Conferência Internacional M24 – A Vinda do Senhor está às Portas

 

 

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente do auditório da Igreja em São Paulo – São Paulo, em 17/04/2022. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.

Chegamos à última mensagem que comporá a série do Alimento Diário iniciada na Conferência Internacional Fev/22. Todas as igrejas começarão juntas a leitura a partir do dia 25/04. A partir de segunda-feira, 18/04, entre uma série e outra do Alimento Diário, leremos o primeiro capítulo do livro Sala de Guerra, que será lançado pela Editora Árvore da Vida nas próximas semanas. O capítulo será dividido em sete dias para que o desfrutemos assim como fazemos com o Alimento Diário. Essa obra é uma compilação das palavras recebidas nas reuniões ocorridas na Sala Betânia, na Estância Árvore da Vida, durante a Conf Internacional Fev/22, com as lideranças de várias regiões de toda terra. Ali o Senhor nos esclareceu o que Ele deseja fazer nesse semestre através do livro de Mateus, especialmente nos capítulos 16 a 20. Naquela sala de comunhão sentimo- nos mais importantes do que os principais líderes das potências mundiais discutindo sobre a situação das nações, em um momento em que começava a guerra no leste europeu. Até hoje os principais líderes tentam traçar o rumo da situação geopolítica do planeta. Naquela sala percebemos que quem ditará a regra dos acontecimentos mundiais é a Igreja. Naquela humilde sala, com humildes seres humanos irmãos em Cristo, o Senhor estava determinando o que fará nos dias finais. Esperamos que todos se sintam encorajados a adquirir e ler esse livro.

 

 

 

 

 

Além de dar direção à igreja para o tempo final, conforme o Senhor fala Sua Palavra profética conosco os acontecimentos mundiais vão sendo desatados. Estamos vendo Mateus 23 e 24 nas últimas mensagens. Esses capítulos tratam da última semana do Senhor Jesus na terra. Na mensagem 23 vimos sobre a destruição do último templo e que onde ele deverá ser reconstruído antes da vinda do Senhor Jesus atualmente está situada uma mesquita. Isso implica em uma grande mudança naquela região para que o Senhor venha. Justamente após ouvirmos essa palavra, nessa semana, houve tumultos no monte do templo em Jerusalém. Isso confirma que estamos próximos à vinda do Senhor e precisarmos estar vigilantes. Continuaremos a ver sobre o monte do templo e a vinda do Senhor em Mateus 24.

UMA VISÃO PANORÂMICA DO REGISTRO BÍBLICO SOBRE O REINO DE DEUS NA TERRA

I. Da Criação à civilização pós dilúvio – Gn 1:26-28; 3:2-6

Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem para exercer domínio na terra. No entanto, houve uma tragédia na humanidade já no capítulo 3 de Genesis. A serpente, que é a corporificação de Satanás, abordou Eva e lhe perguntou se eles poderiam comer de toda árvore do jardim. Ao estabelecer um diálogo com Eva, a serpente contradisse a Palavra de Deus. A consequência da oferta de o homem ter capacidade de sobreviver sem Deus causou toda a tragédia e problemas que o ser humano enfrenta até hoje. Fomos criados para que Deus nos use como um canal para fazer a Sua vontade. Deus é onipresente e consciente. Não há a mínima possibilidade de comparação do Criador com uma criatura como o homem. Não há cabimento esperar que o homem tenha capacidade de ajudar o homem em algo. Deus tem total poder e capacidade de executar o que deseja. Contudo, Deus quer executar Sua vontade através do homem. Temos de enxergar o lugar do homem. Satanás provocou um desejo no ser humano de ter a capacidade de viver como Deus. Isso é falso, um engano. Eva comeu do fruto e deu também ao seu marido, de modo que pela desobediência e transgressão contra a palavra de Deus, o pecado entrou no mundo e a morte que veio pelo pecado passou a todos os homens. Todos, sem exceção, pecaram e não há sequer um justo. Na queda, o principal veneno que entrou no homem é o julgamento que ele passou a ter de ser capaz de viver sem Deus. Dessa forma, o homem que foi criado com propósito tão nobre de governar sobre a terra se tornou subjugado pelo pecado e pela morte. A violência e o pecado encheram a terra até o ponto de as mulheres se associarem a anjos que deixaram seu domicílio natural em forma de homens. Isso deformou toda a sociedade humana e o conhecimento da área mística angelical foi trazida à humanidade, multiplicando o pecado e maldade, de modo que Deus não teve outra alternativa a não ser destruir a humanidade pelo dilúvio. Apenas a família de Noé foi preservada. Foi uma grande tragédia.

Após o dilúvio, a família de Noé se multiplicou e se espalhou pela terra. Aproximadamente 100 a 150 anos após o dilúvio, enquanto o ser humano ainda vivia atemorizado pela lembrança do dilúvio, surgiu o filho de Cuxe, chamado Ninrode. Ele se tornou poderoso na terra, o que não é positivo. O homem se tornar capaz e poderoso é o posto do caminho estabelecido por Deus. Ele passou a dizer ao povo que não precisavam temer a Deus, pois o ser humano é capaz de viver sozinho e independente de Deus. Ele pregava que o homem é capaz de prover seu sustento, criar sua própria indústria de entretenimento para ter alegria e prazer e também de obter sua própria segurança pelas armas que podiam forjar. Essas três indústrias foram criadas pelo homem para este poder sobrevier sem Deus. Até hoje as identificamos no mundo.

No entanto, embora o homem possa se valer dessa indústria por sua capacidade, ainda não tem controle da natureza e, por terem rejeitado a Deus, passaram a apelar para o conhecimento sobrenatural que haviam recebido antes do dilúvio. Assim surgem os ídolos. Para todas as necessidades humanas foram criados ídolos. O homem passa a apelar para os seres sobrenaturais pensando que esses podem ajudá-lo, ficando cada vez mais dominado pelo império das trevas. Ao longo do tempo nações pagãs se espalharam pela terra. Deus havia criado o homem para dominar a terra, mas o que nela havia eram nações sem Deus e idólatras. Isso foi uma tristeza para Deus.

II. O povo de Israel – Êx 19:4-5; Dt 12

Por isso, Deus chamou Abraão e, a partir dele, obteve um povo, que tirou com mão poderosa do Egito para o achegar a Ele e ouvir Sua palavra. Sem ouvir a Sua voz e guardar as Suas palavras o homem se corrompe. Finalmente, em meio a uma terra cheia de nações pagãs, Deus tem um povo, uma nação santa separada para Ele. Nessa nação, Deus estabelece um reino e obtém um rei segundo o Seu coração. Davi conhecia o coração de Deus e O agradava. Após Deus lhe dar descanso de todos os seus inimigos, teve o desejo de construir o templo como uma casa para o Senhor. Ele percebeu que a arca de Deus ainda estava em uma tenda, o tabernáculo, enquanto ele mesmo morava em um palácio de cedros. Através do profeta, Deus lhe disse que jamais exigiu uma casa para Si. No entanto, permitiu que uma casa em Seu nome fosse edificada pelo filho de Davi, Salomão. O local ordenado por Davi a seu filho para a construção do templo foi sobre o monte Moriá, onde Abraão ofereceu Isaque. Foi nesse mesmo local que Davi comprou uma eira para oferecer o sacrifício que fez cessar a praga de julgamento contra Davi por ele haver levantado um censo que desagradou a Deus. Sobre esse fundamento o templo foi erigido e a glória do Senhor o encheu. Ali estava o testemunho do Senhor e Deus estabeleceu Jerusalém como o único lugar para colocar o Seu nome e para o povo se reunir para adorá-Lo. Assim, até os dias de hoje a nação de Israel só tem sentido se tiver Jerusalém e o templo.

Mt 24:32-33; 21:19; Lc 21:30-31; At 1:6;

A primeira seção da resposta do Senhor Jesus à indagação dos discípulos acerca quando as coisas que ele lhes falava aconteceriam e quais seriam os sinais do final dos tempos (Mt 24:3-31) diz respeito ao povo judeu e a interpretação de seu registro deve ser literal. Esses versículos (24:32-25:30) constituem a segunda seção, que diz respeito à igreja e sua interpretação é espiritual e não literal. É o que veremos nessa mensagem.

O sinal do final dos tempos e da vinda do Senhor para a igreja é a parábola da figueira. A figueira representa a nação de Israel. Ela foi amaldiçoada em Mateus 21:19 e passou por um longo inverno, desde o século I até 1948, quando foi restaurada como nação. A partir daí, os seus ramos se renovam e as folhas brotam. Este é um sinal, para a igreja, do fim desta era.

Quando Salomão edificou o templo, a glória de Deus o encheu. Mas não muito tempo depois vários reis começaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor. Deus abandonou Jerusalém e o templo principalmente pela rebeldia e idolatria no meio do povo de Deus. Deus havia levantado uma nação para ser santa e um povo para ser de propriedade exclusiva de Deus, mas este povo se contaminou com a idolatria adorando outros deuses. Em Ezequiel 8 vemos horrores acontecendo mesmo dentro do templo. A liderança do povo de Israel estava liderando o povo de Deus a adorar ídolos. Mulheres e jovens também estavam adorando ídolos. Ezequiel foi levado por Deus a ver a visão da glória de Deus se retirando de Jerusalém e do templo. Em Ez 11 mostra que essa glória ficou sobre o monte da Oliveiras. Isso foi exatamente o que Jesus fez em Mateus 24. Ele abandonou Jerusalém e o templo e veio para o monte das Oliveiras.

A queda do homem ao aceitar a oferta da serpente da capacidade de viver sem Deus, afetou até mesmo o povo de Israel. Eles deveriam viver pela palavra de Deus com simplicidade e obediência, mas passaram a viver como outras nações pagas, seguindo os ídolos. Por isso, no tempo do rei Joaquim, Nabucodonosor, rei babilônico mandou levar para Babilônia os principais de Jerusalém, deixando em Israel apenas o povo pobre. Onze anos depois houve a destruição de Jerusalém e do templo com o saque de todos os seus utensílios para o cativeiro babilônico. O princípio da babilônia está em Genesis 3, na capacidade do homem para viver sem Deus.

Hoje precisamos voltar para a simplicidade. Não basta sair fisicamente da Babilônia, mas os elementos da independência de Deus estão em nosso homem natural. Os elementos da Babilônia estão em nosso velho homem, que se acha capaz de viver sem Deus. Em nossa carne nos achamos superiores aos outros e pensamos que nossas opiniões são melhores que as dos outros. É preciso que os elementos da independência de Deus sejam removidos de nós. Quem está fazendo esse trabalho é a lavagem de água pela palavra. Quando a palavra chega até nós e a recebemos com simplicidade, ela nos lava de todos os elementos independentes de Deus e a natureza santa de Deus é acrescentada a nós. Por isso, hoje a igreja é o reino dos céus, a nação santa de Deus. Nela Satanás não governa, mas Deus tem o Seu governo. Por isso, precisamos permanecer na simplicidade, com um coração contrito, sem nos achar capazes.

Não somos capazes sequer de pensar alguma coisa a partir de nós. Para fazer a obra de Deus, tudo deve partir Dele, do Espírito. Fomos habilitados para ser ministros de uma aliança não da letra. A letra ainda tem um pouco da capacidade humana. Não somos ministros da letra. A letra mata, mas o espírito dá vida. Somos ministros do espírito. Somos apenas vasos de barro que contém um tesouro. A excelência do poder deve ser do tesouro e não do vaso. Esse é o reino dos céus. Deus jamais permita que saiamos da dependência total. É por isso que invocamos o nome do Senhor!

O templo foi reconstruído por Zorobabel e Josué. 70 anos após a ida para o cativeiro, Ciro, um rei gentio foi usado por Deus, conforme a profecia a seu respeito, para autorizar a volta do povo judeu para a reconstrução do templo em Jerusalém. Cinquenta mil homens voltaram para essa reconstrução. Da mesma forma, alguns filhos de Deus hoje também pagaram um preço e voltaram para a base correta da igreja. Mais tarde, Antíoco Epifânio, rei da Síria profanou o templo colocando nele o deus pagão Zeus. O império romano, mais tarde, com Pompeu, entrou e destruiu a cidade. Somente no tempo de Herodes a cidade de Jerusalém e o templo foram reconstruídos. Esse templo era muito mais magnífico e impressionou os discípulos em Mt 24. O Senhor disse que não ficaria pedra sobre pedra, o que se concretizou 40 anos após Jesus falar essas palavras. No ano 70, ainda no primeiro século, o povo de Israel ficou outra vez sem nação e passou a viver peregrino nas nações espalhados pelo mundo (diáspora). Eles sofrerem perseguição política, religiosa e étnica por preconceito, pois procuravam conservar suas tradições mesmo vivendo em outras nações. Tudo isso foi fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá. Foram espalhados para Ásia Menor, África e sul da Europa. No séc. XV migraram para os países baixos, balcãs palestina e Anatólia, que é a região da Turquia de hoje. Ao longo desses dois mil anos sofreram muitas coisas por sua idolatria e rebeldia. No séc. XIX surgiu o movimento sionista, que lutava para o povo de Israel voltar para usa terra. Eles querem restaurar Jerusalém e o templo.

O político e diplomata brasileiro, Oswaldo Aranha, presidiu, em 1947, uma sessão especial da Assembleia Geral da ONU e apoiou a partição da Palestina Britânica, o que levou à criação do Estado de Israel em 1948. O brasileiro é considerado fundamental para a decisão da ONU por ter feito “lobby” por um voto positivo. Ele foi nomeado ao Nobel da Paz. No centro de Jerusalém, ao lado de um cemitério muçulmano, uma praça leva o nome do brasileiro Oswaldo Aranha (1894 – 1960).

A criação de Israel foi oficialmente anunciada em 14 de maio de 1948. Com a aprovação da resolução da ONU de 1947, contestada pelos países árabes da Palestina, os líderes judeus se apressaram para decretar a independência de Israel em maio de 1948. A resposta árabe foi imediata: no dia seguinte à declaração de independência, Egito, Síria, Líbano e Iraque atacaram o novo país. A vitória de Israel viria no ano seguinte, em 1949, garantindo a sobrevivência do novo país. Conflitos e violência na região perduram até os dias de hoje. Hoje, Israel é um dos países mais poderosos do mundo, tanto economicamente, quanto militarmente.

Isso é importante porque em Canaã, quando as figueiras renovam os seus ramos e novas folhas brotam, anunciam o início do verão. Isso é tão certo e esperado quanto a segunda vinda de Cristo; por isso, devemos estar preparados para não sermos apanhados de surpresa. Devemos ouvir essa história como alerta, como sinal da vinda de Cristo, como sinal do final dos tempos.

Para Israel, o verão significa a restauração do reino de Israel (Lc 21:30-31; At 1:6), que começará na segunda vinda de Cristo. A figueira hoje já floresce há um tempo. Ela está renovando seus ramos e folhas novas estão rotando. Israel já se firmou como uma nação poderosa econômica e militarmente. Em 1967 houve a guerra dos seis dias, quando Israel conquistou milagrosamente vários territórios, inclusive Jerusalém, que voltou a suas mãos. Falta-lhes apenas o controle da área do templo, pois os muçulmanos tomaram aquela área, chamada esplanada das mesquitas. Israel administra Jerusalém hoje, ainda que com grande cuidado, uma vez que os palestinos também têm direitos ali. Os EUA declararam recentemente reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, o que é importante para eles. Israel sem Jerusalém e sem o templo, ainda lhes falta muita coisa.

Essa semana houve um tumulto em Jerusalém por pressão dos ultra ortodoxos judeus que entendem que Israel deveria derrubar as mesquitas e reconstruir o terceiro templo. Uma vez estabelecida como nação poderosa, a pressão daqui para frente pela reconstrução do templo será grande. Quando ele for reconstruído, estaremos às portas da vinda do Senhor. Surgirá o momento em que um homem aparecerá com poder e influência suficiente para estabelecer uma aliança entre os judeus e o povo árabe por sete anos. Somente com essa aliança se conseguirá construir o terceiro templo. Quando isso ocorrer, já não faltará muito tempo. Os sacrifícios diários serão restabelecidos e quando chegar na metade do período da aliança, ele quebrará a aliança. essa pessoa será morta e ressuscitará como o anticristo. A grande tribulação terá início e a imagem da besta, o primeiro ídolo que falará, será colocada dentro do templo. Por isso, queremos ser arrebatados antes. Os que vivem hoje apercebidos serão arrebatados antes da grande tribulação. No passado, tudo isso era apenas escatologia, mas para nós, é realidade.

Mt 24:34-35; Mt 11:16

Geração (v. 34) não se refere a uma era ou a uma pessoa, como as gerações mencionadas em Mt 1:17; refere-se à condição moral do povo, como as gerações em Mt 11:16; 12:39, 41-42, 45 (VR). A expressão geração (em grego antigo genea), também podia significar “raça” ou “família” e, por certo, Jesus fez referência à profecia de que o povo judeu não seria exterminado da terra por mais que seus muitos inimigos, em todas as épocas, tenham se empenhado nesse objetivo (Mc 13:30; Lc 21:32) (KJA). Passará o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão (v.35). Devemos crer nessas palavras e que a vinda do Senhor está próxima.

Mt 24:36-39

A vinda do Senhor ocorrerá em dois momentos e dois aspectos. A vinda secreta ocorrerá sem alarde, iniciando o arrebatamento sem que as pessoas percebam. Ninguém sabe o dia nem a hora em que ela ocorrerá. É nela que esperamos ser arrebatados. A vinda pública do Senhor ocorrerá exatamente 3,5 anos após o início da grande tribulação e todos O verão.

Pelo viver normal desse mundo, não perceberemos a vinda secreta do Senhor. Todas pessoas continuarão a viver da mesma maneira normalmente. Se vivermos de maneira entorpecida e não tivermos amor reverente à Palavra, também não saberemos o sinal dos tempos. Estaremos entorpecidos como todos nesse mundo. Queremos viver apercebidos.

Mt 24:40-44; 1Ts 5:2-3; Ap 3:3, 10; 16:15; 2Tm 4:8

Nossa vida continua normal. Não apregoamos que ao chegar nesse tempo todos nos isolemos do mundo em algum lugar. Nossa vida na terra deve continuar normalmente. Se você trabalha, deve continuar trabalhando, se cuida da casa, deve continuar cuidando da família. Não deixe de viver sua vida normal. Não pense que porque o Senhor está voltando você não deve se casar ou não deve mais ter filhos. Devemos ter uma vida normal. Os que serão arrebatados estarão trabalhando em uma vida normal como qualquer pessoa, mas em um estado de vigilância. Devemos viver uma vida normal, mas viver vigilantes. Vivemos como todas as pessoas, mas nosso coração é vigilante.

Esses dois claramente indicam que serão os cristãos vivos por ocasião da vinda secreta de Cristo. Eles não passarão pela morte e serão levados. Esperamos ser os que serão levados. Na parábola seguinte há dez virgens. Elas dormiram porque o noivo tardou a vir. Esses dez representam todos os cristãos da era da igreja que já dormiram no Senhor. São a maioria. A minoria estará viva. Muito provavelmente, e essa é a nossa esperança, estaremos entre esses dois.

Dez são os cristãos que já partiram para o Senhor e Ele julgará quem são as cinco prudentes e quem são as néscias. Eles já dormiram e tiveram a sua oportunidade, já não podendo mudar o seu status. Nós, contudo, se fizermos parte desses dois, ainda temos tempo de vivermos em um estado de vigilância.

O Senhor virá como um ladrão na noite. Ele vem sem aviso e para buscar o que é mais precioso. O Senhor virá buscar os que são mais preciosos para Ele. Aumentemos nosso grau de valor. Assim como Pedro falou, por sermos provados na fé em nosso viver, o valor da nossa fé aumente para que Ele possa nos buscar e levar consigo.

Nós, da igreja, devemos vigiar, não permitir que a rotina nos entorpeça, e nem precisamos viver reclusos, somente lendo a Bíblia e orando. Devemos continuar vivendo uma vida normal (no campo ou no moinho), porém sóbrios e vigilantes. Quando chegar a hora da Sua vinda secreta, seremos arrebatados.

O dia da vinda do Senhor é guardado em segredo, Ele virá repentinamente como ladrão de noite (1Ts 5:2) e ninguém o saberá de antemão (vs. 42-44; Ap 3:3; 16:15).

Se hoje temos amor reverente à palavra profética, guardamos e praticamos a palavra com simplicidade e obediência para que essa palavra realize a obra de Deus por meio de nós, o Senhor também nos guardará da hora da provação, ou seja, receberemos a Sua promessa de ser guardados da grande tribulação. Queremos ser esses!

O Senhor virá secretamente para levar as pessoas que O amam e amam a Sua vinda (2Tm 4:8), e as levará como tesouros de grande valor para Ele. Não basta apenas amar ao Senhor, mas amar a Sua vinda. É necessário ter um coração de urgência, sóbrio e vigilante.

Mt 24:45-47

Nem todos nós chegamos a um grau de maturidade que nos garanta o arrebatamento. Contudo, graças a Deus, muitos conservos estão sendo resgatados nas ruas pelos colportores, pelos jovens na prática do Avança, Jovem! e as mulheres estão cuidando das mulheres nos grupos Mulheres Conectadas, assim como os homens nos grupos Homens de Oração. Em nosso dia a dia temos contato com muitas pessoas nos muitos lugares que frequentamos. Podemos orar pelas pessoas e convidá-las a participar dos nossos grupos de cuidado. Todos nós podemos nos tornar homens e mulheres condutores. Isso nos fará servos féis e prudentes. Se o Senhor chegar como ladrão na noite e nos encontrar cuidando das pessoas, pregando o evangelho do reino e servindo na igreja para sua edificação, seremos levados! Se cuidamos bem dos homens aqui na terra, que são os bens do Senhor, receberemos todos os Seus bens no reino. Todos os serviços na igreja precisam de nosso engajamento, assim como as reuniões.

Aqueles que sempre pensam ser exagero a urgência da vinda do Senhor não serão vencedores. Para eles, o Senhor se demora. Eles deixam de cuidar dos irmãos, não têm compaixão das pessoas, deixando de pregar o evangelho e fazer colportagem nas ruas. Eles passam a ser como qualquer pessoa do mundo, que não esperam a vinda do Senhor. Essas pessoas perderão a hora da vida do Senhor. Não perderão a sua salvação, mas quando o Senhor voltar não serão arrebatados e não participarão da manifestação do reino dos céus, que será o galardão dos vencedores e durará mil anos. Os vencedores estarão na parte celestial do reino milenar. O remanescente dos judeus que, no final, invocarão o nome do Senhor e serão salvos, estarão na parte terrena no milênio. Serão sacerdotes pata ensinar as nações como adorar a Deus. Assim, não perderão a salvação, mas perderão o galardão de reinar com Cristo. Ao terminar o milênio, todos os cristãos estarão juntos novamente como a esposa de Cristo e estarão unidos a Cristo para todo o sempre.

Os que forem vencedores já não terão um corpo material e reinarão na parte celestial do reino. Estaremos em um corpo celestial, assim como Jesus após a Sua ressurreição, que podia estar em qualquer lugar. Já não precisaremos de qualquer meio de transporte. Será um grande privilégio reinar com Cristo na esfera celestial do reino. Vale a pena!

Aquele que pensar que o Senhor demora será considerado como hipócrita, um dissimulador enquanto viveu como cristão. Por essa razão, devemos viver hoje em amor que procede de coração puro, e de boa consciência, e de fé sem hipocrisia (1Tm 1:5). A qualidade de ter fé sem fingimento fez de Timóteo um cooperador tão íntimo de Paulo (2Tm 1:5). Que todos sejamos esses cooperadores para juntos trazer o Senhor de volta. Façamos a vontade do Senhor, resgatando as pessoas e edificando a igreja!

Jesus é o Senhor!

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