Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente do auditório da Igreja em São Paulo – SP, em 22/05/2022. Texto não revisado pelo autor.
Dentro do tema geral “Então Virá o Fim”, estamos vendo o livro de Mateus. O Senhor tem falado muito conosco. A última mensagem nós terminamos com Jesus sendo ungido em Betânia, que significa casa de miséria, mas nessa casa Jesus encontrou descanso, alegria e satisfação em um ambiente totalmente receptivo. No meio dos líderes religiosos, ele encontrou muita oposição e hostilidade, não teve nem um pouco de descanso enquanto serviu a Deus. Morreu e ressuscitou para gerar e edificar Sua igreja. Dois dias antes de sua morte ele entra em Betânia e foi convidado para um banquete por Simão, o leproso. A igreja deve ser esse lugar para dar satisfação, alegria e descanso para o Senhor. Os membros que compõem essa igreja começam com Simão, o leproso. Já pensou você ser lembrado pelos seus pecados do passado? Para Simão, leproso virou seu sobrenome. Nesta casa da miséria é importante que não nos esqueçamos de quem nós éramos: Rebeldes, com lepra, pecadores, mortos em nossos delitos e pecados. Porém, um dia, Cristo nos salvou, curou nossa rebeldia e nos trouxe para Sua casa.
Jo 12:1-7; 1Pe 1:3
Lázaro, aquele que havia morrido e já cheirava mal, também tipifica cada um de nós. Estávamos mortos em nossos delitos e pecados, escravizados pela morte, pelo pecado, pelo velho homem, pela nossa carne. . A única opção para viver era escolher a parte boa da carne, mas também resultaria em morte. Nós temos vida, estamos em ressurreição, mas tudo isso foi possível depois que ele passou pela morte e ressurreição. Portanto nós somos esse lar em Betânia e não temos nada de que nos gabar. Infelizmente eu vejo alguns irmãos salvos pelo Senhor, para a vida da igreja, que ganham algum destaque, resultado ou sucesso e se tornam arrogantes, achando que têm de ter voz ativa na igreja, que suas opiniões devem ser ouvidas. Não nos esqueçamos de nossa natureza caída, apenas sejamos gratos por tão grande misericórdia. Em 1 Pedro 1:3 vemos que Jesus nos regenerou para uma viva esperança, uma herança incorruptível reservada nos céus. E, em Efésios, Paulo nos relata que passamos a participar da bênção espiritual nos lugares celestiais em Cristo e podemos buscar as coisas lá do alto, pois já morremos com Cristo e a nossa vida está oculta em Cristo. Não estamos mais fadados a ser escravos do pecado, mas podemos colocar nossa mente no espírito e produzir frutos de justiça para Deus.
Jo 12:1-7
Podemos ser Marta, que serve, por gratidão ao Senhor, e não por buscar glória. Os colportores que estão nas ruas, estão preocupados pelas pessoas e não por interesse próprio. Em todos os serviços nós servimos por amor. Precisamos quebrar o nosso “vaso de alabastro” cheio de nardo puro. Os discípulos acharam um desperdício, mas para com o Senhor estamos loucos de amor e nós “desperdiçamos” nossa vida toda para Ele: Tempo, energia, posses, tudo. O Senhor precisa dos trabalhadores da última hora que não O servem de uma maneira convencional tradicional, de forma quadrada, mas que sejam simples e obedientes, com amor. Vamos ser loucos de amor pelo Senhor, amá-Lo loucamente e servi-Lo fora da caixa.
Mt 18:1-5; Sl 110:3; Sl 2:7-8
No próximo sábado teremos Fábrica de Vencedores, celebremos a volta presencial. A situação está muito caótica, envolvendo os adolescentes. Muitas informações tentando influenciar o viver deles. Não diga amém para isto! Não adianta apenas palavras de advertência e cuidado. Precisamos fazer esses adolescentes terem uma experiência viva com o Senhor, levar um choque espiritual. Passamos anos na vida igreja sem sair para pregar evangelho, sem sair para cuidar das pessoas, só ouvindo mensagens. Houve transformação. Mas agora, com as ferramentas disponíveis: pregar o evangelho, cuidar das pessoas fazer colportagem, irmãs conectadas, homens de oração, nossa vida mudou. Passamos a amar mais a Palavra. Lembremo-nos sempre de que Jesus tinha 12 anos e os pais dele levaram-no à festa da Páscoa. Depois de três dias que voltaram, se deram conta de que Jesus não estava com eles e acharam-No no templo. Jesus falou que Ele precisava estar na casa do Pai. Em Mateus 18:1-5 relata sobre as crianças. Nós precisamos ser simples com uma criança. Os nossos adolescentes estão entrando nesse clima e temos de incentivá- los. Vejam o testemunho de dois pais: César tem um filho de 8 anos e Adriano, um de 13 anos. O que esses meninos estão fazendo é o que Deus Pai havia prometido em Salmos: Como gotas do orvalho para formar os exércitos de jovens santos (110:3). Em Salmos 2:7-8 vemos que, se pedirmos, o Senhor nos dá toda a Terra como herança.
“Nossos filhos amam estar nas reuniões, preocupam-se com as pessoas nas ruas abordando para orar por elas, deixando-as admiradas que, com tão pouca idade, buscam um viver de servir ao Senhor. Negam, muitas vezes, participarem de festinhas, para estarem servindo junto aos irmãos, para o avanço do evangelho. Eles pensam fora da casinha, não têm vergonha. Vamos investir nessa geração! Nós não podemos impedir os nossos filhos de fazer a diferença nessa geração! Eles estão sendo blindados dessas ideologias e desses enganos”. Apesar de dificuldades de saúde, muitas vezes, não se intimidam e saem orando e fazendo colportagem”.
Enquanto o mundo se intensifica com o mistério da iniquidade, tentando afogar nossas crianças, adolescentes e jovens, o Senhor também está despertando um grupo de jovens, adolescentes e crianças para servir.
Estamos na conclusão dessa era, edificando a igreja, resgatando as pessoas das ruas para poder encerrar essa era. Neste momento final muitos milagres, muitas coisas excepcionais começam a surgir. Nós estamos acompanhando uma guerra no leste europeu, a Ucrânia está sendo destruída, mas, no meio da guerra, encontramos um adolescente orando pelas pessoas. Não podemos impedir toda essa ação do Espírito. Precisamos ter empatia, amando as pessoas. Fazemos tudo por amor sem pedir nada em troca. Vamos nos derramar como loucos de amor pelo Senhor e servir com amor e excelência.
Mt 26:14-15
O tema da mensagem de hoje é “A última Páscoa de Jesus”. Sem a sua morte e ressurreição de Jesus, não existiria a redenção, o perdão dos pecados, não teríamos como ser nascidos de novo, nascidos como filhos de Deus, nem receber a vida de Deus dentro de nós. Não teríamos como ser edificarmos com outras pessoas pois a nossa a vida na carne era totalmente avessa à identificação. Mas graças a Deus que fez com que Cristo morresse e ressuscitasse por nós para que a igreja fosse gerada. Hoje a igreja está sendo edificada. Mas para que tudo isso fosse possível, Jesus tinha de participar da última a Páscoa. Mt 26:14-15. Se você está na igreja e não tiver um coração puro, não tiver uma percepção de que você é um Simão leproso, não tiver a sensibilidade de perceber que estava morto, vivendo uma vida totalmente sem sentido, você não faria nenhum avanço na obra de Deus e permaneceria no velho homem. Graças a Deus, Ele então ressuscitou você juntamente com Cristo e hoje pode viver nas regiões celestiais com Cristo, no novo homem. Pode pode viver no espírito produzindo frutos: amor, bondade, longanimidade, mansidão, domínio próprio. Você então se torna uma Marta que serve ao Senhor, sem querer nada em troca. Serve por amor. Você é aquela Maria que se derrama, paga o preço que for para o Senhor, o perfume é derramado, é quebrado. A fragrância enche toda a sala. Seu testemunho de vida atrai as pessoas e elas percebem que temos outra direção. Essa atração dá-nos a oportunidade de chamá-las, para participarem conosco em nossas reuniões. Quando você fala com uma pessoa “Posso orar por você?”, isso a atrai e ela observa que foi uma oração diferente. Esse deve ser nosso foco: amar o Senhor, ter um coração correto e não buscar nosso próprio interesse. Certamente Ele nos abençoa.
Ct 8:7; Mt 26:14; Jo 12:4-5; Ex 21:32
Em Cântico dos Cânticos 8:7, vemos que esse amor que tem de nos motivar, estar queimando dentro de nós, ardendo em nós. Esse amor não se vende por dinheiro, não se avalia com bens, é imensurável. Esse é o amor com que Deus nos amou e colocou dentro de nós. Com esse amor nós amamos o Senhor e amamos o próximo. Que o Senhor possa irmãos inundar os trabalhadores da última hora com esse amor. Quem ficou medindo o custo de amar o Senhor foram os discípulos, especificamente Judas (João 12). Judas Iscariotes traiu Jesus por 30 moedas de Prata, ele achou que aquele vaso de alabastro era um desperdício pois valia 300 denários, Judas vendeu Jesus por 30 moedas de prata. O perfume que Maria quebrou eram 300 denários. Judas vendeu a Jesus por 120 denários. Não avalie o Senhor dessa forma, Ele é muito mais do que isso. Os discípulos acharam um desperdício o que Maria fez. Judas propôs entregar Jesus aos principais sacerdotes por 30 moedas de prata.
Lc 22:3-4; Mt 26:14-19; Ex 12:1-6; Ex 12:12-17
No registro de Lucas vemos que Satanás entrou em Judas. A festa da Páscoa era o primeiro dia da festa dos pães asmos e quem instituiu a festa da Páscoa foi Deus (Êx 12:1-6). Jesus foi para Jerusalém como esse cordeiro da Páscoa, para ser examinado se havia algum defeito. Ninguém achou defeito em Jesus: os sacerdotes, os fariseus, os saduceus, os doutores da lei. Ninguém achou um pecado nem falha nem defeito porque ele era o Cordeiro da Páscoa e agora estava chegando no décimo quarto dia, a festa da Páscoa. Deus instituiu a Páscoa e eles teriam que imolar esse cordeiro Pascal no dia décimo quarto dia do primeiro mês e o sangue eles colocariam nos batentes das portas, e quando o anjo Exterminador passasse de casa em casa e não tivesse o sinal do sangue nos batentes, entraria e mataria todos os primogênitos de homens e de animais. Todos os egípcios tiveram seus primogênitos mortos, mas os hebreus e os seus primogênitos foram salvos pela morte desse cordeiro. Isso representa que Cristo é o Cordeiro de Deus que morreu em nosso lugar. Deus conseguiu tirar o povo de Israel do Egito que representa o mundo. Foi nesse dia que Deus tirou você do mundo. Cristo como Cordeiro Pascal, morreu em seu lugar e Deus o salvou.
Lv 23:5-6; Mc 14:1-2; Lc 22:1; Mc 14:12; Mt 26:20-25
Jesus então prepara-se para a Páscoa. Na festa dos pães asmos, o primeiro dia é a Páscoa, instituída por Deus, todo judeu celebra, comem a Páscoa juntos. Jesus nasceu de mulher e nasceu sob a lei então Jesus estava debaixo da lei dos judeus e então comeu pela última vez a Páscoa dos judeus. O cordeiro da Páscoa era imolado no crepúsculo da tarde do dia 14 do primeiro mês do ano no calendário judaico. Naquele mesmo dia, Jesus seria entregue para morrer. Porém, antes disso, Ele comeu a última Páscoa dos judeus.
Mt 26:26-30
Jesus estava comendo da última Páscoa como um judeu. Jesus, depois de ter comido a Páscoa dos judeus, instituiu a ceia do Senhor que veio em substituição à Páscoa dos judeus. Nós fazemos domingo de manhã o partir do pão. Enquanto comiam tomou Jesus um pão e abençoando o partiu e o deu aos discípulos dizendo tomai comei isto é o meu corpo. Nesse momento esse corpo aqui irmãos é o corpo físico de Jesus que foi partido por nós e o cálice representa o sangue derramado por nós, eles estão separados. Esse pão é o corpo de Cristo, não é corpo físico de Cristo, mas quando nós partimos e distribuímos e cada um de nós participamos desse pão partido, nós nos tornamos o Corpo de Cristo. Alguns falam que esse pão é de fato a carne de Jesus. Isso é heresia. O pão é um símbolo. Comemos e todos nós participamos do mesmo pão por isso nós somos unicamente um só pão, somos um só no Corpo de Cristo. Esse corpo de Cristo é o corpo místico, não é visível. Nessa festa o Senhor nos oferece o pão e o cálice. Não se diz “o pão e o vinho”. Preste bem atenção: é “o pão e o cálice”.
Jo 6:33-35; Jo 12:24; Mt 26:27-28; Hb 9:12-14; 2Co 3:5-6
O que significa místico? É o que não se dá segundo as leis naturais leis da física, mas é algo da esfera espiritual. Jesus é o pão da vida! Jesus é o pão do céu que nós partimos e comemos simbolicamente, mostrando que, quando nós fomos salvos, foi-nos oferecido Jesus como pão da vida. Nós comemos de Jesus, recebemos a vida Dele em nós e passamos a participar como membros do Corpo de Cristo. Em João 12:24, vemos que Ele é o grão de trigo que caiu na terra, mas tinha de morrer. Se Ele se negasse a morrer quando o maltrataram no Getsêmani, o grão de trigo não teria morrido e nós permaneceríamos no pecado. Mas graças a Deus o grão de trigo caiu na Terra e se dispôs a morrer e produzir muito fruto. Se Jesus não derramasse o sangue, nós não teríamos a remissão de pecados, não teríamos o perdão dos nossos pecados. Pelo Seu sangue, fomos libertos de nossos pecados, pois Ele realizou a eterna redenção (Hb 9:12-14; Ap 1:5). Ele estabeleceu uma nova aliança pelo Seu sangue, um novo pacto. A Nova Aliança é do espírito porque a letra mata, mas o Espírito da vida.
Sl 16:5; Ap 14:10; João 18:11; Sl 116:13; Sl 23:5
O cálice é a porção de minha herança. Como pecadores deveríamos tomar o cálice da ira de Deus, mas o Senhor o tomou em nosso lugar. Tomamos para nós o cálice da bênção, o cálice da salvação. Nós estamos aptos para invocar o nome do Senhor. Todo o tempo podemos tomar essa porção da salvação: Ó Senhor Jesus! Cada invocar, um gole de salvação. Por isso nós vivemos invocando o nome do Senhor, vivemos tomando o cálice da salvação. Quanta bênção Deus deu para nós! Deus não pode mais voltar atrás. Por isso que eu invocarei o nome do Senhor porque é a minha porção. Invocar o nome do Senhor não é uma prática religiosa, mas é tomar posse da porção que Deus nos deu.
Mt 26:29; Ef 1:3
Jesus celebrou com seus discípulos a última Páscoa dos judeus e em seguida Ele instituiu a ceia do Senhor a qual é a realidade da Páscoa (1 Co 11:23-25). Essa é a festa do partir do pão, para nós lembrarmos do Senhor, de tudo o que ele fez por nós, lembrar que eu sou um Simão leproso, um Lázaro morto, Marta servindo e Maria se desperdiçando aos olhos dos homens. A igreja dos trabalhadores da última hora tem de ser uma igreja louca de amor pelo Senhor, praticar a palavra profética. Se o Senhor não tivesse morrido, eu e você não estaríamos aqui. Não é coisa corriqueira, mas algo muito grandioso. Jesus celebrou a última Páscoa e em seguida instituiu a ceia do Senhor. Jesus deu início a essa nova festa em Sua memória em substituição à festa da Páscoa do antigo testamento a qual era para lembrar da salvação de Deus no Egito. Hoje nós somos Sua amada igreja que O ama. Esta é a festa preparada pelo Senhor para que Sua igreja se lembre Dele e de Sua morte redentora que nos deu vida com todas as bênçãos espirituais, nas regiões celestiais em Cristo. Quanta bênção nós recebemos!
1Co 11:17-22; 1Co 10:16
Naquele tempo muitos dos judeus que creram no Senhor Jesus, estavam habituados à festa da Páscoa, pois banqueteavam com a família e com as pessoas. Então eles trouxeram esse hábito de banquetear para a igreja, aparentemente uma coisa boa. Eles instituíram como festa do amor. Cada um trazia sua porção e comiam juntos. Os ricos tinham suas porções, mas os pobres, nada tinham. Isso provocou divisão na igreja entre os pobres e ricos. Paulo fala que é isso que estava desvirtuando a ceia do Senhor. Nós tomamos o cálice e isto simboliza que nós temos comunhão no sangue de Cristo. Comunhão significa participação. Em grego é koinonía que significa associação, participação conjunta ou coparticipação. Então o pão que partimos é a comunhão do Corpo de Cristo. Ao comermos o pão e bebermos o cálice somos participantes do sangue e do Corpo de Cristo e isso faz com que sejamos um com o Senhor. Tudo isso é símbolo, mas a realidade é espiritual. Hoje nós participamos todos do mesmo cálice e do mesmo pão. Nós participamos da comunhão do Corpo e do sangue de Cristo e nos tornamos um pela comunhão com Cristo. Somos unicamente um pão, um só corpo porque todos participamos do único pão. Embora sejamos muitos, somos unicamente um!
Ef 4:11 KJA; Mt 16:18; At 2:46; At 20:6-7; Mt 28:1; 1Co 16:2
Deus deu à igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres que têm a função de aperfeiçoar os irmãos para a obra do ministério. A nossa obra do ministério, participando do Corpo de Cristo, participando da nova aliança é para a edificação do Corpo de Cristo. No início da vida da igreja eles partiam pão de dia em dia, de casa em casa. (At 2:46; 20:6-7). O primeiro dia foi chamado de “o dia do Senhor”. É o dia em que nós nos reunimos para partiu o pão.
1Co 11:27-29; 1Co 5:7-8
O partir do pão é um momento solene, um momento sério. Não estamos meramente fazendo algo cerimonial, não o fazemos de forma leviana. De nossa parte, precisamos participar cientes de como nos encontramos e examinar-nos. Precisamos discernir o corpo. Jesus instituiu a reunião do partir do pão. Celebramos a festa não com o velho fermento do pecado, nem com o fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade. A vida da igreja é para ser vivida na sinceridade e na verdade de uns para com os outros. Não vamos viver na maldade e na malícia porque nós somos uma nova massa. Amém! Aleluia!