Mens. 8 – O retorno à igreja da era dos apóstolos

Palavra ministrada pelo ir. Pedro Dong, e transmitida pelo Instituto Vida para Todos, direto de Salvador-BA, em 23/06/2024. Texto não revisado pelo autor.

Encorajamos você a assistir à mensagem completa no canal do IVPT no Youtube.

 

 

 

Ap 3:7; 1 Pe 2:9, Pv 29:18; Rm 3:10, 22-24; 5:12, 14, 19; 1Pe 1:16

  1. A primeira parte de Apocalipse 3:7 menciona o Deus único, santo e verdadeiro. O apóstolo Pedro diz que somos raça eleita, sacerdócio real e nação santa (1 Pe 2:9). É para essa situação que Deus quer que a igreja volte, pois Ele a havia projetado para ela.
  1. O inimigo de Deus percebeu essa condição original, de a obra de Deus ser realizada pela palavra que opera na igreja, quando dispensada por Seu canal. Satanás atacou a fonte da palavra, distraindo cristãos para não a seguir. Desse modo, a degradação entrou na igreja, já no final do primeiro século, perdurando por mais 19 séculos da história da igreja.
  1. O primeiro tiro de Satanás para barrar a obra de Deus: atacar a palavra dos apóstolos. Isso fez o povo de Deus ficar sem direção, quando a palavra do governo divino deixou de ser falada. Quem não aceita a revelação do Senhor é nação sem ordem, mas é feliz quem obedece a tal revelação (Pv 29:18). Os irmãos da vida da igreja têm vivido a felicidade de receber a revelação e a luz da Palavra de Deus, e a oportunidade de praticá-la.
  1. O segundo tiro de Satanás: introduzir do clericalismo (hierarquia) na igreja, com a obra dos nicolaítas – grupo de especialistas nos assuntos do serviço a Deus (clérigos) que se julgavam superiores aos demais (leigos), os quais não sabiam de nada com relação a Palavra de Deus. Isso destruiu a função dos membros do Corpo de Cristo.
  1. O terceiro tiro de Satanás: a doutrina de Balaão – assalariar os clérigos, que ficavam sujeitos a quem os contratava para falar por conveniência. Isso ocorreu em função da falta de habilidade do homem de lidar com o dinheiro. Satanás usa isso para dominar o homem, por causa da necessidade de sustento. Avareza é idolatria, pela adoração ao deus das riquezas (Mamom). Devemos libertar-nos disso para sair da degradação.
  1. Pela desobediência de um só homem (Adão), perdemos o contato com o Deus santo. Deixamos de ser justos e nos tornamos pecadores. O homem se desligou do único Deus santo e verdadeiro, e a morte passou a governá-lo por meio do pecado (Rm 5:12, 14, 19).
  1. Não tínhamos caminho para voltar ao Deus santo e verdadeiro, uma vez encerrados em pecados, e carecíamos da justiça divina (Rm 3:22-23). Estávamos fadados à condenação eterna: a morte eterna. Mas Deus nos amou e enviou o Seu Filho Jesus Cristo, que nos justificou gratuitamente pela Sua graça, concedendo-nos a redenção (Rm 3:24).
  1. Resolvido o problema da justiça, era necessário resolver o da santidade, porque Deus é santo (1 Pe 1:16). O espírito humano recebeu a vida e a natureza de Deus, sendo então justificado. Mas a alma ainda precisa ser santificada.
  1. Jesus derramou Seu sangue precioso na cruz em nosso lugar, tornando-nos justos diante de Deus. A nossa justificação não ocorre mediante as obras que realizamos. A igreja em Tiatira, que aderiu aos ensinos da profetisa Jezabel, deliberou que o homem só seria justificado se cumprisse regras e penitências. Isso resultou em muitas deformações, como a prática de indulgências papais (o perdão e a salvação de erros graves) concedidas pela igreja mediante pagamento.
  1. A igreja em Sardes buscou resgatar a igreja dos ensinamentos errados e perversos de Tiatira, declarando que a justificação não se dá mediante as obras da lei, mas por meio da justificação pela fé em Cristo Jesus. Essa foi luta da Reforma Protestante.
  1. Após a justificação pela fé, a santificação é o passo a ser dado por quem creu em Jesus. Por um lado, nosso espírito foi santificado quando cremos em Jesus — a transferência do mundo para a casa de Deus (santificação posicional). Porém a alma (mente, vontade e emoção) precisa ser santificada, e isso ocorre ao longo da vida cristã em nosso viver de igreja. Pela Palavra, Deus santifica a nossa alma, que precisa de transformação (santificação disposicional).

Dt 6:1-9; Êx 19:4-8; Jo 8: 44; 14:6; 17:3, 17; 1Tm 3:15; 2 Tm 3:5; Ef 1:9-10; 22-23; 3:17-19; 5:18-19, 25-26; Cl 3:16

  1. A maneira de conhecer o único Deus verdadeiro e santo é a Palavra (Jo 17:3). Deus nos colocou na posição santa para recebermos a Sua Palavra que nos santifica mais e mais. Deus nos tirou do mundo e nos trouxe para a igreja para diligentemente ouvir a Sua voz e obedecer à Sua aliança (Êx 19:4-5), ou seja, colocá-la em prática. Recebemos da palavra de Deus como voz de comando para executá-la. Assim, tornamo-nos propriedade peculiar de Deus, distintos dos demais povos da terra (Êx 19:5).
  1. Ao obedecer a voz do Senhor e executar a Sua Palavra, tornamo-nos nação santa como Deus quer (Êx 19:6), ou seja, povo próximo a Ele, que com zelo ouve a Sua voz.
  1. De que maneira Deus nos torna Sua nação santa se ainda vivemos no mundo? Jesus não rogou ao Pai que nos tirasse do mundo, mas nos livrasse do mal e nos santificasse na verdade, pois não somos do mundo, não somos comuns (Jo 17:15-17). É no mundo que, como igreja, fazemos a vontade de Deus. Ele dispensa a Palavra ao homem, que a recebe e permite que ela o santifique. A santidade e a verdade de Deus estão correlacionadas na Sua Palavra.
  1. O objetivo de Cristo Se entregar pela igreja foi que a santificasse. O processo de santificação ocorre no interior da igreja, pela lavagem de água pela Palavra. No lugar santo que Deus colocou a igreja, ela é lavada pelo dispensar da palavra. Por um lado, os elementos santos de Deus são introduzidos em nosso interior, por outro, somos lavados dos elementos negativos: morte, pecado, impureza, rebeldia, ego, homem natural, inveja etc. (Ef 5:25-26).
  1. A palavra profética faz a vida circular no Corpo de Cristo, levando a natureza santa de Deus aos membros. Esse processo é análogo ao funcionamento da corrente sanguínea no corpo humano, que leva nutrientes e oxigênio para as células. A corrente sanguínea também remove delas o dióxido de carbono (CO2) e toxinas, tornando o seu funcionamento saudável.
  1. Em 19 séculos de degradação da igreja, Deus não conseguiu obter Sua igreja gloriosa. Mas chegamos a este momento, e vamos dar ao Senhor uma igreja sem mácula, ruga, porém santa e sem defeito, que aprecia e pratica a Sua palavra (Ef 5:26).
  1. Deus quer encher a igreja de Cristo por meio da Palavra, da vida e da natureza santas de Deus, da própria verdade e realidade (Ef 5:18-19; Cl 3:16). Ao falar a Palavra entre nós, fazendo-a circular, somos santificados. É por isso que temos praticado a imersão na Palavra, levando vida a todos os membros do Corpo de Cristo, edificando a igreja e eliminando o que não é útil para Deus.
  1. Desde o Antigo Testamento, Deus determinou a circulação de Sua vida no Seu povo, para ser abençoado com vida e possuir a boa terra por herança. Ele divulgou Seus estatutos e ordenanças de modo zeloso, para que o povo pudesse amá-Lo de todo o coração (Dt 6:1- 5). Como podemos fazer isso? Deuteronômio 6:6 nos dá o segredo: guardar a Palavra no coração, inculcá-la em nós e em nossos filhos, falar dela em todo os momentos da nossa vida e escrevê-la (Dt 6:6-9). Hoje isso se refere a dormir e acordar com Deus.
  1. A Palavra é a verdade que procede do Deus verdadeiro; desconectados dela, estamos conectados a nada, ao pai da mentira (Jo 8:44). Embora Deus tenha dado oportunidade a Lúcifer de se conectar a verdade no início, ele jamais se firmou nela.
  1. Nossa vida da alma ainda está cheia de mentira e falsidade. Ela pode nos enganar com fachada de espiritualidade, por julgarmos ter muito conhecimento bíblico. Isso é mentira, resultado de vazios dentro de nós, coisas do homem natural, tais como: inveja, egoísmo, avareza, amor ao mundo etc. Deus quer eliminar essas coisas de nós, a Sua igreja, enchendo- nos de Cristo (a verdade) e, consequentemente, expulsando todo o vazio, tudo o que nos ocupa e não é realidade.
  1. Durante os 19 séculos de degradação da igreja, Deus sempre quis que ela se tornasse genuína. Paulo enfatizou que a igreja do Deus vivo é coluna e base da verdade (1 Tm 3:15). A igreja é quem sustenta a verdade de Deus no universo. Se não estiver constituída da verdade, que ela sustentará: doutrina, teologia? Fujamos da aparência do reino dos céus, de ser cristãos de fachada! Busquemos entrar na realidade do reino dos céus! A igreja em Filadélfia precisa chegar nesse nível.
  1. Exemplo: daqui a um semestre, nas igrejas em Lauro de Freitas-BA e Salvador-BA, teremos adolescentes com consistência espiritual, pois têm participado da Casa de Adolescentes no último semestre. Têm praticado a imersão na palavra, tomando nota, ouvindo-a mais de uma vez, não de modo doutrinário. Sem perceber, têm permitido que a verdade seja depositada neles. Não desprezem a mocidade deles, pois há adolescentes em nosso meio que vivem essa realidade, que dedicam constante amor reverente à palavra.
  1. Precisamos fugir da mera aparência de espiritualidade, pela consistência que a imersão na palavra nos dá. Os adolescentes sabem qual é a vontade de Deus: quando lhes perguntamos sobre ela, prontamente nos respondem que é Cristo encabeçar todas as coisas, revelação registrada Efésios 1:9-10.
  1. O Pai é o único Deus verdadeiro e santo; ninguém chegará à Ele se não for por meio de Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida. A vida de Jesus é santa, pois nela está contida a natureza de Deus (Jo 14:6). Quando nos enchemos de Cristo, nos enchemos de vida e da própria verdade, a realidade, tendo caminho livre para chegar ao Pai santo e verdadeiro.
  1. A degradação afastou a igreja do Deus verdadeiro, enchendo-a de mentiras, falsidade e vaidades. A igreja em Sardes não foi capaz de completar o seu trabalho, e a igreja em Laodiceia só tem a aparência de piedade, mas sem poder (2 Tm 3:5). Precisamos do poder que há na Palavra de Deus.
  1. Permitamos que Cristo faça morada em nosso coração (consciência, mente, emoção e vontade), assim Deus lançará raízes de amor em nós, arraigando-nos em Sua obra. Toda a obra de Deus é feita com base no amor; sem ele, a obra de Deus inexiste. As dimensões de Cristo não são físicas, mas da eternidade, da dimensão de Deus. Sozinhos, não conseguimos compreender tais dimensões; somente quando somos inseridos no Corpo, junto com os santos, inculcando a Palavra junto com eles. O viver da igreja nos faz experimentar a dimensão divina, o amor de Cristo, para nos encher da plenitude de Deus (Ef 3:17-19).
  1. A igreja chegará ao nível de ser a plenitude Daquele que enche tudo em todas as coisas, pelo encabeçamento de Cristo, que ocorre mediante o encher-se pela Palavra (Ef 1:22- 23). Quando a igreja atingir esse nível, poderá ser usada para encher todas as coisas de Cristo, tanto as do céu como as da terra.

Ap 1:1, 3; 3:1; Mt 18:20; 23:8; Jo 16:7-14; Ef 4:3-4

  1. Na última mensagem me referi a igreja em Sardes, período da história da igreja no qual não houve progressos significativos em relação a obra de Deus. Nesse período ocorreu a Reforma Protestante (séc. XVI—XIX), que trouxe coisas maravilhosas para o povo de Deus, como a Bíblia aberta e a restauração da justificação pela fé como verdade fundamental. Contudo a falta de progresso expressivo ocorreu devido ao grande esforço despendido na luta contra os ensinamentos papais.
  1. O governo de Deus na igreja constitui item crucial que precisava ser restaurado na época da Reforma. Para que isso ocorresse, era necessário restaurar o funcionamento dos membros do Corpo de Cristo como organismo vivo. A Reforma Protestante continuou presa a muitos itens degradados da igreja em Tiatira, a exemplo das igrejas estatais na Alemanha, que recorreram ao apoio político do Estado, fazendo do protestantismo a religião estatal.
  1. Sardes tinha nome de quem vive, mas estava morta, porque as revelações divinas pararam quando ela se envolveu com o Estado (Ap 3:1). No séc. XVIII, a igreja em Sardes tentou ir rumo à condição da igreja em Filadélfia. O conde Zinzendorf acolheu irmãos da Boêmia, que fugiram da contrarreforma imposta pela igreja Católica e formaram uma igreja evangélica conhecida como a União dos Irmãos (Unitas Fratrum). Finalmente enxergaram que a hierarquia na igreja não era bíblica, e passaram a se chamar apenas de “irmãos”.
  1. Zinzendorf buscou avivar os membros da igreja por meio dum pequeno avivamento com reuniões de estudo bíblico, oração, busca pela santificação, dedicação missionária e desmantelamento do sistema clerical. Mas essas reuniões eram movidas pela busca de bênção, não pela revelação de Cristo e de como Ele pode ser a Cabeça da igreja.
  1. No séc. XIX, no desenrolar da Reforma, não houve avanços significativos quanto à revelação das Escrituras da parte de Deus. Por influência do Estado e de sua administração, a igreja em Sardes permitiu dividir-se em vários grupos denominacionais por causa de pontos doutrinários e organização própria, apesar de ter em comum a confissão de fé.
  1. Nas primeiras décadas do séc. XIX, Deus operou nos cristãos quando lhes revelou princípios da unidade do Corpo de Cristo, do qual Ele mesmo é a Cabeça. Desse modo, teve início um movimento de percepção espiritual da igreja como organismo vivo. Foi algo novo e iniciado pela atuação e operação do Espírito, que não ocorria desde a época dos primeiros apóstolos, a era da igreja primitiva. No entanto isso não foi suficiente para encerrar as divisões existentes entre o Corpo de Cristo.
  1. Ainda no início do séc. XIX, houve despertamento para as missões em vários países (China, Japão, África/Uganda, Nova Zelândia, Tasmânia, Ilhas Fiji), assim como despertamento para a volta do Senhor. É na condição da igreja em Filadélfia que ocorre o amor pela volta do Senhor.
  1. Nessa época ocorreu um movimento chamado “Os Irmãos”, conhecido no Brasil como “Irmãos Unidos”. Visto que os reformadores viviam num contexto religioso muito fixo imposto pela igreja Tiatira, julgaram suficiente libertar-se desse sistema maligno e defender a justificação pela fé.
  1. Quase na metade do séc. XIX, o Espírito de Deus despertou alguns nas ilhas britânicas para se dedicar a revelações das Escrituras Sagradas, tendo por base as “palavras da profecia” (Ap 1:3), buscando, ainda que de modo abstrato, conhecer a igreja como Corpo de Cristo, o governo do Espírito Santo e a noiva de Cristo. Infelizmente, não se ativeram a Apocalipse 1:1, que demonstra o modo pelo qual Deus governa a igreja, então permaneceram sem a luz desta revelação.
  1. Com o início da revelação de Apocalipse 1:3 e outras revelações da Bíblia, alguns dos “Irmãos” e outros que não seguiam o sistema clerical na Irlanda, fizeram surgir as “reuniões proféticas”. A luz da Palavra de Deus foi suficiente para que saíssem do sistema religioso e dessem o testemunho da unidade e da natureza celestial da igreja. Eles estavam voltando à direção da igreja em Filadélfia.
  1. Em 1827, em Dublin (Irlanda), houve reuniões de partir do pão. O estudo da Palavra de Deus os fez começar a se reunir somente em nome do Senhor Jesus, sem nenhuma denominação e mantendo a unidade do Espírito no vínculo da paz (Mt 18:20; Ef 4:3-4).
  1. John Nelson Darby escreveu sobre a natureza e a unidade da igreja de Cristo, texto que serviu de princípios para que os “Irmãos Unidos” se reunissem somente como irmãos (Mt 23:8), sendo utilizados por alguns irmãos até os dias de hoje. Todavia outras pessoas ficaram curiosas, espantadas e passaram a atacar tais princípios, principalmente as que viviam em sistemas eclesiásticos institucionalizados. Julgavam os irmãos que se reuniam sem denominação, por não terem pastores e sacerdotes.
  1. Os que se reuniam na condição única de irmãos acreditavam que Cristo morreu, ressuscitou e enviou o Espírito da verdade, guiando-os a toda realidade (Jo 16:7-14). Entretanto faltava-lhes a visão da Palavra de Deus sobre o canal escolhido por Ele, que recebe a revelação da Palavra e a transmite como voz de comando.
  1. Do ponto de vista de Andrew Miller (A História da igreja” vol, 4, pág. 301), vinte anos depois desses acontecimentos (1845-1848) ocorreu uma divisão em Plymouth (Inglaterra), ocasionada por B. W. Newton (irmãos abertos), líder influente que minou e neutralizou as verdades ensinadas pelos irmãos. Na visão de Miller, houve dissidências entre eles em assuntos como a aceitação na comunhão do partir do pão do Corpo de Cristo. Alguns também se desentenderam quanto à entrada de heresias e ao abandono da visão da unidade da igreja.
  1. Hoje, ainda sofremos com os mesmos tipos de problemas que os cercaram sobre a comunhão na mesa do Senhor. Na época, havia divisão entre eles; os que permaneciam fiéis ao princípio original dos “Irmãos” e perseveravam em dar honra à Cabeça e à Sua Mesa, e os que sustentam e defendem o ponto de vista de Newton (entrada do clericalismo), conhecidos como irmãos neutros ou abertos.
  1. Em seu livro “A ortodoxia da igreja”, Watchmam Nee escreveu que, para os Irmãos Unidos, faltava a visão do limite da localidade (uma igreja numa cidade). Os irmãos fechados (exclusivos) formaram uma igreja que, na visão de W. Nee, era maior do que uma cidade. E os “irmãos abertos”, trilharam o caminho de congregações independentes (congregacionalismo), dizendo-se autônomas, com linha doutrinária e pregadores próprios.

Ap 2:4; At 2:42; Mt 24:14

  1. A igreja em Filadélfia deve seguir passos seguros no caminho de ser a igreja de Cristo e não cair em degradação, como abandonar o primeiro amor, fato que ocorreu na igreja em Éfeso quando deixou de amar reverentemente a Palavra (Ap 2:4). A reverência à Palavra de Deus, demostrada pelos adolescentes, gera neles o primeiro amor, o melhor amor pelo Senhor, com demonstrações de simplicidade e obediência.
  1. À época dos “Irmãos Unidos”, pela prática de estudos bíblicos e reuniões proféticas, teve início a revelação acerca do ensino dos apóstolos. É preciso restaurar a linha do primeiro amor pelo ensino dos apóstolos (At 2:42). Porém a revelação da Palavra do Senhor não pode concorrer com estudos bíblicos que não tenham comunhão no ensino dos apóstolos, como numa democracia, em que cada um pode trazer uma linha. Na igreja não é assim, pois nela há um canal de Deus que fala a palavra.
  1. Quando há o ensinamento dos apóstolos, se existirem ensinamentos bíblicos, devem convergir para a comunhão, para o aumento da crença na palavra profética, estimulando a prática de inculcá-la no coração. É como a tecelagem divina: o amor de Deus (urdidura) que há na Sua Palavra produz o amor fraternal pelos irmãos (trama). Assim, entretecidos pelo amor divino, edificamos a igreja.
  1. É necessário rejeitar a obra dos nicolaítas, eliminando o clericalismo e restaurando a função de cada membro do Corpo de Cristo, o sacerdócio. Hoje, na igreja, todos são úteis e têm a chance de exercer o sacerdócio de Cristo, desde crianças, pré-adolescentes, adolescentes, jovens, adultos, até os de maior idade, intendentes e cabeças branca como eu. Estamos vivendo os melhores momentos da vida da igreja.
  1. Quero me ater aos valdenses para frisar que Pedro Valdo, no séc. XII, providenciou que seus comerciantes saíssem às ruas para cumprir o seu ofício bem como realizar a colportagem (distribuir porções da Palavra de Deus escondidas na túnica). Eles contatavam os que tinham sede pela Palavra e buscavam a salvação. Isso implicou em sofrimento para eles, sendo duramente perseguidos e martirizados.
  1. Determinado pastor falou que, quando os valdenses aderiram ao movimento da Reforma (séc. XVI), perderam o vigor evangelístico, deixando de percorrer a trilha da graça de Deus. Para não cair na mesma situação, é necessário continuar a crer nas revelações que o Senhor dá conforme a Sua Palavra.
  1. A revelação da Palavra de Deus é que nos impulsiona a continuar a executar a Sua voz de comando até a volta do Senhor, quando a Sua vontade será cumprida integralmente. O Senhor nos tirou de entre quatro paredes e nos levou para a rua, a fim de pregar o evangelho do reino (Mt 24:14), mantendo o vigor evangelístico, como têm feito os nossos colportores.
  1. Além da visão da unidade da igreja, precisamos avançar em compreender o governo da igreja por meio do ensinamento dos apóstolos. A palavra profética é a voz de comando de Cristo, a realidade da autoridade do Espírito Santo na igreja. Se a reconhecemos, sabemos o que é a autoridade do Espírito Santo na prática.
  1. Por que estamos falando da história da igreja? Para ter um GPS, para saber o caminho a trilhar como igreja: onde estamos e aonde vamos. Não estamos perdidos; temos um destino.

 

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