Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente do auditório da Igreja em São Paulo – SP, em 29/05/2022. Texto não revisado pelo autor.
Só podemos louvar ao Senhor por tudo que está acontecendo em nosso meio. Ontem tivemos mais um evento importante “Fábrica de Vencedores”. Foi um dia vitorioso de muito desfrute e amor pelas pessoas. Cremos que o Senhor, cada vez mais, está se agradando daquilo que Sua igreja está fazendo.
O Senhor me deu um sentimento de falar a respeito da simplicidade das crianças na mensagem dada no “Fábrica de Vencedores”. Falei apenas da passagem no livro de Mateus.
É interessante Jesus valorizar tanto as crianças. E Suas palavras devem significar algo muito importante. Às vezes, para Deus poder nos usar, nós precisamos dar a Ele essa simplicidade de criança, sem conhecer as regras da sociedade. Não podemos ser esse impedimento para o Espírito.
Precisamos mudar o hábito de uma geração e adquirir essa cultura de se preocupar, de orar, de pregar o evangelho para as pessoas. Talvez o Senhor não esteja apenas nos dando alguns flashes de testemunhos de nossas crianças e adolescentes pregando. Não podem ser apenas alguns episódios maravilhosos, milagrosos. Creio que o Senhor está querendo falar conosco para que nós cuidemos de nossas crianças a ponto de criar esse hábito para elas, dar essa nova cultura celestial!
A igreja é a sombra do povo de Deus aqui na terra, Israel. Em Israel há um tempo de serviço militar obrigatório, e, quando terminam esse serviço, há a mentalidade para sempre de que são parte do exército de Israel, sempre soldados. E nós queremos que nossas crianças, adolescentes e jovens tenham sempre a mentalidade de cuidar de pessoas, pregar o evangelho, edificar a igreja, como principal função! No capítulo 21 de Mateus Jesus fala sobre as crianças. Partiu dali e foi para Betânia, onde pernoitou. E em Betânia há uma miniatura da vida da igreja! Em Mateus 26 Ele foi convidado para um banquete na casa de Simão, o leproso. Depois de todo o trabalho árduo de Jesus, de pregar o evangelho do reino, curar as pessoas, ser perseguido pelos líderes religiosos, dois dias antes de ser crucificado, Deus nos mostra uma idealização da vida da igreja.
A casa em que Jesus foi convidado para um banquete é a casa de alguém que havia sido um leproso curado por Jesus. A lepra significa o pecado, a rebeldia. Por gratidão Jesus foi convidado para comer na casa de Simão. A igreja é esse lugar, com doentes e pecadores. E sempre devemos lembrar de quem éramos para que não haja orgulho, soberba, mas apenas gratidão.
Em seguida, de acordo com João 12, neste mesmo banquete estava Lázaro que morreu e ficou na morte por quatro dias. Por quanto tempo nós mesmos não vivemos como mortos nesse mundo? Mas graças a Deus Jesus foi até Lázaro e o ressuscitou! A igreja é formada por Simão, o leproso e por Lázaro, que morreu e foi ressuscitado por Jesus. Hoje nós já morremos com Cristo e ressuscitamos com Ele! O ambiente é de ressurreição e viver pelo novo homem!
Com esse coração de gratidão nós servimos ao Senhor, como Marta. Nós não servimos para sermos retribuídos nesse mundo, mas como servos e escravos porque Ele nos amou primeiro e nos salvou. E não apenas isso, na igreja também há Maria, que quebrou seu vaso e ungiu os pés de Jesus com o nardo valioso. A casa em Betânia se encheu de perfume. Dentro da casa a fragrância está impregnada em nós e quando saímos as ruas as pessoas percebem que temos um cheiro diferente!
Ao comer a última páscoa temos de lembrar que Jesus estava celebrando pela última vez e instituiu a Ceia do Senhor. Esta festa durará para sempre, porque a partir da festa da páscoa, continua a festa dos pães asmos. A vida da igreja é isso!
1 Co 5:6
O apóstolo Paulo estava alertando aos coríntios que no meio deles, ao invés de chegar ao ponto idealizado por Deus de vida da igreja, havia ainda muitas práticas imorais de pecado. Então Paulo os ajudava. Uma vida da igreja deve ser santa e separada de qualquer tipo de pecado. Se a igreja tolera, elas servirão de fermento onde apenas uma colher é capaz de levedar toda a massa. Paulo adverte principalmente pecados de imoralidade e rebelião. A partir da morte do cordeiro pascal, segue uma festa dos pães asmos em que é tirado do povo todo fermento. A partir do momento em que a igreja foi gerada, passamos a viver uma vida de festa de pães asmos.
A igreja é nova massa, sem fermento. A igreja é nova massa porque foi gerada pela morte recente de Cristo. Nós somos os frutos da morte do Cordeiro! Essa sequência de festa da páscoa para festa dos pães asmos foi proporcionada pela Sua morte na cruz. A vida da igreja é a verdadeira festa de pães asmos, que deveria durar sete dias, um número que representa um período completo da era da igreja.
Cl 3:5
O que é a natureza terrena? É aquela com que vivíamos na carne e no velho homem. Depois da queda, o homem ficou fadado a isso. A natureza terrena produz apenas imoralidade, impureza, paixão, vontade má e ganância que é idolatria. Ódio, maldade, difamação, palavras indecentes no falar, mentiras são atitudes do velho homem.
No novo testamento o povo escolhido de Deus é a igreja! Não olhemos uns aos outros com olhos de julgamento ou crítica, mas com olhos de compaixão e empatia, de bondade, humildade, sem arrogância entre nós pois nos lembramos de quem somos e de onde o Senhor nos tirou.
Perdão nos liberta de ressentimento e rancor. Não é fácil, mas quando perdoamos ganhamos muita alegria. Devemos lembrar que o amor é o elo da perfeição que nos une e nos vincula e resulta na paz.
Mt 26:31-32; Zc 13:6-9; At 2:23; Ap 13:7; Dn 12:1; Mt 28:7, 10; Mt 4:12; Mt 28: 18-20
Isso é para cumprir a profecia que está em Zacarias 13. O pastor se refere a Jesus. Se o pastor fosse ferido, as ovelhas ficariam dispersas. Jesus, como judeu, foi ferido por judeus. Deus desperta a espada para ferir e matar Jesus por causa de nossos pecados. Deus o fez pecado por nós. Fica claro que quem crucificou Jesus foram os líderes judeus pelas mãos dos Romanos.
As ovelhas foram dispersas, sendo desprezadas, perseguidas e humilhadas, nesses quase dois mil anos de dispersão do povo de Israel. No fim, quando entrar na Grande Tribulação, 2/3 dos judeus serão perseguidos e mortos pelo Anticristo. Os salvos serão 1/3 do povo de Israel e este remanescente clamará pelo Senhor!
Depois da ressurreição de Jesus Ele apareceu, na Galileia, para uma missão importante, em um monte específico. Os onze obedeceram. Por que nesse local? Porque o ministério começou ali. E os discípulos, nesse mesmo monte, foram comissionados! Foi o local do “Ide!”. A comissão que nos dá a mesma autoridade para pregar o evangelho do Reino!
Mt 26:36-39; Jo 18:1; Lc 22:39, 44; Mc 14:33; At 2:22-24, 31-33; Hb 4:14-16
A humanidade de Jesus foi pressionada até o limite. Deus fez questão que Jesus passasse por tudo que o homem passa. Isso é para nos provar que Jesus experimentou tudo que o homem pode provar, em relação as nossas angústias e maiores pressões na vida. E para quê? Para produzir a nova massa! Para que nós hoje vivamos em festa com gratidão no coração. Jesus sentiu o que sentimos e pode nos ajudar!
Getsêmani significa “um lagar de azeite” ou “uma prensa de azeite”. Antes de ser sacrificado Jesus foi pressionado ao máximo em Sua humanidade como homem, para poder gerar o azeite. Se não esmagar as uvas o vinho não é feito. Por isso Jesus foi esmagado ao extremo, para que hoje desfrutemos do Espírito. E esse mesmo local se mostrou especial para Jesus, pois era um lugar que Ele costumava ir para orar e mesmo conversar com os discípulos.
Este é um dos únicos trechos da Bíblia que nos mostra os sentimentos humanos de Jesus, em onde foi afetado pela tristeza, e estava ansioso e em grande aflição e angústia, chegando a estar deprimido.
Devemos reconhecer que nosso sumo sacerdote pode compadecer-se de todas nossas fraquezas! Marcos descreve ainda o sentimento de Jesus como grande pavor.
Jesus nunca havia verbalizado que estava triste. Naquele momento, Jesus era homem a ponto de “sofrer na alma”. A profunda tristeza pode matar uma pessoa. Como qualquer homem Ele enfrentava um dos momentos mais dramáticos de Sua vida, e por isso chamou de companheiros, principalmente os três mais próximos. Ele provou a fraqueza humana ao extremo, em face da terrível perspectiva que o aguardava.
O resultado foi sofrimento físico quando, de fato, o suor do Senhor se tornou gotas de sangue. Não é apenas uma expressão. Ele teve uma crise aguda de hematidrose, que é a mistura de sangue ao suor nos casos de extrema angústia e severas alterações emocionais. A ciência sabe que este fenômeno está associado à tensão e estresse. Estes estados emocionais têm impacto na microcirculação e os vasos explodem, causando tal efeito.
Deus já sabia que tudo isso ia acontecer. Jesus sofreu com tudo isso já sabendo, pela presciência de Deus. Uma das grandes angústias de Jesus era o sofrimento que o esperava. Mas também que em algum momento até o Pai o abandonaria, pois enxergaria apenas os nossos pecados sobre Jesus. Seria a única experiência de Jesus sem o Pai. E se houvesse algum momento em Sua vida que não fosse aprovado por Deus, o Pai O deixaria na corrupção. Dependeria somente do julgamento do Pai.
E por tudo isso, Ele pode se compadecer de nós! Sejamos gratos ao Senhor! Qualquer que seja a situação, nunca podemos dizer que o Senhor não pode nos compreender. Jesus sentiu tudo que o homem pode sentir.
Mt 26:40-46; Mt 9:36
O homem, por sua fraqueza e fragilidade, pode achar que não suporta algumas situações. Nossa oração deve ser que, sobre qualquer coisa, a vontade de Deus deve prevalecer. O cálice que Jesus bebeu foi da ira e da amargura, para que hoje celebremos uma festa, a nova aliança em Seu corpo e em Seu sangue, para que hoje sejamos o Corpo de Cristo!
Jesus encontrou aqui multidões que estavam exaustas e aflitas. Todos nós vivíamos nesta situação porque o homem caído se desligou de Deus e preferiu viver sem Ele. Uma herança da escolha do Jardim. O homem ficou desencabeçado. A cultura é controlada pelo usurpador e desenvolve o mistério da iniquidade. Cultura, educação, entretenimento, tudo isso é levado a ser rejeitado pela sociedade.
Mt 11:28-30
Nós, hoje, temos um Pastor que cuida de nós. Estamos encabeçados em Cristo. Portanto não vivamos mais na angústia de antes, na aflição de antes, no cansaço de antes. Só viveremos sob esses sentimentos, se quisermos. Hoje podemos confiar em nosso Pastor!
Para confiar no Senhor precisamos também de maturidade e experiência. Devemos confiar que apesar de todas nossas responsabilidades, o Senhor está conosco. Se não confiarmos no Senhor, o peso dessas responsabilidades nos levarão a desistir. Apesar do peso, há alegria e motivação, porque quem faz é o Senhor, é o Espírito!
O caminho é ir ao Senhor. Quanto mais um homem é responsável, mais ele vive sobrecarregado. Por excesso de zelo pela responsabilidade há sofrimento.
Vamos aprender a confiar no Senhor. Muito sofrimento é desnecessário e é escolha nossa. Quando o problema chegar o Senhor sabe o que fazer e nos dará direção, mas nós devemos ir ao Senhor!
Vamos tomar o jugo do Senhor e participar da edificação da igreja! É um livramento! O jugo do Senhor é leve! Dá descanso para nossa alma! Se tomamos o jugo do Senhor Ele carrega nossa carga.