Conferência Internacional M24 – Como viver no Reino dos Céus

Conferência Internacional – Set. 2021

Tema geral: E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO

Mensagem 24. Como viver no Reino dos Céus | Leitura Bíblica:Mt 6:1-34  

 

 

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente do auditório da Igreja em São Paulo-SP, em 03/10/2021. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.

Estamos vendo o livro de Mateus, como sabem. Este livro mostrou algo muito especial para nós, o que nos fez dar uma virada. Essa virada aconteceu quando o Senhor usou João Batista para dizer: “arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus”, assim como mais tarde o próprio Jesus também o disse. Desde a conferência temos visto que esse arrependimento não é somente uma volta de 180° no mesmo plano, permanecendo no plano da terra, mas Deus está nos fazendo nos arrepender e ir para outro plano: o plano do reino dos céus. Ele deseja nos transferir do plano terreno para o plano celestial, espiritual e divino. Tenho sentido no espírito a necessidade de aprofundar um pouco mais nos capítulos 5, 6, e 7 porque esses três capítulos compõem o âmago do Livro de Mateus, e ali está a nova lei decretada pelo Senhor Jesus à igreja, ao povo do Reino dos Céus. Somente esse povo é capaz de receber essa nova lei, atendê-la e praticá-la. Na semana passada nós vimos a parte final do capítulo 5, que faz referência à lei que o Senhor deu a Moisés, nos mostrando que a nova lei, a lei do Senhor Jesus, é muito mais rigorosa. Se nem a lei de Moisés foi cumprida por sequer um único homem, quem dirá a lei do Senhor Jesus. O único que cumpriu toda a lei e foi perfeito foi Jesus. Como já tínhamos dificuldade de cumprir a antiga lei, temos ainda mais na nova. Portanto, na Era da Igreja, o Espírito já havia profetizado que o homem passaria a ter um novo coração e um novo espírito, nos levando a poder praticar a lei do Reino dos Céus. 

Mt 5:33-39
Na última sexta-feira, em Campinas, nós vimos vários itens de como podemos praticar isso. Não consegui terminar a parte dos juramentos. A nova lei nos diz não só para não jurar, mas para mantermos a nossa palavra sincera, honesta e verdadeira. Aprendamos a não exagerar, falar demais e manter sofismas no nosso falar. Devemos manter esse padrão da regência da natureza de Deus nas nossas vidas. A nova lei nos elevou a um novo nível, o qual é difícil para um homem na esfera terrena alcançar. Mas graças a Deus, Ele nos elevou para um outro nível. Efésios nos diz que fomos elevados juntamente com Cristo para a esfera celestial. A Igreja, portanto, é uma entidade orgânica dos céus. Não nos cabe a vingança em relação às pessoas. Pelo contrário, a nós cabe apenas o perdão e o amor ao próximo.  

Essa exigência da nova lei é feita apenas para aqueles que estão vivendo pela vida perfeita do Pai. Não há outra maneira de vivermos a lei senão pela vida e natureza santas de Deus

A lei, na verdade, fala do amor. Os primeiros 5 mandamentos podem ser resumidos a amar a Deus. Se amamos a Deus, estamos cumprindo a lei. Os 5 últimos mandamentos dizem respeito a amar ao próximo. Toda a lei, portanto, não é apenas um conjunto de regras, e sim um mandamento de amor: amar a Deus e amar ao próximo. 

Êx 20
O mandamento de honrar aos pais foi incluído nos 5 primeiros mandamentos pois, ao amar aos pais, amamos também nossas origens. Puxando nossas origens para o começo, chegamos ao nosso amor pelo Senhor. Esse é um mandamento incondicional e o primeiro mandamento com promessa. 

A cobiça é a raiz de todos os pecados citados nos últimos 5 mandamentos. Quando amamos o próximo como a nós mesmos, não caímos nessa lista de tentações. Se alimentamos nosso desejo, nossa cobiça, cedo ou tarde cairemos. 

Tg 1:12
Nosso objetivo aqui na terra é amar ao Senhor, agradá-lo e sermos aprovados por Ele no dia final. Nossa meta é o galardão eterno. Nós queremos ser aqueles que, com perseverança, suportam as provações e são aprovados. 

Tg 1:13
O Senhor não nos tenta de forma alguma. As tentações que sofremos não vêm Dele, mas da nossa própria cobiça. A cobiça é a isca do pecado e quanto mais nós a desenvolvemos, maiores as chances de cairmos. Entre a cobiça e o ato do pecado há um tempo de concepção e um tempo de gestação. Esse período entre eles é a nossa oportunidade de nos livrarmos da cobiça. Quando o pecado nasce, ele gera morte. Satanás quer derrubar os guerreiros do Senhor através do pecado. Hoje, precisamos vigiar para não sermos inutilizados na obra do Senhor. 

Gn 4:4-16
Caim teve oportunidade. Ele passou a odiar seu irmão e alimentar sua própria cobiça. Mesmo assim, o Senhor o alertou quanto à inveja que ele sentia de Abel e deu para ele a oportunidade de se arrepender e mudar de caminho, agradando a Deus. A cobiça é uma isca, e se continuarmos nela, o pecado e a morte já estão entrando nas nossas vidas. Quando permitimos isso, o desejo do pecado passa a ser contra o nosso próprio desejo. Cumpre a nós dominarmos esse desejo e fugirmos dessa cobiça, buscando não pensar naquilo que atiça nossos desejos pecaminosos. Não é o rigor ascético que nos livra de cair, mas sim estarmos refugiados em outro plano. Qual o caminho prático para irmos para outro plano? Invocar o nome do Senhor, e ir para o espírito nos leva a esse plano. Se passarmos o dia todo ocupados em fazer a vontade de Deus, salvar as pessoas, pregar o evangelho, nós estaremos em outro plano e seremos guardados. 

Rm 1:24; Rm 13:12-14; Gl 5:16,24; Ef 4:22; 1Tm 6:9-10; 1Pe 4:3  
Há uma outra palavra para cobiça: concupiscência. O resultado de alimentá-la é a desonra do próprio corpo. A melhor forma de não cair em pecado é matando nossa concupiscência de fome, não nos dispondo a trabalhar por ela. Quando andamos no espírito, matamos a cobiça de fome, não a satisfazendo

Nosso velho homem, nossa carne e a cobiça já foram crucificados com Cristo. Irmãos, vamos viver essa realidade! Se ficarmos no plano terreno, ainda estamos na esfera do velho homem, e ele é corrompido diariamente pela concupiscência do engano. A vida cristã é para ser vivida no plano celestial, embora vivamos na terra. Temos os pés no chão mas nossa vida está oculta em Deus, pois já morremos e ressuscitamos com Cristo.  

Rm 7:7-8  1Jo 2:16-17
A lei evidencia o pecado que, por fim, se torna um grande monstro para nos matar. Aí está, portanto, a necessidade de fazermos nossa cobiça passar fome. As concupiscências da carne são pecados carnais; as concupiscências dos olhos são pecados da alma, como cobiça; a soberba da vida é a arrogância. Tudo isso procede do mundo, e tudo que é do mundo passará, restando somente o que é de Deus. Agora que finalizamos o complemento da última mensagem, podemos avançar para Mateus 6. 

Mt 6:1; Fp 3:9; Ap 19:7; Sl 45
Deus nos deixou aqui na terra, e ainda temos nossos corpos vivos, respirando. Por outro lado, nós já não pertencemos a essa terra e a nossa realidade é a do Reino dos Céus. Nosso velho homem foi crucificado e hoje vivemos no espírito em ressurreição, para Deus. Como, porém, vamos viver aqui na terra com nossos corpos terrenos mas tendo nossa realidade no Reino dos Céus? Todos aqueles que são salvos receberão a vida eterna e não podem perder essa salvação, mas qual a diferença entre aqueles que receberam a salvação e serviram ao Senhor durante toda a sua vida e fizeram Sua vontade e aqueles que viveram em pecado? A diferença é o galardão. Nosso pai está hoje nos chamando para viver a realidade do reino dos céus, embora vivamos na terra. São nossos atos de justiça que transparecem no nosso viver o fato de que nossa realidade é outra. Esses atos, ao contrário da religião e mandamentos humanos, são indiscutíveis. Nosso viver deve ser nessa realidade divina, buscando nosso galardão e fazer a vontade Dele. Não estamos na terra para buscar glória de homens nem nossa própria vontade. A justiça que devemos viver não procede de capacidade humana, mas da fé. Nossa vida hoje deve ser vivida pela fé no filho de Deus. Quando cremos, Cristo se tornou nossa justiça objetiva para que pudéssemos ir à presença de Deus buscar graça e misericórdia em Seu trono. Mas hoje nossas vestes objetivas nos possibilitam viver pela fé durante toda nossa vida cristã, nos levando a viver uma vida de justiça e nos tornar vencedores.  

Os que participarão das bodas do cordeiro serão aqueles que possuem essas vestes de justiça. Quando a Bíblia fala de vestes, geralmente ela se refere à justiça. Cristo morreu por nós para que pudéssemos ir ao encontro de Deus não nus, mas vestidos de Cristo, da justiça objetiva. Porém, precisamos também de uma segunda veste. A partir do momento em que recebemos a primeira veste, precisamos mudar de atitude, nossos atos aqui na terra precisam ser atos de justiça. O linho finíssimo citado em Apocalipse se refere a esses atos. Ao chegar no final dos tempos, precisamos ter essas vestes de linho finíssimo para estarmos aptos a participar das bodas do cordeiro, a participarmos do galardão. Essa deve ser nossa motivação hoje: ter parte no galardão. Além disso, aqueles que possuem as segundas vestes, participarão da batalha de Armagedom, na derrota do anticristo. Essas são nossas recompensas. Que honra! Em Sl 45 vemos a mulher escolhida para ser a rainha recebendo suas vestes para a moradia no palácio. Assim como ela, nós recebemos as vestes de justiça para hoje podermos viver na igreja, morada do Senhor. Essa mulher, porém, precisou passar por um período de preparação para que pudesse entrar em seu casamento com o rei. Então é necessário que ela tenha as segundas vestes: as nupciais. Assim como nós, hoje, estamos sendo preparados e bordando nossas vestes para as bodas do cordeiro. 

Mt 6: 2-8,16-18
Nós não estamos aqui para receber louvor de homem algum. Devemos almejar o louvor do Senhor naquele dia. Dessa forma, tudo o que fazemos não precisa ser exibido para homens ou alvo de glória humana. O nosso Pai, que vê em secreto, nos recompensará futuramente. Não sejamos hipócritas como os gentios que têm uma vida de faz de conta. Sejamos aqueles que têm uma vida de realidade diante do Senhor. 

Mt 6:19-21
Hoje há inúmeras facilidades para que o homem acumule riquezas. Essas riquezas, porém, são passageiras e, assim como o mundo, passarão. É melhor que estejamos investindo essas riquezas no Reino dos céus! Podemos investir na pregação do Evangelho, nas necessidades da Igreja e nas necessidades dos que estão próximos a nós. Que possamos ter as nossas mãos abertas e dispostas a entregar nossas riquezas ao Senhor. 

Mt 6:22-23; Mt 20:15; Dt 15:9; Pr 28:22
Os olhos maus, citados nesses versículos, são olhos avarentos, mesquinhos, olhos invejosos em relação aos nossos irmãos.  

Mt 6:9-10; Sl 16:9-11
Agora vamos falar sobre oração. O homem é tão insignificante que chega a ser arrogante pensando ser alguma coisa. Nós não somos nada. Quando nos distanciamos e vemos o planeta Terra de longe, percebemos que ele é apenas um ponto no infinito. O homem, então, é menos ainda. Nós não reconhecemos nosso tamanho diante de Deus. Nem mesmo diante da força da natureza nós somos fortes o bastante para resistir, quem dirá contra aquele que criou tudo e todas as coisas. “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o vosso nome”. Nós precisamos reconhecer quem Ele é e glorificar o Seu nome! Toda a plenitude está no nome Dele! Ele é a própria fonte de alegria, a própria fonte de prazer, felicidade e satisfação! Não precisamos buscar prazer em coisas paralelas pois a presença do Senhor é nossa plenitude e razão de alegria!  

Sem o Senhor, o homem supre sua necessidade de alegria com pequenas coisas da vida humana, em um viver vazio. Vemos esse viver nos tempos de Noé, as pessoas comiam, bebiam, casavam e se davam em casamento para tentar suprir essa necessidade. Precisamos perceber que a verdadeira felicidade está em Deus! No reino vindouro, não precisaremos de entretenimento e fontes humanas de prazer, pois estaremos inseridos em Deus, que a própria luz e felicidade! Estaremos totalmente envoltos por Deus e perceberemos que Ele é tudo para nós! 

Is 66:1-2 (KJA) 
O Reino dos céus é para os arrependidos de espírito. A primeira bem aventurança é para os pobres em espírito. Nós estamos na igreja, na realidade do Reino dos Céus, porque um dia reconhecemos nossa pequenez, abandonando nossa arrogância para com Deus. O Senhor precisa do homem, mas não de um homem capaz em si mesmo. Ele precisa de um homem arrependido, humilde em espírito. Deus precisa de sarças, para arder seu fogo ali, sendo Dele mesmo o fogo e o poder. De onde vem a condição saudável de sermos humildes de espírito? Isaías 66:2 nos diz que essa condição correta vem pelo nosso amor reverente à palavra de Deus! Se amarmos a palavra profética com reverência, seremos esses humildes de espírito e o Senhor poderá nos usar, alcançando pessoas através de nós! Hoje temos ferramentas como a colportagem dinâmica, o Avança, Jovem!, as redes de cuidado entre nós e nada disso veio de nós mesmos, mas do Senhor! Ele tem nos dado essas ferramentas pois encontrou condições para realizar essas coisas. Ele encontrou humildes e arrependidos de espírito e pode operar por meio dessas ferramentas.  

Mt 6:9-10
Devemos reconhecer que o nome Dele está acima de todo nome, colocá-lo acima de nós no nosso viver! Assim, poderemos trazer o Reino Dele para a terra hoje, através do viver saudável da igreja. 

1Jo 1:1-4
É pela palavra que Deus fez toda a obra realizada até o dia de hoje. Nada do que realizamos é pela nossa própria capacidade, mas é pela palavra Dele! Precisamos, portanto, valorizar a palavra profética que recebemos semanalmente como falar do Senhor e jamais menosprezá-la e tratá-la como pão vil. Devemos honrar a palavra do Senhor com amor reverente, também anunciando a outros. Quando anunciada, essa palavra gera comunhão da Igreja com o apóstolo e gera assim a conexão com o Pai e com o Filho, nos trazendo suprimento de Deus! Essa é nossa verdadeira alegria e prazer que o Senhor quer que nós experimentemos. A comunhão gerada pela palavra profética nos supre de alegria completa!  

Quando praticamos a palavra profética, levamos essa comunhão para as pessoas na rua. Elas, antes experimentando vidas vazias na terra, agora são apresentadas à verdadeira felicidade e satisfação, recebendo uma vida completa! 

Que Deus abençoe a vida de cada um de vocês! Jesus é o Senhor!  

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