Mens. 26: O homem natural não aceita as coisas de Deus

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos, diretamente do Auditório da Igreja em São Paulo – SP, em 14/01/2024. Texto não revisado pelo autor.

 

 

Pv 8:22-25, 29-31; Lv 23

  1. No capítulo 23 de Levítico temos um esboço geral das festas anuais. Eram elas: Festa da Páscoa, Festa dos Pães Asmos, Festa das Primícias, Festa de Pentecostes, Festa das Trombetas, Festa da Expiação e Festa dos Tabernáculos. Por meio das festas, podemos entender que nosso Deus é um Deus de festas, um Deus que vive em um ambiente alegre e de plena felicidade. Provérbios 8 mostra que, antes da criação do homem, Deus não vivia de uma forma solitária, sozinho e infeliz. Pelo contrário, o Pai e o Filho viviam de forma muito alegre. Na versão King James Atualizada, vemos que o Filho era o prazer do Pai, e vivia folgando perante Ele todo o tempo e o Pai era a Sua alegria. No versículo 31 vemos que Deus introduziu um novo elemento na festa: o homem. Ele quer convidar o homem para essa festa. Portanto, Deus nos criou porque quer nos introduzir, depois da dispensação da plenitude dos tempos, nas festas divinas. Ele quer que vivamos nessa felicidade total com Deus por toda a eternidade. Esse é o sentido das festas.
  1. Sem a vinda de Cristo e sem a realização de Sua obra, as sete festas de Israel não fariam sentido. A primeira festa é a Festa da Páscoa, que significa que Cristo é o Cordeiro Pascal que morreu por nós para realizar nossa eterna redenção. Ele nos resgatou do mundo para Deus. Na história do povo de Israel, o anjo exterminador foi de casa em casa no Egito matando os primogênitos. Mas através do sangue de cordeiro passado nos umbrais e nas vergas das portas, o anjo exterminador não matou os primogênitos do povo de Israel. Alguém morreu no lugar dos primogênitos de Israel. Além disso, o povo de Israel comeu a carne do cordeiro para ter força para viajar e peregrinar pelo deserto.

1 Co 5:8

  1. No dia seguinte à Páscoa, começaria a Festa dos Pães Asmos, que tipifica Cristo, como o Pão Asmo sem fermento. Na Páscoa, nós fomos batizados como membros do Corpo de Cristo para iniciarmos uma nova vida. Depois que Cristo morreu por nós, nos redimiu e nos resgatou do mundo, vivemos para Deus uma vida sem o fermento da maldade e da malícia. Nossa vida cristã, a partir de então, é uma vida de asmos de sinceridade e de pureza. Passamos a viver uma vida de sinceridade e pureza diante de Deus.
  1. A Festa das Primícias, por sua vez, é no domingo da Páscoa. Cristo morreu por nós como o Cordeiro Pascal mas, na madrugada do domingo, primeiro dia da semana, Ele ressuscitou, tornando-se a Primícia, sendo apresentado a Deus Pai. Por isso o sacerdote tomava as primícias do rebanho e fazia a oferta movida. Algo morto não se move, e por isso a oferta movida significa que Cristo ressuscitou.

At 2:1-4

  1. Já a Festa do Pentecostes ocorre cinquenta dias após a Festa das Primícias. Por isso o nome Pentecostes. Em Atos 2 Deus cumpriu a promessa do Pai e, no dia de Pentecostes, o Espírito foi derramado sobre os 120 galileus que creram no Senhor Jesus. O Espírito batizou cada um deles como membro do Corpo de Cristo, e a igreja foi gerada. Quando cremos em Cristo não fomos arrolados a uma religião, mas fomos arrolados para sermos membros vivos do Corpo de Cristo. Como tal devemos funcionar, executar nossa função para juntos edificarmos o Corpo de Cristo.

Ef 1:20-22; Mt 28:18-20

  1. Nosso Senhor Jesus Cristo foi ressuscitado pelo Pai e foi elevado aos céus, estando assentado à direita do Pai. Ele está acima de todo principado, potestade, poder e domínio, e Ele entregou Sua autoridade para a igreja que foi gerada. Nós recebemos essa autoridade para pregar o evangelho do reino, fazendo discípulos de todas as nações. Pregamos o evangelho para que muitos sejam salvos e se tornem discípulos, sendo, portanto, governados por Cristo.
  1. O evangelho do reino diz respeito ao governo de Cristo. Cristo precisa governar a vida de todos os membros do Corpo de Cristo. Esse é o evangelho que nós pregamos. Nós podemos pregar esse evangelho porque recebemos essa autoridade após a morte e ressurreição de Cristo. Por um lado, Cristo está à destra de Deus, mas por outro, Ele prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século. Enquanto nós pregamos o evangelho e exercemos Sua autoridade para fazer discípulos de todas as nações, Ele está conosco! Sua presença está aqui, pela Sua Palavra! 
  1. Depois da Festa do Pentecostes inicia-se a era da igreja. Nessa era, interrompe-se a história de Israel. Hoje, a história da igreja dura aproximadamente 2 mil anos e a história de Israel segue interrompida. O povo de Israel, hoje, está disperso. Estamos no final dessa era, mas o Senhor ainda não viu a concretização de tudo o que a igreja tem que fazer. Por isso fomos convocados a cooperar com o Senhor, pregando o evangelho, edificando a igreja e trazendo o reino de Deus para a terra. Quando completarmos a vontade de Deus, Cristo virá.
  1. Quando Cristo voltar, Ele primeiro vai reunir todos os filhos de Israel que estão dispersos nos quatro cantos da terra. Será iniciada a regeneração ou restauração do povo de Israel. Os remanescentes vão conhecer o Senhor e vão prantear pelo tempo que rejeitaram o Senhor Jesus. Eles invocarão o nome do Senhor e serão salvos. Assim, será terminada esta era. A Festa das Trombetas simboliza exatamente esse momento da volta de Cristo. As trombetas tocarão para convocar o povo de Israel para se ajuntar no mesmo lugar. O Dia da Expiação é o arrependimento. Eles se arrependerão e os remanescentes serão salvos.

Ap 20:6

  1. Por fim, a Festa dos Tabernáculos é a última festa. Tudo está feito e será apresentado como colheita para Deus. A Festa dos Tabernáculos representa o milênio. Os vencedores, os que cooperarem com o Senhor hoje, reinarão com Cristo durante mil anos.

Ap 4:10-11; Jo 1:10-11

  1. As sete festas só fazem sentido com a vinda de Cristo e a obra que realizou. Do contrário, não há nenhuma realidade. Jesus veio à terra para realizar as obras que faltavam realizar, dar sentido à vida humana e dar sentido à existência da criação. Todas as coisas existem para fazer a vontade do Pai, e se você excluir e rejeitar Cristo, nada mais faz sentido. Toda a criação fica sem sentido. Por isso o mundo deveria receber bem Cristo. Contudo, quando Ele veio, o mundo não o recebeu.

Hb 11:3; Jo 1:1-4, 10-11, 14

  1. Cristo veio como a Palavra porque Deus faz a obra pela Palavra. O poder de Deus está na Palavra, e a Palavra é o Filho. Essa Palavra que criou todas as coisas quer continuar fazendo a obra, dando sentido à vida humana. O mundo foi feito por essa Palavra, e ela veio ao mundo, ela estava no mundo, mas o mundo não a conheceu. Os homens deveriam recebê-La de braços abertos, mas o homem A rejeitou, porque o homem natural não aceita as coisas de Deus; ele não consegue entendê-las.
  1. Até o capítulo 6 do Evangelho de João, vemos que os líderes judeus não entenderam por que Jesus estava ali. Eles O viam como um rival, que estava ganhando a atenção do povo, e temiam perder seu poder. Por isso começaram a procurar uma falha em Jesus. Então, quando, no sábado, Jesus curou o paralítico que jazia no leito há 38 anos, no tanque de Betesda, cuja religião não foi capaz de curar, os líderes judeus acreditaram haver encontrado uma falha em Jesus. Eles não se preocuparam com o paralítico curado, mas com o fato de haver Jesus feito obra (cura) no sábado. Eles também condenavam Jesus por dizer-Se Filho de Deus, igualando-se, então, a Deus. Por esses motivos, eles passaram a procurar matar Jesus.
  1. O homem natural não entende as coisas de Deus. No capítulo 6 de João vemos um segundo grupo de pessoas, que queriam seguir Jesus, mas eram interesseiros. O homem, depois da queda, é egoísta, só pensa em si. Devido ao milagre da multiplicação de pães e peixes, eles queriam seguir Jesus para ter pão. Mas, como Jesus não veio para isso, eles ficaram frustrados.

Jo 6:53-63

  1. Havia, ainda, um terceiro grupo de pessoas que realmente buscava o Senhor, amavam o Senhor: os Seus discípulos. Mas quando Jesus começou a falar uma Palavra mais complicada, falando sobre comer Sua carne, beber Seu sangue e alimentar-se Dele, esses discípulos murmuraram, dizendo “duro é este discurso, quem o pode ouvir?”. Eles não conseguiram receber as Palavras de Jesus porque os conceitos humanos limitavam o entendimento deles. Então, é como se Jesus dissesse: “Se vocês não creem nas Minhas Palavras, como será quando Me virem voltando para o céu? Eu vim de lá e terei que subir”. Na verdade, Jesus não queria que o povo literalmente comesse sua carne, não queria fazê-los canibais; Jesus queria que comessem do Espírito, pois o Espírito é o que dá vida, a carne para nada aproveita. 
  1. Comer a carne de Jesus e beber o Seu sangue são figuras de linguagem para que comamos do Espírito, porque o Espírito é o que dá vida. Porém, como comer do Espírito, se o Espírito é abstrato? Jesus, então, prossegue: “As Palavras que Eu vos tenho dito são Espírito e são vida”. Comemos do Espírito através da Palavra. Por isso a Palavra é tão importante na vida da igreja! Foi a Palavra que formou esse universo, e a Palavra é que vai fazer a obra de Deus! A Palavra é que vai nos dar vida e nos governar. A Palavra é que nos dará direção e nos alimentará.

Jo 6:64

  1. Em João 6:64 Jesus estava falando com Seus discípulos que, nos dias de hoje, seriam as pessoas que já creram. Portanto, o termo “descrentes” não se trata de incrédulos, mas sim daqueles que já não conseguiam mais acompanhar as palavras de Jesus, não conseguiam mais receber e crer nelas.
  1. Os filtros da mente humana tendem a filtrar as palavras de Deus. Quando duvidamos, perdemos a revelação. A revelação é que Jesus não estava falando da carne, mas do Espírito. E o que é o Espírito? O Espírito é a Palavra. Portanto, se você crer, você vai entender. Se, porém, você não crer, você vai rejeitar. Pior ainda são discípulos descrentes que seguem com Jesus e se tornam traidores.

Jo 6:65-68

  1. Hoje estamos na igreja em Filadélfia e quem permanecer até o final são esses que o Pai entregou para o Filho, e o Filho vai dizer: “Não perdi nenhum!”. Você quer fazer parte disso? Muitos, então, que não entendiam, O abandonaram. Sobraram somente os doze apóstolos, e o Senhor lhes perguntou se eles O abandonariam também. Mas Simão Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”. As palavras do Senhor fazem a obra, são as palavras da vida eterna. A vida eterna nos introduz em outra dimensão: a dimensão da eternidade. Não fiquemos somente na dimensão visível, pois é muito limitada. Não sejamos esses que vivem na dimensão limitada de tempo e espaço, vivendo só pelo que veem! Precisamos ser levados para a vida eterna, onde Deus vive! Não sejamos limitados pela nossa lógica, nosso raciocínio, só crendo no que vemos.

2 Co 4:18; 1 Co 2:14-16

  1. Nós, homens limitados, só cremos naquilo que vemos. Somos limitados porque as coisas que se veem são temporais, mas as coisas que não se veem são eternas. Miserável do homem que vive só pelo que se vê. O homem natural, o homem caído vive dessa maneira e não aceita as coisas de Deus. Para o homem natural, as coisas do Espírito de Deus são loucura. Precisamos ir para o espírito para ter discernimento. Não fiquemos limitados à mente natural, mas estejamos abertos para que o Espírito nos leve.

Jo 7:1; 1:11; 5:18

  1. É tolice querer matar Alguém que veio salvar o mundo, trazer sentido a esse mundo, nos dar a vida eterna. Mas os líderes judeus, que deveriam liderar a aceitação de Jesus pelo povo, foram os primeiros a reagirem contra Ele. Os líderes judeus não somente faziam oposição, mas procuravam matá-Lo, principalmente desde o caso do paralítico de Betesda. Com a mente natural, eles não conseguiam entender o que Jesus falava. Então, devido a essa tentativa de matá-Lo na região da Judeia, Jesus ficou na Galileia.

Jo 7:2-5

  1. O conceito natural dos irmãos de Jesus era de que o ele saísse da Galileia e fosse para a Judeia, pois era um lugar de melhor visibilidade para que se tornasse conhecido do público. Eles queriam que Ele usasse todos os artifícios para divulgar Seus feitos e ganhar notoriedade. Nem os próprios irmãos de Jesus criam Nele. Da mesma forma, o homem natural se julga muito capaz de fazer obras para Deus, não conhecendo que a obra de Deus é realizada pela Sua palavra, falada por meio do Seu enviado. Não é com artifícios para buscar notoriedade e fama por meios humanos, mas a obra de Deus se realiza pela Palavra de Deus falada pelo Seu enviado. Não é pelo método natural.

Jo 7:6-7

  1. As obras do mundo são más porque o mundo faz as coisas pela vida natural, e não segundo a Palavra de Deus, não estando sujeito à vontade de Deus. Uma obra má não é necessariamente uma obra pecaminosa. Na verdade, toda vez que não seguimos a direção do Espírito, a obra é . Nicodemos era um homem no topo da esfera natural, sendo mestre, culto, conhecia as Escrituras, era experiente, ajudava muitas pessoas, etc. Porém, ele ainda assim procurou Jesus, que tinha muito menos idade, reconhecendo que não conseguia fazer o que Jesus fazia e, portanto, Jesus só poderia ter vindo da parte de Deus. Jesus, então, lhe disse que ele precisava romper a barreira do homem natural, de viver no mundo lógico e racional.
  1. Infelizmente, nesses vinte séculos de história da igreja, a grande maioria dos cristãos ainda servia a Deus nessa esfera humana, terrena. Muitos líderes se esforçaram, buscaram conhecimento, experiências e tentaram fazer a vontade de Deus nessa esfera. Por isso a vontade de Deus ainda não está feita, a igreja não está edificada. Por isso Deus precisa de alguns que não estejam limitados por esse mundo lógico. Precisamos romper essa barreira do homem natural. Essa é a importância do nascer de novo, nascer do alto. Precisamos ir para o alto, para o céu, sair do que é visível, entrar no universo invisível, no universo da eternidade, onde Deus está. Para entrar no universo celestial é preciso nascer de novo.

Jo 3:5-8

  1. Nicodemos, novamente, pensou pela lógica natural: como posso nascer de novo, voltar ao ventre materno? Jesus, então, respondeu: o que é nascido da carne vai continuar sendo carne, mas o que é nascido do Espírito, é espírito. Por isso precisamos nascer do Espírito, rompendo a barreira do homem natural. Precisamos nascer do reino de Deus, onde não existe mais essa barreira. Precisamos ir para a eternidade! O homem natural é lógico, mas para servir a Deus, não podemos depender do mundo lógico. Precisamos depender do Espírito, que quer fazer obras muito superiores ao que o homem pode fazer. Entendamos que só Deus pode fazer a obra de Deus -> milagres, coisas sobrenaturais, prodígios e sinais. Se continuarmos usando a lógica natural, não conseguiremos fazer a obra de Deus. Deus precisa de homens que cooperem com Ele, dando liberdade para o Espírito fazer a obra.
  1. No homem natural o Espírito não tem liberdade, e é por isso que alguns abandonam o Senhor. Mas o Espírito sopra onde quer. Não se sabe de onde vem, nem para onde vai. Se você sabe de onde vem e para onde vai, você ainda está na esfera da lógica, da física clássica. Mas o Espírito não segue a física clássica; o Espírito segue Deus! Por isso a Palavra Profética não segue a lógica humana; a Palavra Profética segue o Espírito e faz coisas sobrenaturais. Essa mensagem é para tirar você do mundo lógico: siga o Espírito! Quem segue Jesus descobre que as obras do mundo são más, porque não realizam a vontade de Deus. Não é só questão de serem pecaminosas.
  1. O mundo odeia Jesus porque o caminho do Espírito expõe o mundo. O mundo não odeia um cristão “bonzinho natural”, fazendo as coisas de acordo com o mundo natural. Mas quando você faz as coisas segundo o Espírito, o mundo odeia você, porque você realiza a vontade de Deus. Não agrade o mundo; vamos seguir o Espírito! O que a igreja está fazendo faz o mundo nos odiar. Satanás sabe que seu fim está próximo, por isso levanta situações para colocar dúvidas na nossa mente, para duvidarmos da lógica espiritual. Sejamos pessoas espirituais, que distinguem as obras do mundo das obras do Espírito.

Jo 3:16-19

  1. Deus quer nos dar a vida eterna. Essa vida eterna nos dá capacidade de viver na esfera da eternidade e não ficar no mundo lógico. A Palavra de Deus traz luz, e alguns não conseguem seguir a luz, pois lhes parece loucura. Quando veem a luz, fogem. Essa Palavra que o Senhor está revelando para nós não é do homem, mas é de Deus. Por isso, não crer nessa Palavra é algo muito grave. Essa Palavra veio salvar o mundo. Para Deus é muito grave não crer em Seu Filho enviado para salvar o mundo.

Jo 15:17-24

  1. Os irmãos de carne de Jesus estavam na lógica natural, por isso o mundo não os odiava. Mas o mundo odiava a Jesus. O mundo odeia quem não é do mundo. O mundo odeia o enviado de Deus. É inegável o que o Espírito está fazendo entre nós. Negar isso é negar o próprio Deus que está fazendo essas obras.

Jo 7:6-9

  1. O mundo natural é governado pela sua própria lógica. Isso determinaria que Jesus descesse a Jerusalém para ter mais notoriedade. Mas Jesus não era governado pela lógica, e sim por Deus. Seu tempo ainda não tinha chegado porque Deus não tinha ordenado. Quando o tempo se cumpriu, Jesus foi. Semelhantemente, nosso tempo não é nosso, mas é de Jesus, é de Deus! Somos governados por Deus, e por isso precisamos deixar que Deus determine nosso tempo! O tempo de todo aquele que é nascido pelo Espírito não é decidido pelo homem, mas por Deus!

Jo 7:10-18

  1. O trecho de João 7, versículos 10 a 18, mostra a vaidade do homem natural, na esfera lógica, discutindo se Ele é bom, se é enganador etc. Mas estamos em outra esfera, e conhecemos o que Deus quer através da realidade espiritual. Jesus não falava por si. Atualmente, a Palavra Profética também não é a palavra de homens. Homem nenhum tem a capacidade de falar essa Palavra. Muitos que falam e querem seguidores, plateia, procura sua própria glória. Quem é verdadeiro procura a glória de quem o enviou. Se a palavra não vem de Deus, ela não funciona. E qual a prova de que a Palavra vem de Deus? É a confirmação de Deus. Deus confirma por sinais, prodígios e milagres. Podemos discernir se a Palavra vem de homens ou de Deus através da confirmação da Palavra por meio de obras.

Jo 7:19-24

  1. Jesus expôs as obras naturais, mostrando que mentiam, dizendo que não procuravam matá- Lo, e que, embora julgassem Jesus por haver curado no sábado, alegando ser proibido fazer qualquer obra nesse dia, também eles mesmos violavam essa lei, pois circuncidavam aos sábados. Eles julgavam pela aparência, mas sem realidade. Julgar pela aparência é julgar pelo mundo lógico, pelo mundo racional. Embora a lei venha de Deus, o homem, pelo seu conceito, cria sua própria lei e faz dela uma religião própria, sendo injusto, condenando uns e não outros. Não devemos andar pela aparência. Andar pela aparência é andar pelo que vê. Deus não vê a aparência, mas a realidade do coração. 

Dt 18:18-19; Jo 6:29; 14:10

  1. O enviado de Deus não tem liberdade de falar suas próprias palavras. A Palavra Profética é de Deus. Se não aceitamos que a Palavra Profética vem de Deus, não estamos aceitando o próprio Deus. Jesus, que é o próprio Verbo, quando esteve na terra não falou Suas próprias palavras, mas o Pai que permanecia Nele é Quem falava. E o Pai que estava Nele era quem realizava as obras de Deus. O Senhor quer que a igreja restaure esse caminho, e só assim vamos trazer o Senhor de volta. Por isso o inimigo quer confundir nossa cabeça com ataques, perseguições e mentiras. Mas é a Palavra de Deus que faz a obra de Deus! Por isso não devemos andar pelas coisas que se veem, mas pelas que se não veem.

Jo 7:25-34; 14:3, 6, 10-11

  1. Jesus não veio de vontade própria, Ele veio em obediência ao Pai. Assim é o homem enviado por Deus: não tem vontade própria, mas deve fazer o que o Pai quer. No versículo 34 de João 7 Jesus lança um enigma: “onde Eu estou, vós não podeis vir”. Ora, onde Jesus estava? Aparentemente Jesus estava ali com eles. Mas em João 14:6, vemos que Jesus estava no Pai a todo tempo. Ele precisava fazer a obra da morte e ressurreição, abrindo caminho para que os que creem também pudessem estar no Pai. Jesus já estava no Pai, e Sua morte e ressurreição nos introduziu no Pai. 

2 Co 5:1-4; Jo 1:51

  1. A criação do homem foi feita pelo sopro do fôlego de vida de Deus no corpo de barro. Esse sopro de Deus se tornou o espírito do homem. Nosso espírito não foi criado do mundo terreno, mas do mundo eterno. Como consequência, o homem se tornou alma vivente. Portanto, nossa alma também é eterna. Já o corpo foi dado para que vivamos na terra.
  1. Logo, temos um espírito e uma alma que não pertencem a este mundo limitado, mas estamos limitados dentro do corpo. Isso nos limita, e achamos que o mundo é esse no qual nosso corpo cresceu. Mas nós viemos do Eterno! O Deus Eterno nos criou! Esse corpo é uma habitação temporária, é a nossa casa terrestre e vai se desfazer um dia. Mas temos dentro de nós algo eterno, de outra dimensão! O mundo não é só o que vemos!
  1. No novo nascimento nascemos do alto, temos Cristo morando em nós, o Espírito de Deus morando em nós, que é eterno. Ele é a escada que fez a ligação das coisas terrenas com as coisas celestiais! Não precisamos nos limitar vivendo pelas coisas aqui da terra. Subamos pela escada para aprendermos a viver no espírito! Quando essa casa temporária morrer, seremos revestidos por uma casa eterna. A maioria dos homens já morreu, esperando a ressurreição quando Cristo voltar. Mas o melhor ainda é que, antes desse corpo morrer, Cristo venha, sejamos transfigurados, e então o mortal será absorvido pela vida!

2 Co 5:7; Hb 11:1, 3

  1. Andar por fé é andar pela Palavra! Deus fala, eu ando, obedecendo, inculcando a Palavra, fazendo imersão, deixando, assim, a Palavra me dar direção. Isso é andar por fé. A fé nos leva para outra esfera. A realidade está nas coisas que não se veem, porque o visível veio das coisas invisíveis. Deus está nas coisas invisíveis e criou as coisas visíveis. Por conta desse corpo, nós nascemos e crescemos pelo visível, não sabendo que por detrás está o invisível. Por isso ainda vivemos pela lógica, e até servimos o Senhor pela lógica. Vamos viver como aquele que é nascido do Espírito. Por isso vivemos por fé e não pelo que vemos!

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *