M31 – Julgado e Condenado Injustamente

 

 

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente de Salvador – Bahia, em 05/06/2022. Notas tomadas no local da reunião. Texto não revisado pelo autor.

Estamos aproveitando a mesma mensagem 02 da Conferência em Salvador para ministrar essa mensagem 31. A mensagem de hoje está na sequência das mensagens ministradas todas as semanas.

Nossa comunhão com os irmãos responsáveis da igreja em Salvador foi muito encorajadora e todos reconhecem que a igreja precisa de ajuda, que precisam ser mais simples, ter um coração contrito, um espírito pobre, para entrar no reino dos céus.

A nossa comunhão com os irmãos que cooperam na região 4 e os irmãos da região de Sergipe evidenciou que não temos fronteiras. Se respiramos o mesmo ar, não há diferença entre nós e estamos trabalhando na mesma obra do Senhor, com integração, sem coração territorial ou de possessão, servindo apenas como escravos do Senhor para fazer Sua vontade. Temos assim um ambiente onde não há espaço para hierarquia, mas trabalhar em prol da obra do Senhor em unidade, com todos que se sentem sócios do negócio de Deus.

O fim está próximo. O Senhor apenas não voltou porque a igreja ainda não foi competente em introduzir o reino de Deus na terra. Ainda há invejas, ciúmes, discussões, atitudes de nossa natureza caída. Quando servimos em nosso ser natural, afastamos irmãos que não são como nós. Mas estamos dispostos a negar a nós mesmos! O Senhor não quer esperar mais 40 anos. Nós também não queremos! Vamos dar ao Senhor uma igreja edificada!

Jo 17:21-23

O trabalho que Deus comissionou a Cristo é edificar a igreja. O resultado da edificação é que todos sejam um. O produto final da edificação da igreja é a unidade. Vamos dar isso ao Senhor? Somos diferentes, mas precisamos uns dos outros. Usando a ilustração de uma construção civil, podemos ser um pedrisco, areia ou barras de ferro. Somos materiais para edificação da igreja. Na construção de um edifício todos os materiais são colocados em uma forma para passar pelo processo de edificação. Todos precisamos cooperar juntos dentro da fôrma da igreja. Quando a reação química começa pela mistura do cimento com água, começamos a ser aglutinados. Nessa hora começa um calor tremendo e não há mais como escapar. Nesse momento precisamos suportar o calor. Esse processo de aquecimento pela reação química chama- se cura. É preciso jogar água para esfriar o material. No processo de edificação da igreja, não aguentamos determinados irmãos, mas o Senhor nos refrigera com água. Então, os materiais que antes não valiam muita coisa nem serviam para muita coisa, agora juntos e edificados, se tornam uma coluna firme que suporta toneladas de carga. As portas do Hades não prevalecerão contra a igreja edificada!

É isso que o Senhor está esperando de nós. Vamos acelerar os passos? Deixemos nosso egoísmo, preferência e jeito peculiar particular de lado. Vamos dar ao Senhor um ambiente onde há unidade real. Essa unidade não é apenas comer pizza junto, mas é a unidade do Filho com o Pai. Essa Conferência é para esse fim. Não precisamos conquistar lugares de destaque como pregador eloquente. O que desejamos é o resultado: haja edificação e a paz impere. Acredito que não levará muito tempo para o Senhor voltar.

Sl 2:1-8; Sl 110:1-3

O ambiente na terra entre as nações é um sentimento de livrar-se de Deus. O sentimento de querer estar livre das restrições da lei de Deus aumentará cada vez mais. Essa é a operação do mistério da iniquidade descrito em Tessalonicenses. Este mundo jaz no maligno e é dominado por Satanás.

Em cada país há um establishment, um grupo de pessoas que estabelece a ordem das coisas. Em cada país há uma elite econômica, política e social que define a ordem das coisas. Os políticos são apenas usados por eles, que são um poder acima. A nível mundial isso também existe.

Esse establishment, que controla a ordem em cada país, está de acordo com o que vemos no livro de Daniel. Nele temos o relato de que o anjo que estava lutando contra o príncipe da Grécia, depois o príncipe da Pérsia (Dn 10:20). Existe um reinado invisível que paira sobre as nações. Não são homens, mas os principados e potestades do ar. Eles estabelecem e influenciam as pessoas em cada país. Assim que Satanás governa como príncipe desse mundo.

Quando nosso Senhor Jesus ressuscitou, Deus o elevou acima de todos os principados e potestades nos lugares celestiais. Ele colocou todas as coisas debaixo de Seus pés. Nosso Senhor está acima de todos os establishments, acima do príncipe da Grécia, da Pérsia e do Brasil!

Cada vez mais o desígnio de Satanás é desmascarado. Ele quer que o homem se liberte da influência da lei de Deus em sua moral e ética, que tenha total liberdade para fazer o que quiser e que não tenha nenhuma ligação com Deus. Se vivemos para este mundo, estamos vivendo para seu príncipe. Alguns que defendem os interesses do príncipe deste mundo têm ódio dos filhos de Deus.

Mas Deus já elegeu o Seu rei sobre a terra. Não adianta os homens quererem se libertar de Deus. Ele já estabeleceu o Seu Rei em Sião. O Filho de Deus escolheu um homem para ser Rei – Jesus. De Mateus 1 a 15, Ele veio humildemente em obediência à vontade do Pai, para pregar o evangelho do reino. Na eternidade ele era filho de Deus como Deus, mas no tempo, foi gerado Filho de Deus em Sua humanidade. Esse homem foi estabelecido como Rei.

Além disso, Deus disse ao Filho para que Ele pedisse as nações por herança e Ele certamente pediu. A resposta do Filho a esse pedido está em Salmos 2. Hoje o Senhor está atuando com Seus sete Espíritos e as igrejas são tomadas do sentimento de se apresentar voluntariamente ao Senhor para formar esse exército para tomar as nações para o reino de Deus. Quanto mais nos aproximamos do final dos tempos, era para os cristãos ficarem desanimados e longe de Deus, mas na igreja um milagre está acontecendo. Todos estamos sendo despertados! Vamos para a rua! Vamos expulsar o domínio das trevas em nossas cidades!

Uma vez que o Filho pediu as nações por herança, Deus lhe dará um presente na chegada da aurora: os jovens como as gotas do orvalho para o exército de Deus. Isso aconteceu quando falamos essa palavra em 2020. Desde então, muitos jovens, adolescentes e crianças estão se apresentando para servir nesse exército. Vamos todos pregar o evangelho e ter um espírito de colportor!

Deus criou todas as coisas em seis dias para que no sétimo dia pudesse descansar. Seis mil anos já se passaram e estamos na virada do sexto para o sétimo milênio da história da igreja. Até hoje Deus não tem descanso. No mundo Ele não pode ter descanso, mas a igreja é esse lugar no qual Ele descansa. Ele veio à terra e encontrou muitos homens vivendo debaixo de opressão, corrupção, cansaço, ansiedade, etc. Ele pregou o evangelho do reino para trazer as pessoas para debaixo do governo dos céus. No governo celestial temos paz e encabeçamento. É esse evangelho que pregamos.

Vemos em Mateus 16, que Jesus abre Seu coração. Ele se revela como o Cristo, o Filho do Deus vivo, que veio com a missão de edificar a igreja. Quando a igreja é edificada o reino chega. Na última semana do Senhor Jesus na terra, Ele se viu perseguido pelos líderes judeus na época. Eles eram o establishments, os homens que queriam privilégios e poder. Esses judeus tinham medo de perder seu lugar de honra e privilégios. Eles queriam eliminar Jesus para se perpetuarem no poder. O que Jesus fez de errado? Em nada ele ofendeu a lei de Deus. Conspiraram contra Jesus para não perderem seu lugar.

Deus deu um refrigério para o Senhor Jesus antes de Sua morte em Betânia. Ele foi convidado para um banquete em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Essa designação é para nos lembrar de quem éramos. Éramos pecadores, rebeldes contra Deus e fomos curados. Por Sua misericórdia, estamos juntos. Somos Simão, o leproso. Imagine ser lembrado por uma condição negativa do passado. Todos devemos lembrar- nos de que somos pecadores que ganharam graça. Não temos de que nos orgulhar.

Outra pessoa que estava nesse banquete era Lázaro, o que esteve morto por quatro dias e foi ressuscitado. Nós estávamos mortos em nossos pecados. Estávamos no pecado e tudo que tínhamos era inimizade, gritarias, coisas da carne, etc. Espero que ninguém esteja gritando com o cônjuge mais. Hoje podemos viver no espírito e produzir frutos do Espírito, que começam com amor, mansidão, domínio próprio, etc.

Servimos a Deus como Marta. É um privilégio servi-Lo! Há pessoas que dizem ter desperdiçado anos na igreja sem receber reconhecimento. Esse não serviu por gratidão ao Senhor. Vamos servir sem buscar elogios, reconhecimento ou glória humana. Somos como aquele servo que trabalhou todo o dia no campo e ao voltar para casa ainda tem de servir o seu senhor e, ao servi-lo fala: sou servo inútil, pois fiz apenas o que tinha de fazer. Esse deve ser o nosso sentimento.

O Senhor também nos tem como Maria, que quebrou seu vaso de alabastro por amor a Ele. Ela derramou o equivalente a um ano de trabalho. Judas criticou essa atitude, por entender ser um desperdício de tanto dinheiro. Contudo, não há valor que estime o que o Senhor fez por nós. Vamos amar ao Senhor loucamente! Nesse final dos tempos o Senhor precisa ganhar-nos como os trabalhadores da última hora. Trabalhamos apenas por amor ao Senhor e às pessoas que Ele ama. Não trabalhamos por interesse ou reconhecimento.

Por nossa causa, Jesus foi decidido para Jerusalém, sem titubear, para ser coroado como rei humilde e manso. Ele foi examinado pelos líderes religiosos e ninguém achou nenhum defeito Nele. Ele é o perfeito Cordeiro Pascal. Dois dias antes de ser crucificado, alguém O convidou para um banquete na casa de Simão, o leproso. Pela primeira vez em Seu ministério terreno, Ele desfrutou desse ambiente maravilhoso. Esse ambiente é que dá descanso ao Senhor.

Na sequência, ele comeu a última páscoa determinada aos judeus, e, em seguida, instituiu a mesa do Senhor, que é a realidade da Páscoa. Quando o Cordeiro é imolado, iniciam-se sete dias de festa – a festa dos pães asmos. Isso significa que quando o Senhor foi à cruz, iniciou-se um período completo em que, Sua igreja, produzida por Sua morte e ressurreição, viveria em festa. Essa festa é sem fermento. Vivíamos em um ambiente de maldade e malícia, mas hoje vivemos uma vida de festa com pães asmos de sinceridade e verdade. Nossa vida é uma festa! A vida da igreja é uma festa proporcionada pela morte e ressurreição de Cristo.

Mt 26:36-46

Antes de Sua crucificação, Jesus foi ao Getsêmani, lugar em que começou a se entristecer e a angustiar- se. Ele passou por todas as coisas como homem. Chegou a um ponto extremo de pressão emocional que experimentou a profunda tristeza de depressão. A palavra grega traduzida para angustiar-se é a palavra mais forte para designar depressão. Em Lucas vemos que nesse momento ele suou sangue.

Jesus passou por todas essas coisas, para que pudesse nos compreender. Quando estamos em um momento difícil, pensamos que o Senhor não sabe o que estamos passando; mas Ele sabe sim! Temos um sumo sacerdote que pode se compadecer de nossas fraquezas (Hb 4:15-16)

Mt 26:3-5, 47; Jo 11; Mc 14:43; Lc 22:52; Jo 18:30

Eles vieram prender Jesus como se faz com um bandido. Os discípulos todos fugiram porque o ambiente naquele momento foi terrível. Para Mateus foi doloroso ver um dos doze trair Jesus. Alguém que foi cúmplice de Jesus e acompanhou seu procedimento e coração puro, não podia traí-Lo. Por isso não mencionou o nome de nenhum deles. Eles foram prender Jesus com espadas e porretes. Ele foi entregue a Pilatos como um malfeitor. Por nossa causa Ele foi entregue como um bandido.

Lc 22:21-22; Jo 13:27-30; Mt 26:48-56; Jo 18:3, 12 KJA

“Judas organiza sua emboscada contra Jesus acompanhado dos mais importantes sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos do povo. E cerca de quinhentos policiais armados e serventes do Sinédrio (Tribunal), destinados a manter a ordem pública; soldados especiais da corte romana vindos da fortaleza de Antônia (residência oficial de Pilatos em Jerusalém, na qual ficavam todos os soldados), equipados com armas e lanternas (apesar da forte lua cheia da época), pois conheciam e temiam os poderes sobrenaturais de Jesus, embora Ele nunca os tenha usado em benefício próprio” (Nota 11 de Mateus 26:47 da Versão King James Atualizada).

Os judeus esperavam resistência armada e pediram reforço aos romanos para a prisão de Jesus. Foi muito grande a força militar contra Jesus. Apenas os guardas eram quinhentas pessoas e mais quase mil soldados romanos para prender Jesus. Esse era o ambiente no Getsêmani quando Jesus foi preso. Por isso, os discípulos fugiram.

Pedro tentou defender Jesus e desembainhou a espada cortando a orelha de um soldado. O Senhor o reprovou, dizendo que poderia pedir ao Pai e Ele enviaria mais de doze legiões de anjos para defende-lo. Uma legião era composta de 6.826 soldados. Seriam cerca de 80 mil anjos enviados pelo Pai. Apenas um anjo daria conta de defende-lo. Mas se isso acontecesse e o Senhor não morresse, onde estaríamos nós?

Mt 26:39

Senhor Jesus orou no Getsêmani para que a vontade do Pai fosse feita e não a dele. O que causou maior sofrimento de Jesus não foi apenas o aspecto físico ou emocional, mas especialmente esses três motivos:

  1. Estava para beber o cálice da ira de Deus. Ele nunca fez nada para suscitar a ira de Deus e nunca esteve em desarmonia com o Pai, jamais o desagradou. Essa ira era contra nós, os pecadores, mas foi direcionada a Jesus.
  2. Foi abandonado pelo Pai. Na segunda metade da crucificação, o Pai O abandonou e Jesus clamou: Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste? Naqele momento todo nossos pecado estava concentrado em Jesus. Deus O fez pecado por nós e o abandonou pela primeira vez.
  3. Chorava para que não fosse deixado na morte. Deus poderia não ter aprovado a obra de JEuss como homem. Se Deus não O aprovasse, Ele ficaria na morte. Mas, graças a Deus, Ele foi o varão aprovado por Deus, que O ressuscitou dentre os mortos.

Os sofrimentos de Jesus são para que Sua igreja experimente a morte e a ressurreição e viva em ressurreição. Ele passou tudo isso por nossa causa. Devemos dar nosso coração de gratidão ao Senhor. Não merecemos estar aqui. Sua morte e ressurreição nos deu uma nova vida e vivemos por ela. Queremos consagrar nossa vida toda ao Senhor e nos entregamos, para que Ele possa edificar Sua igreja e tenha já hoje descanso e paz. Essa é a nossa tarefa.

Por isso, jamais deixemos de dedicar amor e reverência à Palavra, que é ter temor ao ouvi-La. Toda vez que Deus fala temos temor e tremor. Isso implica em não ouvir a Palavra fazendo outras coisas, recebendo-a somente superficialmente. Devemos ter reverência, atentando ao que Ele está falando. Dediquemo-nos totalmente à Palavra, com toda nossa atenção e coração. Se tivermos esse amor e não negarmos o Seu nome, ou seja dependermos totalmente do Senhor, invocando o Seu nome, seremos como a igreja em Filadélfia e seremos guardados da hora da provação (Ap 3:9).

Quando chegar a grande tribulação, que é o fim, a igreja em Filadélfia será arrebatada. Nossa tarefa termina quando isso ocorrer. Até que isso aconteça, vamos nos desgastar, sair para pregar o evangelho, trazer material para a edificação da igreja e dar ao Senhor lugar de descanso com harmonia e paz. Jesus é o Senhor!

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