Mens. 05: Neemias: A Restauração dos Muros de Jerusalém

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos, diretamente da Conferência Europeia, em Portugal, em 24/12/2023. Texto não revisado pelo autor

 

 

Ne 1:1-11; 2 Rs 24:14

  1. Neemias significa “conforto de” ou “confortado por Deus”. O homem que foi levantado e chamado por Deus para estar à frente de um empreendimento tão difícil, o estabelecimento do governo de Deus na terra, sempre precisará do conforto de Deus. Às vezes, ele não compartilhará o seu sofrimento, sequer com a sua companheira; portanto, ele precisa constantemente do conforto de Deus. Neemias era filho de Acalias, seus antepassados estavam sepultados em Jerusalém. Provavelmente ele pertencia à tribo de Judá. Ele era o copeiro do rei Artaxexes, uma função de absoluta confiança, na qual provava as bebidas e comidas do rei para evitar o envenenamento. Por ser alguém de estrita confiança, Neemias tinha influência nas decisões reais da corte, sendo um dos principais conselheiros do rei.
  1. Quando estava no exílio, ele recebeu uma notícia triste de seu irmão, que tinha ido visitá-lo. Neemias perguntou-lhe a respeito de seus compatriotas e a cidade de Jerusalém e foi informado que os judeus que escaparam do exílio estavam em grande miséria e desprezo. Os muros da cidade estavam derribados e as portas queimadas. Esse era o motivo da desolação de Jerusalém, a ausência de muros e portas. O templo já havia sido reconstruído, há cerca de 70 anos, mas os muros e portas ainda não haviam sido reedificados. Ao ouvir essas palavras, Neemias se assentou e chorou.
  1. Tanto no livro de Esdras, como Neemias, Deus é chamado de Deus dos céus. Quando não há uma função normal de Seu povo na terra, uma nação que represente a Deus, Ele é intitulado como Deus dos céus e não da terra. Precisamos trazer o reino de Deus à terra, para que Ele governe. Os pobres da Judéia, que foram deixados na terra, passavam por grande tribulação e privação. Diante das notícias, Neemias jejuou e orou ao Senhor. Ele pediu a misericórdia de Deus, pois faria um pedido importante ao rei: retornar à Jerusalém para a reedificação dos muros. Todas aqueles a quem Deus escolhe para estar à frente do Seu povo, geralmente não almejam esta posição. Elas apenas amam ao Senhor, Seu povo e Jerusalém. Mantenhamos nosso coração puro, sempre amando ao Senhor e o que Ele ama.

Ne 2:1-8; Ex 33:14

  1. Depois das notícias recebidas, Neemias estava triste. O copeiro deveria estar sempre alegre diante do rei, mas Neemias não escondeu seus sentimentos. Ele se arriscou e estava triste diante do rei. O Senhor, assim como rei, quer que seus servos sempre estejam alegres. A tristeza de Neemias tinha uma razão, seu povo estava em miséria e a sua cidade estava abandonada. O rei notou e logo disse que a sua tristeza era do coração. Neemias, então, explicou ao rei: Os muros de Jerusalém precisavam ser reedificados, para que o governo se reestabelecesse ali. O principal pedido de Neemias era retornar à Judá. O governo só seria restaurado se os muros e portas de Jerusalém também o fossem. 
  1. Neemias então pediu ao rei um prazo para executar sua tarefa, também pediu cartas para que os governadores de além do Eufrates, que na verdade eram os inimigos de Israel, liberassem sua passagem. Esses governadores não queriam que Jerusalém fosse reedificada. Ele ainda pediu madeira das florestas reais para serem utilizadas na cidadela, nos muros e na casa em que ele se alojaria. Todos seus pedidos foram atendidos, pois a mão do Senhor era com Neemias. Em tudo o que intentamos, contamos com a boa mão e com a presença do Senhor. Se não tiver a presença do Senhor, não faça. Nenhum homem deve se aventurar a fazer algo em que a mão do Senhor não esteja com ele. 
  1. Esse é meu testemunho pessoal. Mediante a promessa de Êxodo 33:14, Deus me encorajou. Nessa passagem, Moisés estava desesperado, pois o povo tinha prevaricado e logo seria deserdado. Moisés, então, lembrou a Deus as promessas feitas ao povo. Deus então disse que o povo entraria na boa terra, mas seria conduzido por um anjo, ao que Moisés clamou: se o Senhor não for, eu não irei. Deus, assim, prometeu que ele teria a Sua presença e descanso. Para fazer a obra de Deus, precisamos da promessa, da presença e do descanso. Os ataques serão muitos, mas a presença do Senhor nos fará descansar enquanto batalhamos. 

Ne 5:14, 2:10-20

  1. Neemias recebeu autorização do rei para exercer a função de governador da Judeia por doze anos. Disso ficaram sabendo os inimigos de Israel. Sambalate, um deles, era governador de Samaria, a sede do reino do norte, formado no tempo do rei Roboão, quando houve a divisão de Israel. Mais tarde, o rei da Assíria destruiu o reino do Norte, levou alguns cativos e também trouxe povo estrangeiro para habitar em Samaria, que era, portanto, terra de um povo misto, não considerado como judeu. Alguns deles seguiam o pentateuco, pois havia remanescentes que foram deixados na terra. Samaria ficava ao norte da Judéia e os amonitas ficavam a leste dela. Esses povos que estavam ao redor de Jerusalém, se iraram, pois Neemias agora buscava o bem dos filhos de Israel.
  1. Quando chegou em Jerusalém para sua missão, Neemias ficou por três dias investigando a situação do lugar. Até então ninguém sabia o que ele tinha ido fazer lá. Jerusalém estava sem muros, ou seja, sem proteção. Os povos dos arredores podiam entrar livremente ali. Era uma cidade sem dono, uma terra de ninguém. Isso favorecia os inimigos de Jerusalém. Neemias então convocou o povo a reedificar os muros e eles se dispuseram. Houve, finalmente, uma voz de comando, que os mobilizou para o trabalho. Quando vem a palavra de ordem, começa a existir governo. Esta é a importância da palavra profética. 

1Tm 1:3-5; Ne 2:20

  1. O povo judeu era desprezado, mas graças a Deus, alguém se preocupava com Jerusalém. Neemias não tinha ambição, pois já tinha uma ótima posição como copeiro do rei. Ele deixou seu bom cargo, para ir para uma cidade destruída, em uma situação pior do que a sede do reino persa, onde vivia. Isso indica que Deus sempre escolhe homens de coração puro, boa consciência, de fé sem fingimento e que sabem que seu serviço tem prazo determinado por Ele.
  1. Nessa passagem, lembramos da recomendação feita pelo apóstolo Paulo a Timóteo, de ir a Éfeso para admoestar certas pessoas que pregavam coisas diferentes do que ele falava. Talvez alguns interpretassem mal a instrução de Paulo. Contudo, ele não tinha nenhuma ambição, o que fazia tinha origem no amor procedente de um coração puro, fé sem fingimento e boa consciência. Eu posso falar a mesma coisa a respeito de Neemias. Ele estava em Jerusalém com um coração puro, fé sem hipocrisia e boa consciência. 

Ne 2:19-20; Ef 1:22-23

  1. Sambalate, governador de Samaria, era um dos principais opositores da reconstrução de Jerusalém e seus muros. Tobias era, provavelmente, governador de Amon e o arábio dominava o sul de Judá. Todos os inimigos ao redor de Jerusalém estavam descontentes com a reedificação da cidade. Quando estamos reconstruindo os muros, os inimigos ao redor não sossegam. Mas Jerusalém não é terra de ninguém. Lá é seguido o comando de Deus. Cristo é o cabeça da igreja, mas o inimigo resiste. Quem nos dá bom êxito na tarefa de fazer Cristo encabeçar todas as coisas é Deus. 

Ne 3:1-32

  1. Eliasibe e os sacerdotes começaram a reedificar os muros, dando um bom exemplo ao povo. Junto a ele, os homens de Jericó também edificaram. Neemias se dispôs e a boa mão de Deus o abençoou. Por haver voz de comando, o povo começou a trabalhar, um reedificando ao lado do outro. Cada um fazia sua parte, ao lado de seu irmão. Trabalhavam juntos, mas cada um tinha consciência de sua responsabilidade na edificação. 

Ne 4:1-9; Lc 23:1-12

  1. Sambalate, ao ver que o muro estava sendo reedificado, se irou, indignou e começou a zombar do povo. Diante dos ataques sofridos, qual foi a postura de Neemias? O que ele fez? Nós não usamos as mesmas armas das trevas, como a mentira e difamação. Nesta hora, contamos apenas com nosso Deus, que certamente estava ouvindo a zombaria e mentiras espalhadas pelos inimigos. Enquanto eles atacavam, zombavam e difamavam; Neemias orava. Nossa resposta aos ataques do inimigo é a oração. Quando os opositores estavam zombando do povo, na verdade, eles provocavam Deus à ira, pois a obra era Dele. Mesmo diante dos ataques, as obras avançaram e o muro foi reedificado até a metade. O circuito foi fechado, mas o inimigo não dorme.
  1. Ante o avanço da obra de reedificação, os ataques e oposição se intensificaram. Quando não havia muros e portas assentadas, Jerusalém era uma cidade assolada, abandonada e sem governo. O povo de Samaria, os amonitas e arábios estavam à vontade, transitavam ali livremente e falavam o que queriam. Mas, chegou um tempo em Jerusalém, em que apenas a voz de comando do Senhor seria ouvida. As brechas estavam, pouco a pouco, sendo fechadas e por isso o inimigo ficou irado. Hoje, isso acontece também. Em poucos anos, o Senhor fez muito entre nós. Até na Europa, já temos tropas e capitães, irmãos engajados. No passado aqui, não éramos ninguém. O que esperar de irmãos “fracos” que vieram para a Europa? Mas, a boa mão do Senhor é conosco! Não contamos com nossa capacidade, mas com a direção do Senhor. Ao seguir a palavra profética, a obra é feita. 
  1.   Na hora dos ataques, todos os inimigos, que antes não se davam, se juntam para lutar contra a reconstrução dos muros de Jerusalém. Para prejudicar Jesus, até Pilatos e Herodes se tornaram amigos. Os inimigos visam suscitar confusão no nosso meio. No nosso tempo, muita confusão também foi suscitada, mas não esmorecemos, pois não lutamos por interesses ou ambição, mas pelo povo de Deus e Jerusalém, o lugar de habitação de Deus, a igreja. A nossa resposta aos ataques é a oração. Quem nos protege é o Senhor. Há ainda alguns, que supostamente são muito espirituais e só falam em orar. Devemos orar e também agir, colocando guardas às portas, de dia e de noite. Foi isso que Neemias fez: orou e agiu.

Ne 4:10-18; Is 54:2-3

  1. Os ataques dos inimigos, pouco a pouco, desanimaram o povo. O inimigo é astuto e usará todos os meios para parar a obra. Ele quer atemorizar os edificadores. Diante dos ataques intensificados, Neemias tomou uma ação. Ele colocou o povo, por famílias, nos lugares baixos e abertos no muro, com suas espadas, lanças e arcos para pelejar. Neemias tinha uma visão global. Hoje, também precisamos estar vigilantes. Podemos pensar que tudo está tranquilo, pois os muros próximos a nós estão levantados. Mas em algumas regiões distantes, o muro ainda pode estar baixo. Se os inimigos entrarem por ali, prejudicarão a todos. Por isso, precisamos cuidar do todo. Os muros protegem a todos. Não podemos ser egoístas. Na hora que o inimigo entra, nossos irmãos e filhos serão atingidos. Os adolescentes e crianças não terão mais liberdade para fazer grito de guerra, transcrição e imersão e voltarão para o mundo. Precisamos lutar por nossas famílias. Após os ataques, o povo retomou o trabalho.
  1.   Desde as últimas conferências tenho incentivado todos a trabalharem por uma agenda positiva. Nós não pararemos a obra. Em Fortaleza, os irmãos foram duramente atacados, mas não pararam. Estão alegres, levantaram os muros e estão construindo um novo local de reuniões para 600 pessoas. Ali surgiu o encargo de alargar os espaços de nossas tendas. A Europa também não parou a obra. Neemias colocou guardas nos muros, enquanto edificavam, também vigiavam. Os chefes estavam atrás da casa de Judá. Os carregadores, com uma mão, faziam a obra e, com a outra, se defendiam. Os edificadores traziam a espada à cinta. Isso é maravilhoso. De um lado, trabalhamos, mas por outro, vigiamos.

2 Co 11:3; Ap 12:9 KJA; 1 Pe 5:8

18.O diabo é astuto. Ele é a serpente que enganou Eva. Ele não se apresenta como uma figura assustadora, mas como anjo de luz. E o que ele quer fazer é colocar dúvida quanto à palavra de Deus. Se você duvidar da palavra que Deus fala, a obra de Satanás já está feita. Após comerem o fruto do conhecimento do bem e do mal, os olhos de Adão e Eva se abriram. Eles acolheram o argumento da serpente, de que Deus não queria que eles comessem da árvore do bem e do mal, para que não fossem como Ele. Seus olhos foram abertos, mas o pecado e a morte entraram. 

19.O inimigo é sutil. Ele começa a colocar dúvida nos corações quanto à palavra profética. A morte então entra nesse momento. Quem é contaminado, começa a enxergar coisas que supostamente estão erradas. Essas pessoas aparentemente veem o que outros não veem. Tornam-se críticos e perdem a alegria. Com o tempo, passam a se encher de ódio e ira, assim como Caim em relação a Abel. Não caiamos na tentação do diabo. Não percamos a simplicidade e pureza devidas a Cristo. Esse é o exemplo que os adolescentes nos dão. Estão sendo abençoados, pois, são puros e simples. 

  1. Em Apocalipse 12:9, na versão KJA, vemos que o diabo tem a capacidade de enganar o mundo inteiro. É difícil escapar das suas táticas de engano. Não podemos cair em suas conversas sutis. Ele quer parar obra de Deus. Esse é seu objetivo. Por isso, ele está sempre nos rodeando. Usa pessoas para, primeiramente, nos atrair, por meio de telefonemas e outras armadilhas aparentemente inocentes, para depois nos devorar. Se há algum tipo de brecha em qualquer ponto dos muros, nossa família corre perigo, não apenas quem está próximo da brecha. Precisamos trabalhar como um só Corpo. Nossos filhos precisam estar protegidos. 

Ne 4:19-23

  1. Se estamos distantes uns dos outros, ao sermos atacados, precisamos tocar as trombetas para socorro. Somos um só Corpo e todos zelam por ele. O tempo de guerra é um tempo excepcional. Se os muros e portas ainda não foram reedificados, há vulnerabilidades. Surge, assim, o sentimento de urgência. Vivemos um momento de emergência, assim como no tempo de Neemias.
  1.   Ali, muitos que estavam trabalhando na obra, moravam em outras cidades próximas da Judéia. Trabalhavam no muro durante o dia e voltavam a noite para descansar. Mas, ao começarem os ataques, houve uma voz de comando a partir de Neemias, para que ninguém voltasse para casa. Todos ficariam em Jerusalém para acudir e apoiar uns aos outros. No momento de guerra, precisamos estar juntos, sempre diante do Senhor e Sua palavra, para que a cidade seja protegida. Neemias era um exemplo. Não trocava a roupa do corpo. Vivia em estado de vigilância. 

Ne 5:1-19

  1. A casa de Deus precisa de governo. Em Jerusalém, haviam nobres, magistrados e os ricos da terra. Eles se aproveitaram da situação de miséria da cidade para explorar seus conterrâneos por meio da usura. Os pobres precisavam pedir dinheiro emprestado para sobreviver e pagar imposto ao rei. Estavam perdendo seus campos, casas e até seus filhos, pois não tinham condição de pagar seus empréstimos. Esse povo procurou Neemias para reclamar dessa situação. Ele, então, proibiu a prática da agiotagem. Ninguém mais iria perder seus bens pela usura. Todos trabalhariam pela mesma finalidade.
  1.   Neemias primeiramente deu exemplo, como governador, ele tinha direito a alguns privilégios, além de seu salário; mas, ele não usufruía do que lhe era devido. Ele pessoalmente trabalhou na reedificação dos muros e não se valeu do momento sensível de seu povo, para adquirir terras a um bom preço. Ele vivia como o povo. A única recompensa de Neemias era ser lembrado por Deus. Esse deve ser nosso único pedido: Senhor, lembra-te de nós. 

Ne 6:1-19, 5:14; Nm 12:2; 16:1-35

  1. Os muros foram terminados, mas as portas ainda não tinham sido assentadas. Portanto, ainda havia vulnerabilidade. Os inimigos buscaram um meio para matar Neemias. Por quatro vezes enviaram o mesmo pedido de encontro, que na verdade seria uma armadilha mortal para ele. Diante da recusa de Neemias, eles enviaram uma carta aberta a ele, com o objetivo de difamá-lo perante o povo. Esta carta, baseada em boatos, dizia que a obra de Neemias era uma obra de auto exaltação e de rebelião contra o rei. Dizia que o objetivo de Neemias era se autoproclamar rei, ser exaltado e idolatrado. Mas esse não era o coração de Neemias. Ele já estava bem, como copeiro do rei, ocupava uma alta posição no reino persa. A carta também dizia que Neemias manipulava os profetas para se fazer rei. A artimanha dos inimigos de Deus consiste em dizer que Seu escolhido quer se exaltar e ambiciona ser rei. A tática é a mesma em todos os tempos. 
  1. Qual era o suposto problema de Miriã e Arão com Moisés? O seu casamento com a mulher cuxita. Mas o real problema no coração deles era questionarem se Deus falava apenas por Moisés. Em Números 16, a situação piora. Corá, Datã e Abirão promoveram uma grande rebelião contra Moisés. Para eles, todos do povo eram santos e Moisés não podia ocupar uma função especial no meio deles. Quando o homem só sabe olhar para o homem, só enxerga tentativas de auto exaltação e ambição por parte dos outros. Os rebeldes alegavam que Moisés queria se fazer príncipe sobre eles. Moisés nunca tinha se auto exaltado, sua posição fora dada por Deus e Ele mesmo julgou a causa. A terra se abriu e engoliu todos os rebeldes.
  2.  Satanás quer sempre desacreditar o homem que Deus levantou para estabelecer a ordem no meio do seu povo, frustrando o governo de Deus na igreja. Mas a boa mão de Deus é conosco. Assim como Moisés, Deus fortaleceu as mãos de Neemias contra os ataques do inimigo. Não precisamos brigar, nossa conversa é com Deus. Ele é quem fortalece as nossas mãos para a boa obra.
  1.   Os inimigos de Neemias, chegaram ao ponto de subornar profetas para o enganar, atemorizar e o fazer pecar. Eles procuravam um motivo para a infâmia de Neemias. Mas ele, a todo instante, rogava a Deus que se lembrasse dele. Neemias expôs a sua causa ao Senhor, que o guardou. Em 52 dias eles terminaram a obra de reedificação dos muros. Pela intervenção do Senhor, a obra foi realizada. É Deus quem faz a obra. 
  1.   Mesmo assim, os ataques não terminavam, enquanto a obra dos muros prosseguia, havia no meio do povo “agentes duplos”, que ainda se comunicavam com Tobias e Sambalate. Essas pessoas trabalham por seus interesses próprios, visando apenas o lucro. Fazem um jogo duplo, para ganharem com a situação. Não seja um agente duplo, defina-se e tome posição pelo Senhor! Os que tomaram posição levantaram os muros e assentaram as portas. A partir de então Jerusalém teria o governo de Deus. Cristo é o Rei. Se algum homem foi estabelecido para representar a Deus, isso é temporário. Neemias reinou por um tempo determinado, doze anos, o tempo que o Senhor julgou necessário. Quem governa a igreja, de fato, é Cristo. Neemias era apenas um representante de Deus, temente a Ele.

Ne 13:4-9

  1.   Quero ainda chamar atenção para um item, Neemias terminou a reconstrução dos muros, cumpriu a sua missão e voltou para a Pérsia, conforme combinado com o rei Artaxexes. Após certo tempo, ele voltou novamente para Jerusalém. Na ausência de Neemias; Eliasibe, o sumo sacerdote, se aparentou com Tobias e fez uma câmara na casa de Deus para ele. O lugar onde antes se depositavam as ofertas, dízimos e utensílios dos levitas e sacerdotes, passou a ser ocupado pelos bens de Tobias. Neemias, ao saber da situação, muito se indignou e atirou todos os móveis de Tobias para fora da casa de Deus e ordenou que as câmaras fossem purificadas. Restabeleceu, portanto, a função normal do lugar, que não era para alojar o inimigo de Deus. Essa reação só pôde acontecer, pois o governo fora reestabelecido na casa e na cidade de Deus.                                                                                                                                                                                                              
  2. É por isso que a Igreja em Sardes não conseguiu terminar a obra, pois os muros não foram restaurados. Deus espera a Igreja em Filadélfia, a quem foram destrancados os tesouros da palavra profética, e pela palavra, restaurou-se o comando, a direção, a voz e o governo. Dessa forma, com a base da unidade na localidade dada por Deus a nós, iremos terminar essa obra e trazer o Senhor e Seu reino para a terra e a igreja será edificada. Temos exército, homens hábeis e material de construção: a obra será terminada.

 

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