:1-37
Nesse capítulo vemos nossa atitude quanto a oração. Eles começaram a jejuar e se humilharam diante de Deus. Eles se colocaram em sua devida posição. Jejum, pano de saco e terra sobre a cabeça. Fizeram confissão de seus pecados. Por quê? Porque a palavra trouxe luz. O mesmo tempo que gastaram na palavra, gastaram também em oração. A palavra surgiu efeito em sua vida. Não creio que você seja capaz de ouvir a palavra de Deus e depois não confessar os seus erros, porque quando a luz brilha, vemos nossa condição. Eles confessaram e adoraram o mesmo tempo que receberam a palavra. A confissão e oração é sempre de acordo com o quanto você recebeu da palavra. Se há pouca adoração e pouca confissão, é sinal que houve pouca palavra. Se há muita confissão e adoração é porque houve muita Palavra. Esses são os fundamentos de nossa comunhão.
Nesse capítulo 9 de Neemias temos a oração. Nessa oração, eles contaram toda a sua história. A origem, desde Abraão. Eles estavam falando a Deus que naquele momento se recordavam de sua origem, de como estavam no passado e como Deus os resgatou e conduziu pelo deserto. Nessa jornada, muitas coisas aconteceram. Eles conversaram com Deus sobre a história deles com Deus. Falaram de suas derrotas, confessaram e falaram de suas experiencias. Disseram que não se esqueceram. Esse é um segredo na comunhão pessoal com o Senhor. É falar com o Senhor, recordar junto com Ele de sua história. Senhor, quem era eu antes? Até que você veio e me chamou. Você se revelou e passamos por isso e por aquilo. Eu fracassei nesse ponto, experimentei vitória em outro ponto. Você sempre cuidou de mim, Senhor. É nessa comunhão íntima com o Senhor que abrimos o nosso coração, porque Ele sabe tudo. A palavra nos expõe e na oração nos abrimos para que Deus venha e opera, transformando o nosso ser. Não adianta escondermos nossas fraquezas. A melhor coisa é falar a ele de nossas fraquezas. Quando fazemos isso, abrimos a porta para que a graça chegue e nos fortaleça.
Quem sabe tudo que você já passou? Talvez você esteja vivendo sozinho, mas sabe de algo, Deus sabe de suas experiências e quer que sua história onde está seja uma história com Ele. Fale a ele de seus erros, seus medos, suas fraquezas. O povo sabia que o Deus era um Deus perdoador, clemente, misericordioso e que nunca se recusou a dar o Seu Espírito.
Ne 9:38; 10:1, 8, 9, 14, 28-29
Após serem iluminados pela palavra, abrir seus corações orando ao Senhor e contando a sua história, algo ocorreu. Eles foram restaurados inteiramente. Algo novo brotou no interior deles. Depois de receber a palavra por causa de sua abertura e se humilharem diante do Senhor, confessando quem eram, brotou no interior deles a intenção de firmar uma aliança com Deus, registrá-la e selá-la.
Quando temos um posicionamento adequado diante da Palavra de Deus para receber a Sua luz. As palavras ministeriais que temos recebido aos sábados e domingos tem trazido uma luz intensa, mas qual é a maneira de recebê-las? É só ouvir? Você já foi orar ao Senhor pela palavra que recebeu nesses dias? Certa vez participava de uma conferência em Taiwan e ao chegar no quarto, vi meus companheiros ajoelhados orando desesperados perguntando ao Senhor por que estavam ouvindo aquelas palavras. Eu era alguém que estava dizendo apenas: puxa! Que palavra! Então, me arrependi naquele momento. O que vemos aqui é palavra na quarta parte do dia e depois, confissão dos pecados e adoração a Deus. Isso faz com que haja uma mudança em nós. Os nossos canais que estavam entupidos são liberados e o amor ao Senhor começa a fluir novamente e o nosso serviço começa a fluir. O serviço é o fluir da vida.
Eles aderiram ao juramento, porque haviam visto a diferença entre ter a palavra e não a ter, entre seguir a Palavra e não a seguir. Na oração deles estava muito claro como era a situação nos momentos em que eles estavam próximos a Deus e nos momentos em que se afastavam de Deus. Com base nisso, tomaram uma decisão.
Ne 10:30-34, 39
decidiram não se contaminar unindo-se ao mundo. Dar suas filhas é entregar algo para o mundo. Tomar as filhas para os filhos é trazer o mundo para dentro de casa. Agora, eles não queriam mais isso, porque viram a diferença. Ninguém os obrigou a fazer a aliança, mas algo brotou em seu interior para definir um ponto de corte. Somos povo de Deus e linhagem santa (v. 30).
Eles decidiram guardar o sábado, ou seja, decidiram descansar no Senhor. Ninguém os obrigava a isso, mas tudo isso brotou do seu interior. Também queremos ser os que desfrutam o descanso (v. 31).
Embora pobres e servos em sua própria terra, disseram que o serviço não podia parar por falta de recursos. Eles se impuseram sobre si mesmos o dever de ofertar. Passaram a ofertar voluntariamente. Ninguém os obrigou. Eles sentiam que a casa de Deus precisava funcionar (v. 32-33).
Decidiram que o fogo do altar não podia se apagar. Havia necessidade de lenha para isso. Eles criaram uma oferta nova, que não havia antes. Isso é algo espetacular. O altar onde você está tem fogo? Está sempre queimando? Você traz a oferta da lenha de livre espontânea vontade? Todo esse coração é importante para o Senhor (v. 34).
Deus precisa de uma geração restaurada, poque nessa geração o serviço flui do interior. Flui porque a pessoa foi ajustada diante do Senhor. Ela foi restaurada por obra da palavra que ilumina. Porque permitimos que a palavra entre e opere e por causa da oração com intimidade com Deus, o serviço flui de nosso interior (v. 39).
Lv 9:8, 15, 24
Vimos a experiencia de Moisés. Agora vemos como o fogo desceu do céu e ascendeu o altar. Para que isso ocorra é necessário consagração. Precisamos cuidar de nossa própria condição ao nos consagrar ao Senhor. O serviço é oferecer sacrifício por si mesmo e pelo povo. Tudo começa com oferecer por nós mesmos. O fogo que acendeu o altar foi o fogo que veio de Deus. Esse é o fogo que não apaga, assim como experimentou Moisés.
Como tem sido o seu serviço? Com altos e baixos? Em um momento 100% e em outro, frio? Deus quer que esse fogo jamais se apague em seu interior. É possível ter essa experiência. É possível ter o fogo que não se apaga. Precisamos dos ajustes para isso. O povo estava apagado ao voltar em Neemias. Mas quando se colocaram diante da Palavra e oraram escancarando seus corações sem nada esconder do Senhor, algo brotou de seu interior e eles restauraram o serviço da casa de Deus. Todos eram pobres e estavam ali, mas tomaram uma decisão que todos deveriam participar.
Lv 10:8-11
Provavelmente, Nadabe e Abiu trouxeram fogo estranho porque tomaram fogo estranho na tenda da congregação. Quando nos embriagamos com esse mundo já não fazemos diferença entre o santo e o profano e o imundo e o limpo. Temos de ser sóbrios.
Somos aqueles que servem ao Senhor e lidamos com o fogo que não se apaga. A origem do fogo foi os céus. Temos de trazer a lenha para manter acesso esse fogo que o Senhor iniciou. Aí podemos ver a importância de sermos jovens restaurados diante de Deus por meio da palavra e oração. Esses são alguns fundamentos que poderão ajudá-los. O Senhor os abençoe!