Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente de São Paulo-SP, Brasil, em 02/04/2023. Texto não revisado pelo autor.
Cl 3:12
- Graças a Deus, passamos esse último final de semana junto com alguns irmãos da liderança das regiões do Rio de Janeiro, do nordeste e do sul. Eles passaram alguns dias no PAC tendo comunhão conosco, e hoje veremos o que o Senhor tem para nós em Sua palavra. Depois de viver essa experiência, esses irmãos perceberam o quanto foram ajudados e reconhecem o quanto precisavam disso para que o Senhor mostrasse como a imersão na palavra profética opera na pressão da rua, e como essa mesma palavra realiza a obra de Deus. Ao tentar fazer de acordo com a própria capacidade, com as mesmas orações que realizaram desde sempre, perceberam que muitas vezes isso não funcionava, e acabavam se encontrando impotentes e sem saber como prosseguir. Nesses momentos eles pediam socorro! Irmãos, não tenham medo de pedir ajuda! A igreja é coletiva, temos os irmãos como membros do Corpo de Cristo que nos ajudam e que nos levam a imergir antes de continuarmos a colportagem.
Cl 3:1-4
- Com essa situação, vemos como esses irmãos podem ainda estar vivendo a vida da igreja de forma tradicional sem precisar apelar para as coisas lá do alto. Em Colossenses somos exortados a buscar as coisas celestiais. Não precisamos nos limitar a viver na esfera terrena, no marasmo da terra como tantos homens vivem. Hoje, por meio de Cristo, podemos viver na esfera lá do alto! Graças a Deus, esses irmãos receberam essa ajuda para perceber quando estavam no automático, vivendo pelas habilidades naturais nos serviços da igreja e no seu viver diário. Com a experiência da saída e pressão das ruas, eles têm experimentado o sobrenatural.
Cl 3:12; Rm 6:6
- O verbo usado em Colossenses 3:12 é “revestir”, que aqui em grego é enduo, que se refere a vestir-se, a mesma palavra usada no versículo 10. Paulo usa o mesmo verbo em ambos os versículos porque ele se refere à mesma coisa: vestir-se dos ternos afetos de misericórdia é o mesmo que vestir-se do novo homem. Nosso velho homem já foi crucificado e morreu com Cristo, não precisamos mais tentar fazer coisas boas pela natureza desse homem. Fomos transferidos de endereço, para o novo homem! Nosso velho homem era escravo do pecado, mas o novo homem é a nova criação.
- Quando aceitamos o Senhor, Deus nos batizou com Seu Espírito para dentro do Corpo de Cristo. O batismo nas águas é um testemunho do que já aconteceu: quando cremos, o Senhor nos tornou membros de Seu Corpo; já não somos cristãos individuais nem estamos sozinhos no mundo, pois uma vez que aceitamos a Jesus como Senhor, passamos a ser membros vivos deste Corpo.
Cl 3:8; Mt 9:35-36; Fp 2:1-2
- Por isso nos revestimos do novo homem e tiramos a antiga veste do velho homem. Quando vestimos o novo homem, há ali uma coisa chamada ternos afetos de misericórdia. O Termo “ternos afetos” citado por Paulo é, no original grego, “splagchnon”, que significa entranhas. Naquele tempo, acreditavam que todos os sentimentos de compaixão e afeto vinham do interior das entranhas. Quando estudamos o livro de Filipenses, percebemos que esse splagchnon vem de Cristo. Quando nos vestimos do novo homem, Cristo passa a ser tudo em todos e passamos a ter o splagchnon, os ternos afetos de misericórdia de Cristo! Revestidos destes, nos despojamos da ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena e mentiras do velho homem. Somos então enchidos de bondade, misericórdia e de tudo o que os afetos de Cristo expressam por meio de nós.
- Jesus não veio à terra para ser recebido como rei, mas sim como servo para livrar os homens de seus pecados. Quando na terra, Jesus percorria todas as terras, pregava o evangelho do reino. É isso que estamos fazendo hoje, saindo às ruas para levar a palavra para as pessoas. Após a queda, a humanidade passou para debaixo da opressão de Satanás e hoje todos estão doentes – se não fisicamente, psicologicamente. Mas Jesus, vendo as multidões, se compadeceu delas. “Compadeceu” em Mateus 9 vem de splagchnon. Quando vamos para as ruas, quando olhamos para as pessoas, precisamos nos encher dessa compaixão, almejar levar a palavra do reino até elas. As pessoas no mundo estão perdidas, como ovelhas que precisam de um pastor e de um rebanho. Mas o Senhor veio salvá-las!
- Vestir-se do novo homem não é uma mera doutrina, mas é uma troca de pessoa. Antes, vivíamos no velho homem, mas hoje vivemos em Cristo! Podemos hoje viver na humanidade perfeita de Cristo, numa vida coletiva perfeita visando à edificação do Corpo de Cristo.
Cl 3:12; Ef 1:4; 2 Tm 2:10; Rm 8:17-21; Jo 3
- Os eleitos de Deus são os escolhidos para ser santos e irrepreensíveis Nele. Só há uma maneira de sermos santos e irrepreensíveis: viver no novo homem! Fomos escolhidos desde a fundação do mundo para vivermos no novo homem. Paulo suportava tudo pelos eleitos. Hoje também suportamos tudo pelo grupo que o Senhor escolheu para ganhar a salvação – não só a inicial, mas também a que está em Cristo Jesus para a eterna glória. Ao nos escolher, o Senhor também desejou que alcançássemos a salvação com eterna glória. É por esses eleitos que suportamos tudo! Quando libero uma palavra, não estou jogando palavras ao ar, mas sei que ela produzirá fruto nos eleitos. Para sermos glorificados, há um preço a ser pago: sofrer pela salvação, pelos eleitos. A minha esperança é a glória ser revelada em nós. Hoje, toda a criação caiu na vaidade e está nos esperando para alcançar a glorificação. Quando formos glorificados, libertaremos toda a criação do cativeiro. Somos eleitos, e, portanto, alcançaremos o final de nossa salvação, a glória, ainda nessa vida.
- O ser humano é tripartido: somos corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23). Nossa alma faz parte de nossa personalidade, e nosso corpo é um instrumento, uma casca temporária dada a nós para vivermos na terra. Nosso espírito foi criado para ter comunhão com Deus e governar a alma. Quando cremos no Senhor Jesus recebemos a vida eterna em nosso espírito, nos tornamos filhos de Deus. Mas nossa alma ainda não foi salva! Desde o dia em que nosso espírito foi salvo até o final de nossa vida, o Senhor está trabalhando para salvar nossa alma.
1Pe 1:2-9; 1 Co 3:10-17
- Fomos eleitos segundo a presciência de Deus Pai. Ou seja, antes mesmo de existirmos Deus já conhecia toda nossa história e nos escolheu. Ele também nos regenerou: nascemos de novo para uma viva esperança mediante ressureição de Jesus Cristo de entre os homens. Estávamos fadados a viver debaixo da escravidão do pecado, mas Cristo morreu por nós na cruz, crucificando nossos pecados e o velho homem. E não só morremos com Cristo como também ressuscitamos com Ele, agora livres de pecado.
- Hoje, como eleitos de Deus, temos herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus, que são guardados pelo Seu poder mediante a fé para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. O Senhor quer que alcancemos a salvação final, de nossa alma. Por isso precisamos passar por tribulações, para que a pureza da nossa fé seja refinada pelo fogo, pois o que resiste ao fogo verdadeiramente é de Deus.
- Não adianta enganarmos a nós mesmos. Não adianta vivermos uma vida cristã aparentemente maravilhosa e chegarmos no tribunal de Cristo sem sermos aprovados pelo fogo. Precisamos permitir que nossas obras passem pelo fogo hoje, para que na volta do Senhor não sejamos surpreendidos ao não sermos sequer reconhecidos por Ele (Mt 7:22-23). Essa prova de fogo resultará em glória e honra para os eleitos que tiverem a salvação completa; estes serão aprovados por Deus! Essas provações autenticarão nossa fé. Barras de ouro precisam ser autenticadas, é necessário comprovar que ali há somente ouro puro. Naquele dia, o Senhor também precisará ver a autenticação da nossa fé! É para isso que hoje passamos pelo fogo.
- A viva esperança significa hoje crescer em vida, ser transformados e preenchidos com Cristo até a plenitude de Deus, edificar a igreja, lutar pelo Seu reino e ser glorificados na vinda de Cristo pela redenção de nosso corpo. E na era vindoura, reinar com Cristo na manifestação do reino dos céus, no milênio.
1 Pe 4:12-14; Ap 17:14; Mt 20:16; 22:14
- Por isso não devemos estranhar o fogo ardente que surge em nosso meio para nos provar, como a pressão nas ruas, os “nãos” que recebemos e até maus tratos, pois eles têm uma razão para acontecer. Esses sofrimentos não vêm por algum erro nosso, mas são para a edificação do Corpo de Cristo, como por exemplo: os sofrimentos para resgatar as pessoas das ruas, para o cuidado delas na igreja, para apresentar todo homem perfeito em Cristo.
- Nem todos os chamados são eleitos. Vemos no evangelho de Mateus que muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Estes são os que foram escolhidos para serem santos e irrepreensíveis, que estão sendo trabalhados para alcançar a salvação da glória ainda nessa era. Nós somos trabalhadores da última hora! Não apenas fomos chamados pelo Senhor, como também fomos eleitos por Ele. Porém, mesmo entre os eleitos, haverá aqueles que nadarão todo o caminho para morrer na praia. Portanto, precisamos ser os fiéis, aqueles que perseveram na salvação. Estes serão os que lutarão ao lado do Cordeiro no final dos tempos!
- Na última batalha, os eleitos e fiéis já terão sido arrebatados aos céus. Ao final da grande tribulação, o Senhor precisará de nós para lutar ao lado de Cristo. O Cordeiro vencerá os dez reis liderados pela besta, e vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acharem com Ele. Por isso, irmãos, o Senhor precisa dos eleitos, não somente para a edificação da igreja, mas também para lutar pelo Seu reino como um exército. Quem buscará as pessoas nas ruas? Os eleitos! Quem cuidará delas na igreja? Também os eleitos. Assim, o Senhor de fato precisa de nós hoje. Mas Ele também precisa de nós como exército do final dos tempos. Por isso, graças a Deus a igreja em Filadélfia do final dos tempos finalmente se levantou, para fazer com que todos os que estão sob nossa responsabilidade sejam vencedores.
Fp 2:1-4
- 17 O encorajamento e compaixão esperados da igreja em Filipenses por Paulo era de que, se eles de fato estivessem vestidos do novo homem, todos estariam também revestidos de ternos afetos de misericórdia, pensando a mesma coisa, tendo o mesmo amor, sendo uma só alma com o mesmo sentimento. Essa é a realidade que transborda de nós, quando de fato estamos revestidos do novo homem. Um servo de Deus não trabalha para que o zelo dos irmãos seja para ele ou para o seu benefício, mas para que haja real unidade na igreja, um verdadeiro entrelaçamento em amor.
- 18 Nada fazendo por partidarismo (“eritheia” – intriga, rivalidade, competição) ou vanglória (vaidade, imodéstia). Infelizmente, alguns entre nós ainda têm o ímpeto de difamar outros irmãos, por partidarismo. Mas precisamos fazer tudo por humildade. Tudo o que tem acontecido em nosso meio é ação da própria palavra de Deus, não pela nossa suficiência. Nós não somos capazes de fazer a obra, precisamos permanecer em humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não podemos permitir que surja entre nós sequer sombra de hierarquia, amor por título ou posição. Nosso interesse é o interesse do Corpo de Cristo, por isso priorizamos os interesses dos outros acima de nossos.
Mt 24:14
- 19 O Senhor incumbiu a igreja em Filadélfia de pregar o evangelho do reino no final dessa era. O evangelho do reino traz o encabeçamento de Cristo para a vida das pessoas. Por isso, já não pregamos somente o evangelho da graça para que sejam salvas, mas queremos que Deus realize Sua vontade por meio delas. Antes de subir ao Pai, Jesus deixou uma incumbência para a igreja: pregar o evangelho do reino a toda terra habitada. Hoje vivemos próximos do fim, mas se não cumprirmos nossa responsabilidade de pregar o evangelho do reino a toda a terra habitada e a todas as nações, o fim não poderá vir. O evangelho do reino, porém, leva tempo para ser pregado. Nosso primeiro contato com as pessoas é pelo “Posso orar por você?”, por meio da qual queremos levar a salvação até elas. Mas nesse momento, muito provavelmente, não haverá a oportunidade e tempo de pregar o evangelho do reino. Então, como poderemos cumprir nossa responsabilidade? Por intermédio dos livros! Ao deixarmos a literatura nas mãos das pessoas, os eleitos poderão ter contato com o conteúdo e começar a entender o evangelho do reino e, posteriormente, em algum momento, até mesmo viver a vida da igreja.
- 20 Assim surgiu a colportagem. Nos tempos finais o Senhor nos ajudou até mesmo levando a outro nível essa ferramenta que já tínhamos, nos dando então a colportagem dinâmica. Por meio dessa ferramenta, ao final de 2023 teremos realizado a distribuição de 12 milhões de livros ao longo de quase sete anos. Cada um desses livros é uma oportunidade para que as pessoas nas ruas possam conhecer o evangelho do reino e se tornar também um dos fiéis que reinarão com Cristo juntamente conosco. Se não deixarmos os livros com as pessoas, não daremos a elas essa oportunidade.
Ef 4:12-15
- Nós todos, os santos, temos um único ministério final: a edificação do Corpo de Cristo. A edificação da igreja não virá por meio de discussão de doutrina, mas ocorrerá quando seguirmos a verdade em amor. Quando os irmãos líderes participam do PAC, percebem que as coisas que fazem no viver cotidiano ao cuidar da igreja podem ainda ser realizadas na esfera natural, fruto do que aprenderam, em sua habilidade e conhecimento natural. Nós facilmente nos acomodamos, vivemos dando um “jeitinho brasileiro” nas coisas. Assim, muitas vezes percebemos que tudo aquilo que é do nosso jeitinho e habilidades naturais são usados como muletas nas quais nos apoiamos. Até mesmo nossas boas experiências muitas vezes passam a ser repetidas religiosamente e deixam de fazer sentido na obra.
- Mesmo nossas orações tradicionais, que por tanto tempo funcionaram em reuniões, já não funcionam e não geram eco nas ruas. Muitos irmãos têm tido experiências de ver o sobrenatural acontecendo ao usar a palavra profética para orar pelas pessoas. Irmãos, o maná do dia é para aquele dia. Se o Senhor nos dá uma palavra para o dia, precisamos usá-la naquele dia, sendo simples e obedientes. Muitas vezes estamos na igreja há muitos anos fazendo as coisas do mesmo jeito, e corremos o risco de chegarmos Naquele dia e não sermos reconhecidos pelo Senhor. Por isso é tão importante estarmos envolvidos com o PAC, para reconhecermos nossa situação a tempo.
Is 42
- Tudo o que fizermos precisa produzir realidade. Com o tempo, nos acostumamos a viver de nossa maneira e deixamos de lado as coisas lá do alto. Mas aquilo que é nosso não produz a realidade, que é o objetivo de Deus hoje. Será que a nossa maneira de viver a igreja está produzindo realidade ou está sendo apenas uma repetição daquilo que fazemos há tantos anos? Por isso precisamos ser levados a refletir sobre como estamos fazendo as coisas, pois pode ser que o que estamos habituados a fazer não esteja conectado às coisas lá do alto.
- Para isso o Senhor nos deu um grande presente: a imersão na palavra! Precisamos nos aprofundar na palavra, imergir nela. Assim, entraremos em seu sentimento e ela será assimilada por nós. Isso está nos tornando mais obedientes à palavra. Esse é o evangelho do reino, o encabeçamento de Cristo! Podemos então usar o conteúdo da imersão para abordar as pessoas, para viver nosso viver diário e as coisas começarão então a produzir a realidade. Os colportores dinâmicos são obrigados a viver no espírito, pois no momento em que deixam de estar no espírito a colportagem deixa de funcionar. A imersão, então, se mostrou um caminho para que eles estivessem sempre encabeçados pela palavra.
Ef 4:15-16
- Essa verdade não é algo teológico ou discutível, mas é a verdade em amor, produzida na esfera do amor. Quando seguimos a verdade da maneira como descrevi até aqui, entrando na palavra e imergindo nela, passamos a ser obedientes a Cristo. O Corpo então será bem ajustado, bem entrelaçado, coalescido. Deus quer entre nós a realidade de um tecido de amor. A edificação da igreja é um entrelaçamento de amor! De Cristo vem o recurso de amor, do próprio Deus. Portanto, se estivermos imersos na palavra e obedientes ao Cordeiro, receberemos do Cabeça, de Deus, o amor.
- Os recursos que não temos em nossas habilidades naturais, precisamos buscar nas coisas lá do alto! Quando recebemos o amor de Deus como recurso, é porque já não temos mais para onde apelar aqui na terra. O Senhor então nos dá o amor ágape, que enche nosso coração e é aperfeiçoado em nós. Há 20 séculos de história da igreja o Senhor tem nos dado Seu amor, mas se até agora a igreja não soube usá-lo para entrelaçamento, então não houve trama e o amor de Deus não foi aperfeiçoado. Está na hora de a igreja em Filadélfia aperfeiçoar esse amor por meio da imersão, da colportagem, da abordagem das pessoas nas ruas!
- Por isso Deus precisa nos usar como novo homem. Quando usamos o amor de Deus para abordar as pessoas, mais dele será aperfeiçoado no nosso meio. Quanto mais compactados os fios, melhor e mais ajustado é um tecido. Hoje o Senhor está nos aperfeiçoando, nos entrelaçando uns aos outros e a Ele mesmo.
- Essa realidade não é só para colportores. No viver matrimonial, vivemos a realidade e tecemos um tecido do amor de Deus, ou damos nosso “jeitinho”? A imersão também salva casamentos! No serviço com outros irmãos, estamos entrelaçando em amor ou temos apenas habilidades técnicas para servir bem? Podemos estar produzindo um serviço de excelência sem estar produzindo um tecido de amor, dando um jeitinho aqui e outro lá. Mas quando o Senhor voltar, onde estará a realidade? Até mesmo no nosso trabalho podemos fazer a imersão em momentos de intervalo, e o Senhor nos usará de alguma maneira para suprirmos alguém com o Seu amor e o tecido de amor será realizado também ali.
- Hoje Deus tem nos dado a oportunidade de ir a outro nível, para não nos enganarmos mais a nós mesmos e deixar de ser reconhecidos em Seu tribunal. Hoje Ele nos leva a ser entrelaçados e produzir a verdade em amor. Esse tecido é produzido por cada parte, e todos devemos participar. Quando chegarmos naquele dia, então, a igreja em Filadélfia estará completa com os chamados, eleitos e fiéis na esfera do amor.
Rm 8:17; 12:9-21; Cl 1:27; Mt 5:44,48
- O único modo de viver o amor sem hipocrisia é apelando somente para as coisas lá do alto, sem depender de jeitinhos e métodos próprios. O amor de Deus deve ser a fonte, a urdidura – que deve ser feita dos fios mais resistentes – para amarmos de verdade. Irmãos, não vivamos pela nossa habilidade, mas pelo amor que vem do Senhor e é perfeito!
- Somente com o amor ágape é que poderemos amar sem hipocrisia, é ele a fonte para que possamos ter amor fraternal, preferindo honra uns aos outros por meio da natureza do novo homem. O amor que recebemos de Deus, por meio da imersão em Sua palavra, nos fornece recurso para amarmos os irmãos de fato, sem fingimento – assim o tecido de amor é confeccionado na igreja. Nesse ambiente, ninguém busca honra para si, antes preferindo em honra um membro ao outro, para o benefício do Corpo.
- Na responsabilidade de executar ou promover o encargo do Senhor, não devemos ser preguiçosos. Se a imersão na palavra tem feito bem a você, promova a imersão sem preguiça, com diligência, seriedade, com o espírito fervente, servindo com obediência ao Senhor. Quem imerge na palavra estará sempre com o espírito em ebulição! A esperança da glória é que nos dá alegria em meio a provações, nos dá paciência nas dificuldades, e nos dá perseverança nas orações. Devemos viver em comunhão (“koinoneo”) com os santos em suas necessidades e praticar, correr atrás com o coração hospitaleiro. O Senhor nos mandou amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem. Isso só é possível por meio do amor que recebemos do Pai.
Rm 12:15-18; Mt 5:38-42; 10:34-39
- Quanto mais avançarmos na confecção do tecido de amor, por meio do suprimento do amor de Deus que vem pela imersão na palavra, mais teremos compaixão e empatia entre nós, passaremos a pensar como quem está sofrendo pensa. No final, após sermos plenamente entrelaçados e unidos em Cristo num tecido universal, todos sentiremos o mesmo, em alegrias e sofrimentos. No reino vindouro, então, viveremos uma união tão profunda uns com os outros que seremos de fato inseparáveis, um todo com Deus, promovendo harmonia perfeita. Não devemos aplicar o “olho por olho, dente por dente” que vemos em Mateus 5, mas procurar fazer o bem para todos. Mas não se trata somente de uma mudança de comportamento, mas sim do suprimento do amor ágape da parte de Deus e de buscar a paz sempre que possível. Como estamos em guerra, sempre sofrendo perseguições, nem sempre a paz será possível, mas de nossa parte precisamos sempre procurar mantê-la e seguir a mansidão.
Cl 2:2
- Deus quer que nosso coração seja encorajado, coalescido e unido em amor a todos os santos. Esse é o trabalho que o Senhor está fazendo hoje entre nós. Graças a Deus, a colportagem nos despertou para isso, pois para lidarmos com a pressão vivida nas ruas, a imersão é extremamente necessária. Esse caminho indicado pelo Senhor não se aplica somente à colportagem, mas serve para tudo em nossa vida: no casamento, vida social, serviço na igreja. Por isso, irmãos, não vivam mais de acordo com a capacidade humana e seus jeitinhos. Precisamos passar pelo fogo, sermos autenticados pelo Senhor!