Conferência Internacional – Fev. 2022
Tema geral: ENTÃO VIRÁ O FIM
Mensagem 18. Os Trabalhadores do Final da Era da Igreja | Leitura Bíblica: Mt 19:1-6
Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente da Estância Árvore da Vida em Sumaré – São Paulo, em 05/03/2022. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.
Mt 19:14-15; 2 Co 1:12; Is 57:15; Is 66:2
No jardim do Éden, o homem era simples e puro diante de Deus. Desde o princípio o homem era simples e agora estamos retornando ao princípio. Para edificar a igreja precisamos deixar nossa complexidade de lado. Vamos viver aqui na terra com simplicidade e sinceridade, não com nossa sabedoria humana mas na graça divina. Vamos ser como aqueles que entraram no reino dos céus, pobres em espírito. No Reino dos céus vamos manter-nos sempre humildes, um espírito contrito, com o coração quebrantado e arrependido.
Mt 19:16-22; Mc 10:11
No registro de Marcos, essa mesma passagem, o homem ao se curvar mostrou reverência. Na passagem de Lucas, era um lider judeu, apesar de ser jovem. No fim, ele queria saber como alcançar a vida eterna.
Agora precisamos fazer uma diferenciação da vida eterna no reino de Mateus e a vida eterna no evangelho de João. Ter vida eterna no Evangelho de Mateus é diferente de ter vida eterna no Evangelho de João. O Evangelho de Mateus refere-se ao reino, ao passo que o de João refere-se à vida. Em João, ter vida eterna é ser salvo pela vida incriada de Deus, para vivermos por essa vida hoje e eternamente; mas, em Mateus, ter vida eterna é participar da realidade do reino dos céus nesta era, por meio da vida eterna de Deus, e partilhar da manifestação do reino na era vindoura, desfrutando assim a vida eterna de Deus de modo mais pleno.
Aquele jovem queria participar da manifestação do reino dos céus. Ele falou do que é bom, que em grego é agathos: de boa constituição e boa natureza. Só existe um bom, e é Deus. E Cristo é Deus. O requisito é guardar os mandamentos, acerca do relacionamento com os homens e honrar os pais. Dos cinco mandamentos que estão na primeira tábua Jesus citou 4 e também o quinto da segunda tábua, de honrar os pais. Mas guardar a lei exteriormente não exige uma mudança interior pela vida, pela natureza do Deus bom. Esse jovem guardava apenas exteriormente. Mas Deus quer nos mudar interiormente e pela Sua vida nos transformar.
Mt 23:23-28
Não basta apenas se preocupar em guardar a lei exteriormente e diante dos homens mostrar que somos pessoas tementes a Deus, mas precisamos permitir que essa nova vida nos leve a viver em outro plano, na esfera celestial, na esfera do espírito. Usando este mesmo princípio, como no caso do casamento que falamos hoje de manhã, alguns tentam manter aparências de serem justos diante dos homens mas sem a essência do reino de Deus que é amor, tolerância, respeito e compaixão. Somente pela fé o homem tem acesso à natureza de Deus para viver na realidade do reino dos céus.
O Senhor sabia onde estava o problema do jovem, por isso citou a segunda tábua da lei. Quem está preso no plano terreno não consegue ver as coisas no plano celestial. Precisamos nos libertar do amor ao dinheiro, pois ele nos prende às coisas deste plano.
Mt 19:25-29 (n tenho ctz); Mt 13:22
O Senhor está nos preparando para a edificação final. Se não voltarmos a ser simples como uma criança, o apego à posição e ao prestígio pode nos tirar da realidade do reino dos céus. Se nós ficarmos como o jovem rico, visando a apenas manter a aparência de ser um jovem justo e guardar exteriormente toda a palavra de Deus, porém não deixando o Senhor trabalhar em nós, não estaremos aptos para a edificação. O mesmo acontece com o apego às coisas materiais.
O Senhor nos tem ajudado a nos limpar, nos purificar com a lavagem de água, que é a palavra. Para a palavra em nós não ficar infrutífera precisamos limpar os espinhos do nosso coração, que são as preocupações da nossa vida (seja sobre o que comer amanhã ou o que beber, com o que vestir, como pagar as contas). Isso pode desviar nosso coração das coisas de Deus. Não precisamos ficar preocupados, pois, mesmo quando faltar, o Senhor cuida de nós.
1 Tm 6:6-11
Podemos viver uma vida pregando o evangelho, fazendo colportagem, cuidado das pessoas e ajudando-as a servir na igreja para serem edificadas. Tendo o que comer e o que vestir estaremos contentes. Não devemos ter amor pelo dinheiro, pois os que querem ficar ricos caem em ciladas e tentações.
Tudo o que acontece de ruim no mundo e no universo é causado por amor ao dinheiro. Todas as empresas, sejam quais forem, correm atrás do lucro. Sem ele, ninguém sobrevive. E quando o objetivo único das empresas é correr atrás do lucro, já não há preocupação quanto aos benefícios que traz ou não ao homem. Na maioria dos casos há muito prejuízo, mas, por conta do lucro, continuam a fabricar. Por exemplo, mídias sociais visam ao lucro. Inúmeros algoritmos são utilizados para que acessemos cada vez mais suas mídias. Isso acarreta o uso de apelação, notícias falsas, e outras artimanhas baixas. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Mesmo para produtos que estão no supermercado; a preocupação não é a saúde e sim o lucro. Nós não devemos cair nisso.
Portanto, para um rico que tenha apego ao dinheiro será muito difícil entrar no reino dos céus. Mas cremos em um Deus do impossível, para Ele tudo é possível.
Mt 19:27-28; Ap 20:6
No reino vindouro, nós, os vencedores, nos assentaremos não como os doze apóstolos com lugar especial sob os doze tronos para julgar as tribos de Israel, mas nós também nos assentaremos em tronos para reinar! Não fazemos parte dos doze apóstolos de Cristo mas vamos reinar sobre a terra sentados no trono juntamente com Cristo.
At 3:20-21
Chegará o tempo de refrigério e restauração de todas as coisas, e esse tempo será também para a salvação dos judeus. Quando Cristo vier na sua glória haverá restauração de todas as coisas. Enquanto não chega esse tempo, a igreja está em ação para introduzir a era do reino. Por causa do nome do Senhor, quem deixar todas as coisas, receberá muitas vezes mais e a vida eterna! Terá a recompensa na era vindoura!
Mt 19:30; Mt 20:1-8; Pv 21
O começo do capítulo 20 começa explicando o último versículo do capítulo anterior com uma parábola. Esta parábola vai ser o encargo principal desta mensagem.
Quem é o dono de casa? É o nosso Senhor Jesus. Ele tem uma vinha. A igreja é a Sua vinha, e ela deve produzir fruto para o seu dono, que é a edificação da igreja. Ninguém gasta ou investe em uma vinha se não for para dar fruto. Por isso, Ele contrata trabalhadores para essa vinha produzir frutos.
A mulher virtuosa representa o modelo ideal que Deus deseja para Sua igreja: cuida bem dos mantimentos da casa, da vestimenta de todos da casa, dos pobres, dos necessitados, e, o mais importante, ela sabe negociar. Seus negócios dão lucro. Não podemos ficar anos após anos na mesma cidade, com o mesmo número de pessoas. Se formos assim, não estamos dando lucro ao Senhor.
A jornada de um dia é de 12h. Começa às 6h da manhã, no alvorecer do dia. A terceira hora é às 9h da manhã. A sexta é meio-dia, a nona é 3h da tarde, e o dia de trabalho termina na décima segunda hora, que é 6h da tarde. O dia de trabalho de 12 horas é dividido em quatro períodos. A era da igreja, na qual estamos, compreende 12h de trabalho. Desde que o messias foi sacrificado, iniciou-se a era da igreja, que se fechará na vinda de Cristo. Os primeiros trabalhadores da hora 0 são os 12 apóstolos e todos os servos que estavam ali no início da era da igreja. Pedro usou a chave do reino dos céus para os judeus crentes entrarem na vida da igreja. Na casa de Cornélio foi aberta a casa para os gentios.
Os trabalhadores são divididos para trabalhar 3 horas. Se pegarmos 20 séculos, 2000 anos de vida da igreja, e dividi-los por quatro teremos aproximadamente 500 anos cada período em média. Esses trabalhadores não trabalharam 500 anos, mas que nesse período eles foram fiéis ao Senhor, edificaram a igreja com base na luz que receberam do Senhor. Os do quarto período são os muito próximos a nós. Os que o Senhor chamou para as três horas da tarde são os que nos antecederam. Recebemos toda a herança das anteriores nesse último período de três horas. Mas por que o Senhor foi chamar outros às 5h da tarde? Não deveriam ser o suficiente aqueles de 3 em 3 horas? A periodicidade foi perdida. Nas últimas três horas deveria se encerrar essa era. Porque ele chamou os da undécima hora? Porque da maneira convencional Deus não iria concluir essa era. Os trabalhadores das últimas três horas ainda não conseguiram terminar o que Deus precisava nessa era, então foi necessário levantar os da última hora. Estes têm de ser diferentes! A maneira convencional não dá conta de fechar essa era.
Na última hora, Deus derramou Seu sete espíritos e nos introduziu na era do apocalipse. E para cooperar com os sete espíritos e com esse aumento de velocidade, Deus também levanta o último grupo de trabalhadores especiais, os quais têm de pensar fora da caixa, e não podem se acomodar ou ser meramente tradicionais. Esses têm que ser como os quatro seres viventes ziguezagueando atrás do espírito. Sem questionar motivos, mas sendo seguidores do cordeiro para onde quer que vá. A colportagem dinâmica é um exemplo de loucura, nenhum homem poderia fazer isso, mas Deus nos abençoou, abriu o caminho e está fazendo. Todas as nossas ferramentas de pregação do evangelho e cuidado tem cumprido a vontade de Deus!
Pela necessidade da última hora, o Senhor nos fez chegar em um momento muito bom de coesão, unanimidade, edificação e unidade, porque o Senhor precisa de uma liderança para conduzir este grupo de trabalhadores de última hora, que não são não convencionais. Os da última hora não tem o direito de falhar. Por isso temos de nos manter humildes, com o espírito contrito, arrependido, coração sempre quebrantado, para que o Senhor sempre tenha caminho entre nós. Nós não somos capazes de fazer a obra de Deus, somente o próprio espírito o é. Dizemos sim e amém e as coisas acontecem.
Os do período da igreja em Tiatira, os demais de Tiatira (Ap 2:24) como os valdenses, lutaram pela propagação da Palavra pura de Deus e foram fortemente perseguidos pelos que detinham poder da própria igreja. No período de Sardes, muitos também pagaram com vida para sair dos muitos erros da igreja em Tiatira, lutaram para que a Bíblia fosse acessível a todos.
Também muitos que nos precederam, para, aos poucos, nos trazer luz sobre a igreja e a sua prática. Houve muito labor por parte desses servos, que, com certeza, não será esquecido na vinda do Senhor.
Agora chegou a nossa vez; temos a Palavra profética tão brilhante dando-nos direção. Por ela também percebemos a chegada da aurora, os jovens estão sendo despertados para formar exércitos de jovens santos para Cristo; claramente percebemos a ação do Sete Espíritos atuando nos nossos dias, “turbinando” todas as ferramentas, como a Colportagem, Ceape, Avança Jovem, Expolivro, Bookafé, a Rede de Cuidado das Mulheres, Central de Acolhimento, Rede de Cuidado das Igrejas, o “Posso Orar por Você”, etc.
Para fechar o circuito, o Senhor está nos revelando que Seu foco é a edificação da igreja; uma igreja em total unidade e harmonia, cujos membros receberam o operar da cruz, destituídos de egoísmo, de inveja e de divisão, ajudando um ao outro a crescerem em Cristo, em amor. O resultado da edificação é a Habitação de Deus no Espírito (Ef 2:22).
Mt 20:16
Vale a pena o Senhor dar tanta importância aos últimos. O salário é a recompensa. E os últimos foram os primeiros. O Senhor dá muita importância para nós. Ele quer nos recompensar primeiro, antes mesmo dos apóstolos. Somos os ”turbinados” pelo espírito, ziguezagueando como relâmpago, fazendo a vontade de Deus. E para a surpresa de todos, seremos chamados primeiro. Quanta honra, quanta glória, quanto privilégio!
Essa parábola mostra uma generosidade extra com os trabalhadores do final da era da igreja. Vamos deixar nosso apego pelas coisas materiais.
Mt 20:19-21
A morte e ressurreição de Cristo serve para a edificação da igreja. E isso foi falado três vezes só no evangelho de Mateus. A morte e ressurreição de Cristo é o modelo para servirmos ao Senhor e edificarmos a igreja. É carregar a morte em nosso corpo para que a vida opere nos irmãos. Na edificação da igreja precisamos nos limpar do conceito de posição. Quem quiser ser importante precisa servir aos outros, e ser escravo dos outros. A preeminência da igreja vem pela realidade da vida, pelo reconhecimento orgânico pelos membros do corpo.
1 Tm 3:13
Quem serve na igreja, realmente ajuda os irmãos, a edificação, os outros membros do corpo de cristo, a sua realidade promove uma preeminência por parte dos irmãos que ele serve. Isso é do próprio corpo, não é errado. Mas lutar por espaço não é a realidade do reino dos céus. Deixe que Deus te exalte. A luta danifica a edificação do Corpo de Cristo. Criar uma classe especial mata a edificação da igreja pelos membros do corpo de Cristo. Por isso, hoje vamos restaurar tudo isso.
Mt 20:29-34
“Filho de Davi” é um título exclusivo no meio do povo de Deus para designar a realeza do Messias vindouro. O Cristo que virá. É interessante que este relato venha logo depois da mãe de Tiago e João pedir para Jesus que eles se assentem ao lado de Jesus. Dois irmãos e dois cegos. Quando nao enxergamos o que o Senhor está fazendo no Reino dos Céus ainda buscamos posição, lugar ao sol, glória, preeminência, isso é cegueira. Precisamos pedir ao Senhor para ver! Só Ele pode nos fazer ver e participar ainda do grupo de trabalhadores especiais!
O Senhor precisa do espírito dos trabalhadores de última hora para voltar!