Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong em Castanhal-Pará, na Conferência Regional das Igrejas, e transmitida pelo Instituto Vida para Todos em 31/12/2023. Texto não revisado pelo autor.
1.Louvamos ao Senhor por tudo que Ele está fazendo entre nós. Mais uma vez constatamos que o Senhor está fazendo milagres e mais milagres no meio dos nossos adolescentes, pré- adolescentes e crianças. E na condução deles temos jovens capitães de tropas. O Senhor está abençoando muito essa região.
- Tudo o que o Senhor está fazendo no meio dos adolescentes não é apenas para ficarmos como espectadores de braços cruzados assistindo como um show. Esses adolescentes foram dados pelo Senhor à igreja. Eles são as nossas tropas pois são destemidos, têm encargo, pregam o evangelho, deixam livros que levam o Evangelho do Reino. Por que eles têm tanta energia e tanta força? A palavra está transformando a vida deles. Os próprios pais constatam essa mudança e são impressionados. Esses adolescentes também têm trazido pessoas novas para a igreja, salvando famílias. A igreja precisa participar! Aproveitar e frutificar por meio dessas tropas.
- Nós vamos edificar a casa do Senhor e formar um grande exército para trazer o reino de Deus à Terra, resgatar as pessoas do reino das trevas e trazê-las de volta ao reino de Cristo, por meio da pregação do evangelho, e então viver debaixo do controle de Cristo. Essa é a nossa missão. E quando o Evangelho do Reino for pregado em toda terra habitada, para testemunho a todas as nações, então virá o fim (Mt 24:14). Nós aguardamos a volta do Senhor ansiosamente. Nossa meta é edificar a igreja, lutar pelo Reino e trazer o Senhor de volta. Portanto, não vamos assistir de braços cruzados, toda a igreja precisa se envolver do que o Espírito está fazendo no meio de nós.
- Nós vimos o Evangelho de João, do capitulo 1 ao 6. Dentro desse escopo, eu precisava buscar o Senhor para entender o que Ele realmente quer falar conosco. O que o Senhor quer complementar, o encargo e a palavra para nós hoje. A igreja depende da palavra do Senhor para ter direção e se mover. O Senhor me deu um sentimento de olhar o Evangelho de João de uma forma um pouco diferente. O apóstolo João realmente escreveu um evangelho de uma maneira diferente. Com muita profundidade e simplicidade. É tão simples que as pessoas que acabaram de se converter muitas vezes perguntam por onde começar a ler a Bíblia e geralmente a resposta é pelo Evangelho de João. E isso não é verdade. O evangelho de João é simples nas palavras, mas muito profundo. Precisamos ir nas profundezas do Espírito e seremos elevados ao céu.
- Tanto é que João, em Apocalipse 4, nos primeiros versículos, quando se achou em Espírito, ouviu uma voz que vinha do céu, olhou e viu uma porta aberta e a voz dizia para subir. O evangelho de João nos convida a subir ao céu. Vamos sair da esfera da terra, ela é muito limitada. Nós vivemos na dimensão do tempo e espaço, que nos limitam. Mas, se sairmos para a esfera espiritual, no céu onde Deus está não há limitação de tempo e espaço, lá é a eternidade e funciona a vida eterna. Não ficamos confinados na nossa compreensão mental e lógica. Por meio do Espírito conseguimos entender as coisas profundas de Deus lá no céu. Vamos olhar de cima.
Jo 1:1, 10-11
- João começa a escrever no capítulo 1 a importância da Palavra. Logo no começo João já define que a obra de Deus é feita pela Palavra. Nós homens entendemos que a palavra é um meio de comunicação para transmitirmos nossa ideia e pensamentos. Mas, a Palavra aqui é uma pessoa. Não é apenas um meio de comunicação. O verbo, logos, é o próprio Cristo, o Filho de Deus. Cristo estava no princípio. Deus e o Filho. Embora a Palavra seja Cristo, Ele é o próprio Deus. João quer dizer que a Palavra que é Cristo, não somente é um meio de comunicação para transmitir a ideia e pensamentos de Deus, mas essa Palavra transmite o próprio Deus para o homem! Essa é a grande diferença!
- É muito importante recebermos a Palavra como o próprio Cristo, não apenas como informações ou doutrinas que vem de Deus. Precisamos entender que Deus está querendo transmitir, por intermédio de Cristo, Ele próprio a nós. E quando Ele vem a nós, chega em forma de vida eterna. Aqui mostra que Deus quer recuperar um terreno perdido. Todas as coisas foram feitas por intermédio da Palavra. Tudo é criação de Deus e pertence a Ele. Só que a Palavra um dia se tornou carne. A Palavra, Cristo, se esvaziou, não se apegou à forma de ser Deus, se humilhou e tornou-se o homem Jesus. E este homem veio aqui para trazer, pessoalmente, a Palavra como vida para o ser humano. O que Deus sempre quis. E apesar de ser Criador, o mundo não o conheceu (v.10). Os Seus, o povo judeu e Israel, não o receberam (v.11).
Jo 1:19-24
- João deste trecho é João Batista. Aqui começa a surgir um problema. Os judeus da época de Jesus não o receberam, quando veio em carne. Tiveram também dificuldade de receber até mesmo seu precursor. João Batista deveria preparar o caminho de Jesus, para que Ele começasse a exercer Seu ministério. Mesmo neste momento houve uma perturbação. Quando João Batista começou a clamar no deserto, a religião judaica estava formatada. Já tinham os fariseus, que ensinavam a Torá. Os sacerdotes que ajudavam a fazer sacrifícios no templo. Os levitas, os líderes e o sinédrio. Essa liderança é religiosa, mas também espiritual e política. Esse povo foi chamado por Deus, não para formar essa religião morta, que Jesus encontrou quando veio à terra. Infelizmente os mandamentos que Deus os deu se tornaram uma estrutura estigmatizada. Já havia pessoas acomodadas na estrutura de poder.
- Quando João Batista surge há uma perturbação nesse sistema. Alguém que era da linhagem dos sacerdotes estava totalmente fora da estrutura religiosa. Isso causa incomodo. Suas vestes eram de pelos de camelo, considerado um animal imundo. Comia gafanhotos e mel silvestre. E passou a gritar e clamar no deserto “arrependei-vos pois está próximo o Reino dos céus”, e ousadamente acusava os líderes religiosos de serem “raça de víboras”. O resultado era que multidões iam atrás dele e eram batizados. É nesse ambiente que Jesus aparece e chama discípulos.
- A partir do capítulo 2, Jesus participa de uma festa de casamento em que o vinho tinha acabado. O apóstolo João quer nos mostrar que a vida humana é muito limitada, feita de sucessivas alegrias, que o homem cria para poder lhe dar um pouco de motivação para viver. As famílias vivem de pequenas motivações: O que faremos nas próximas férias? Próximo mês é a festa de aniversário de fulano etc. Nós vivemos em busca de pequenas motivações. Mas a alegria acaba rapidamente. O vinho na festa havia acabado.
- Um segundo significado é que a religião não consegue dar ao homem uma satisfação plena. A religião nos faz ter uma sensação de que Deus está se agradando com o que estamos fazendo, mas a maneira da religião é muito limitada e também acaba. As seis talhas de pedra que Jesus mandou encher de água, eram talhas para água da purificação para o ritual judaico, por isso representa a religião. Ela pode até nos dar um pouco de alegria de estar servindo ao Senhor, mas uma hora acaba.
- O vinho acabou no meio da festa. Isso era um desastre, pois era o único elemento que poderia trazer alegria à festa de casamento. A mãe de Jesus ficou desesperada e o pediu para fazer algo a respeito. Jesus respondeu que seu tempo ainda não era chegado, mas pediu para encher as talhas de água e a transformou em vinho. Quando o mestre-sala provou, constatou que era o melhor vinho e que havia sido guardado para o final. Geralmente se faz o contrário, o vinho de qualidade é servido primeiro. Mal sabia ele que Jesus havia transformado água no melhor vinho. Este foi o primeiro sinal, em Caná da Galileia. Jesus quis mostrar que veio fazer coisas não convencionais, e sim sobrenaturais. Ele queria trazer uma mensagem diferente, em meio a uma estrutura religiosa acomodada e formatada. Nós podemos estar acomodados em nossa estrutura religiosa, de repente o Senhor veio nos perturbar com a mobilização dos adolescentes. A estrutura religiosa dificulta entendermos o que Deus quer fazer.
Jo 2:14, 23-25
- Depois da festa de casamento, Jesus entra no templo. Ele fica indignado. Por que João incluiu essa história? O templo era a casa de Deus, quando foi construído, Deus declarou que ali seria um santuário, para que Ele habitasse no meio do povo. Tanto o tabernáculo como o templo representam a casa de Deus, o lugar de Sua habitação com os homens. Assim, depois do tabernáculo, quando entraram na boa terra Deus manda construir o templo em Jerusalém. Só que em lugar de ter realidade, o templo se tornou um lugar de rituais meramente religiosos.
- Os líderes que já estavam acomodados na estrutura, tiravam lucro disso, fazendo ali um comércio. Pessoas de todos os lugares da terra vinham e tinham que trocar suas moedas, comprar seus sacrifícios. Deus tinha a esperança de fazer do povo de Israel um reino de sacerdotes e nação santa, porém se tornaram numa estrutura religiosa totalmente acomodada. Jesus ficou bravo e derrubou as mesas, expulsou todas as pessoas e animais do templo. Isso foi registrado para mostrar que o povo de Deus não estava bem. Neste cenário, Jesus começou a fazer os sinais e por estes, na Judeia e Galileia, o povo começou a acreditar que Ele era o profeta enviado por Deus. Jesus conhecia a natureza humana, sobre a qual toda estrutura religiosa acaba sendo construída. O homem é egoísta e só pensa nele. Mas, mesmo quem crê somente pelos sinais não é confiável.
- A seguir lemos acerca de Nicodemos. Jesus tinha por volta de 30 anos. Nicodemos com cerca de 60 anos, reconheceu que não conseguiria fazer o que Jesus fazia, e por isso, Ele só podia ter vindo da parte de Deus, então pede que o Senhor o ensine. Jesus diz que não é questão de ensinamento, é questão de novo nascimento. Se não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. E não é sobre reencarnação física. Jesus pregava sobre outra coisa, que o homem precisava entrar em outro reino. Toda a estrutura religiosa estava na terra, em que o rei deste mundo domina. Mas Deus quer nos levar para o reino dos céus, nascendo da água e do Espírito, do alto.
- Jesus declara que se continuarmos vivendo na esfera da terra, continuaremos criando estruturas religiosas acomodadas. Precisamos aprender a andar pelo Espírito, que não sabe qual será o próximo passo. Ao querer mudar a estrutura da religião judaica, Jesus desagradou a liderança.
Jo 3:36
- O que é permanecer rebelde contra o Filho? É principalmente aquele que está acomodado na estrutura religiosa, que não quer mudança. Jesus foi enviado para trazer mudança, de morte para vida. Ele quer dar a vida eterna ao homem. A estrutura não dá vida ou alegria para ninguém. Jesus quis trazer outra forma de ver Deus! Isto é, ver as coisas lá do alto! De certa forma, Jesus queria trazer uma “revolução” do céu. Pode ser que hoje estejamos deitados em um leito, ou seja, uma estrutura religiosa, que nos carregou por tanto tempo, contudo não saímos do lugar. O Senhor quer nos fazer sair do leito. Jesus veio para isso!
- E quem poderia mudar essa situação? O Verbo, a Palavra! Ela tem a capacidade de trazer a vida eterna ao homem. Aquele que crê tem a vida eterna, é nascido do Espírito, não vive mais pelas regras religiosas. No Espírito não há regras. O vento sopra onde quer, assim é todo o que é nascido do Espírito. A igreja precisa sair dessa paralisia da religião. É isso que Jesus está fazendo em nossos dias. Isso pode estar incomodando quem está na estrutura do poder, na maneira convencional e tradicional.
- Para a palavra de Deus começar a ser falada e fazer efeito, as pessoas precisavam crer em quem enviou a pessoa que fala. Jesus veio, se esforçou em mostrar aos judeus que Ele era o enviado de Deus, primeiramente para beneficiar o povo de Deus e mudar aquela situação, porém o povo não cria Nele. No capítulo 5, Ele mostra que há uma forma de reconhecer quem realmente é enviado de Deus. Em Dt 18, quando Deus, por meio de Moisés, profetizou para o povo que suscitaria um profeta, semelhante a Moisés, estava se referindo a Cristo. Jesus estava tentando mostrar isso aos judeus. Se o povo cresse seria salvo, mudaria completamente suas vidas! Quem sabe o povo de Israel não estaria sofrendo tanto com a guerra de hoje…
- Como se prova quem é o enviado de Deus? Jesus disse que por Ele mesmo, não poderia testificar que era o enviado de Deus. Se esse princípio funcionasse muitos falsos profetas poderiam aparecer se autoproclamando. Na verdade, outro deveria dar testemunho do profeta. João deu testemunho, de que viu o Espírito Santo como pomba descendo sobre Jesus. Mas, não era esse testemunho ao qual Jesus se referia, mas aquele de Dt 18, o testemunho eram as obras que o Pai o confiou. As obras realizadas provam, confirmam, testemunham de que Jesus era o enviado de Deus. Jesus se referia ao próprio Deus. Se Deus confirma uma palavra falada com sinais, milagres e prodígios, essa palavra vem de Deus. E ainda se repetidas vezes acontece a mesma coisa está mais do que comprovado. Assim, se não cremos no enviado de Deus, essa palavra não tem eficácia para conosco.
- Então vem a multiplicação dos pães. Nessa passagem o Senhor nos revelou que Ele deseja usar os “meninos” pela sua simplicidade. Os discípulos devem ter procurado aquele que teria algo para alimentar a multidão. O menino se manifestou. Os adultos devem ter pensado: “o que tenho aqui é tão pouco, se eu apresentar não dará para todos e vou ficar sem comer”. Mas o rapaz, de forma simples, apresentou o que tinha. Tal atitude proporcionou a oportunidade de Jesus fazer a multiplicação dos pães e peixes.
- No ano de 2020, o Senhor nos deu a revelação de Salmos 110:3. No momento do início da aurora, além do povo se apresentar generosamente, Deus prometeu dar um exército de jovens santos, para Cristo reinar. Esses jovens amam a palavra. Apesar da pouca compreensão da Bíblia, a palavra mudou suas vidas, deu esperança a eles!
- Contudo, somente pelo rapaz, não teria acontecido toda a multiplicação dos pães. Deus precisou usar também Seus discípulos. Eles cooperaram com o Senhor. Temos aqui um cenário em que Deus quer usar a todos nós. É para isso que o Senhor chamou jovens adultos: ajudar os “meninos”. Com essa ajuda eles podem ser transformados e o bom testemunho é expresso para seus amigos e familiares. Pela simplicidade, eles convidam pessoas para a reunião da igreja, e nessa hora a igreja precisa abraçar cada convidado. Não devemos assistir de braços cruzados tudo que está acontecendo, toda a igreja precisa funcionar. A multiplicação dos pães pode trazer a multiplicação das pessoas nas igrejas.
Jo 6:14
- Quando a multidão comeu e se fartou do pão físico, vendo o sinal que Jesus havia feito o reconheceram como profeta. Mas nós devemos trabalhar pelo pão que não perece, aquele que vale para a vida eterna. Em seguida, Jesus não subiu no barco com os discípulos, que iam para o outro lado da margem. Aqui temos a representação da igreja como barco sobre o mar, que representa este mundo controlado por Satanás, que o domina, ali estão os demônios; e os ventos estão no lugar dos principados e potestades. Há todo um exército do mal contra o avanço da igreja.
- O Senhor quer nos dar uma nova visão, se permanecermos na esfera religiosa não incomodamos o inimigo de Deus, pois não saímos do lugar. Quando obedecemos a palavra do Senhor, a igreja como barco começa a avançar, então as forças do mal começam a nos perturbar. Nós precisamos de Jesus no barco. Quando Jesus está conosco não tememos qualquer oposição e perseguição, o barco não vai afundar.
Jo 6:26-32
- O povo estava acostumado na mesmice da religião, buscando apenas pão material, cura e prosperidade financeira, as necessidades primarias do homem. Jesus quer nos dar mais do que isso. A palavra nos dará uma nova vida. Não mais a vida mofada da velha religião, mas a comida que não perece e o espírito que nos guia nos dá alegria. O homem, na religião, está sempre preocupado em querer realizar a obra de Deus com campanhas de evangelização, fazendo mil coisas “para Deus”. Por outro lado, Deus quer apenas que reconheçamos Seu enviado e ouçamos sua palavra. A palavra de Deus fará a obra. Não precisamos planejar. O vento sopra onde quer! Basta crer no enviado de Deus!
- Os principais dos judeus, acostumados com seu privilégio e projeto de poder, não aceitaram o Senhor e ainda desafiaram a Jesus a fazer outros milagres. Eles insistiam que, se Jesus fizesse novamente o milagre de trazer pão físico de graça, eles creriam. O homem só pensa na necessidade física, mas Deus quer suprir nossa necessidade espiritual, para que façamos Sua vontade. A provisão material será apenas bônus e acréscimo, se em primeiro lugar buscarmos o reino de Deus e Sua justiça!
Jo 6:33, 38-40, 44-45; Is 54:2-3, 13; Dt 6:6-7
- Jesus estava preocupado em dar vida ao homem. O enviado de Deus não está preocupado em ganhar popularidade ou fama. Não está preocupado em ser exaltado pelos homens. Ele só está querendo fazer a vontade daquele que O enviou.
- Todos aqueles que o Pai entregou para Jesus não serão perdidos. Em primeiro lugar, o homem que Deus Pai entregou a Jesus, é aquele que vem ao Filho, crê Nele e ganha vida eterna. Ninguém vai até Jesus, se o Pai não o levar. Se hoje estamos nas mãos de Jesus, é porque Deus nos trouxe. Tudo depende da vontade do Pai.
- O que quer dizer que todos serão ensinados por Deus? De acordo com Isaias 54, esses ensinados serão os filhos. Hoje, quem está dando exemplo de aprender do Senhor? Nossos adolescentes! O Senhor os está ensinando. A palavra é dispensada e eles levam a sério, porque creem nela. Essa palavra vinda de Deus deve estar em nosso coração. De nossa parte, temos a obrigação de inculcar a palavra em nossos filhos, gravá-la em seu coração. Deus tem uma grande esperança nessa geração jovem. Eles não se sentam na primeira fileira, porque querem ser irmãos responsáveis, eles amam a palavra e querem o Senhor. Essa é a bênção deles. Joguemos fora a ambição, disputa e concorrência em querer ser o maior. Vamos seguir ao Senhor com simplicidade, aprendendo de Deus e inculcando a palavra em nosso coração.
Jo 6:51-57, 60-61
- Jesus não só estava mexendo com a estrutura religiosa, mas também estava exagerando em Suas palavras propositalmente, a fim de levar os ouvintes a uma esfera superior. Se queremos realmente fazer a obra, agradar a Deus, viver por Jesus e da forma como Ele viveu pelo Pai, só há um caminho: nos alimentar do Senhor. Como fazer isso? Comendo da palavra! O Senhor quer nos tirar do ambiente da estrutura religiosa e nos dar um caminho novo. Vamos inculcar a palavra, fazer imersão, assim sendo alimentados, espontaneamente viveremos por ela!
- Se hoje estamos desfrutando dos bens materiais e com saúde, é por causa da comida que comemos. Espiritualmente é a mesma coisa. Não viveremos por Jesus meramente por uma estrutura religiosa, mas comendo Dele! Se comemos de Jesus, por Ele vivemos! E como comer de Jesus? Em Jo 6:57, Ele não havia explicado ainda. Os discípulos que não perseveraram para ouvir a explicação de Jesus se escandalizaram, não entenderam que Jesus veio tirar a todos da esfera da estrutura religiosa, para dar um novo caminho. Hoje acontece da mesma forma, a palavra profética está escandalizando várias pessoas, pois está trazendo coisas novas, as quais temos que valorizar. Tudo veio pela palavra.
Jo 6:63-68
- Jesus começa a explicar Suas duras palavras. Não é comer da carne física, mas da palavra que sai da boca Dele! Ao fazermos isso ganhamos vida, Espírito! Esse Espírito circula entre os membros do Corpo de Cristo, nos dando realidade desse Corpo. De braços abertos recebemos a palavra profética, que é Espírito. Ela circula entre nós e nos faz um. Nossa unidade e comunhão vem pela palavra, se a tiramos não há unidade, não há nada que circule entre nós e dê uma única direção.
- A realidade do Corpo é que somos membros uns dos outros. No Corpo há membros que são mãos, pernas, pés, órgãos internos, cada um é importante e deve funcionar como tal. Quando entendermos e vivermos essa realidade, vamos ver que cada um deve ser fiel ao seu funcionamento! Dessa forma, ninguém terá inveja de ninguém.
- Os que não creem, não quer dizer que são descrentes. Muitos ali no v.60 eram Seus discípulos, mas o abandonaram. Esses que não creem, então, são os que não conseguiam mais crer na palavra profética. Temos que crer na palavra até o final de nossa vida. No momento que paramos de crer e seguir, nos tornamos como aqueles que traíram o Senhor. Nós devemos ter a mesma resposta de Pedro nos dias de hoje: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”. Quem reconhece que as palavras que o Senhor está nos dando são as palavras de vida eterna e que não tem para onde ir sem ela, será também levado para a vida eterna.
Jo 6:70-71; Jo 17:6-9, 12-24
- Dos doze que o Pai entregou a Jesus, Ele guardaria apenas onze, pois um seria o traidor. Ninguém entendeu isso. Os que o Pai entregou a Jesus, que Ele não perderia, não dizia respeito à diferença entre salvos e não-salvos, mas sim sobre crer e guardar a palavra. São pessoas que reconhecem que tudo que foi dado a Jesus vinha do Pai. Todas as realizações vinham do Pai.
- O mundo nos odeia, pois não somos do mundo, como Jesus também não era. Hoje vamos para as ruas pregar o evangelho, porque Jesus nos enviou ao mundo. Se permanecermos fiéis traremos o Senhor de volta.