Mensagem 14: O fim da nossa fé: a salvação da nossa alma

Palavra ministrada pelo ir. Pedro Dong e transmitida pelo Instituto Vida para Todos, diretamente do Auditório Pérola em Sumaré-SP, em 07/09/2024. Texto não revisado pelo autor.

Encorajamos você a assistir à mensagem completa no canal do IVPT no Youtube.

 

 

1 Pe 1:3

  1. As Epístolas de Pedro são muito necessárias para nós com relação à edificação da igreja. Bendito significa de boa reputação, louvado, honrado, abençoado. A misericórdia de Deus nos alcança antes da graça; nos lugares onde a graça não nos alcança, é a misericórdia que nos alcança para nos trazer para a graça (1Tm 1:13-14). Obtivemos misericórdia por causa do grande amor com que Deus nos amou (Ef 2:4-5). Estávamos numa condição tão miserável que Deus precisou usar a Sua misericórdia – que se origina no Seu grande amor por nós – a fim de nos alcançar para que fossemos salvos pela graça.

Rm 9:15-18

  1. A misericórdia está relacionada à eleição de Deus, pois Ele tem misericórdia de quem Lhe aprouver ter misericórdia. Graças a Deus, o Senhor teve misericórdia de nós, e nos tornamos Seus escolhidos, Seus eleitos.

1 Pe 1:3

  1. Regenerar é gerar de novo, nascer de novo; o verbo está em tempo perfeito, o que indica que algo foi realizado uma vez por todas e seus efeitos permanecem até hoje. Indica que quando Cristo ressuscitou dos mortos nascemos de novo pelo Espírito (Jo 3:5-7). Mas, em nossa experiência subjetiva, isso ocorreu no momento em que cremos no Senhor Jesus.

Jo 20:1-5; 11-18

  1. Assim como a mulher que está para dar à luz sofre dores de parto e, quando o bebê nasce, ela esquece as dores que sofreu, assim também na morte de Jesus houve muito sofrimento, mas Sua ressurreição introduziu nova e viva esperança para toda a humanidade (Jo 20:1-18). A ressureição é novo dia e novo começo. Temos experimentado isso, pois todas as coisas têm-se tornado novas, e temos caminhado de forma impressionante, porque a presença do Senhor é conosco e trabalhamos no descanso.

  2. Depois da ressureição, tornou-se possível Cristo, como o Espírito da verdade, entrar nos discípulos (Jo 14:16-17; 20:21-23). Ele sofreu e morreu na cruz, mas, quando ressuscitou, Deus O glorificou, O fez Senhor e Cristo; Ele se tornou o Espírito da verdade, o outro Consolador e entrou nos discípulos, dando-lhes a vida eterna, a vida do Pai. Como o caminho, Cristo introduziu no Pai todo aquele que recebeu a vida divina, a fim de santificá-lo na verdade por meio da palavra (Jo 17:17).
  1. A ressureição tornou possível a regeneração. Ganhamos outra vida, eterna e divina, por meio do Espírito que Ele nos deu. Recebendo o Espírito, temos um caminho que é Cristo para ir ao Pai, e o Pai nos santifica na verdade, que é a palavra (Jo 17:17). Em nós, os que creem Nele, Cristo é o Espírito como fonte a jorrar para a vida eterna (7:37-39).

Ef 1:19-21

  1. Após a ressurreição, Cristo sentou-se à direita de Deus nos lugares celestiais, acima de toda autoridade. Juntamente com Ele, Deus nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef 2:6). Pela ressurreição, a igreja hoje vive em lugares celestiais, em nova esfera espiritual e celestial. É a viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo: novo dia, novo começo!

  2. Agora torna-se possível Deus realizar o Seu sonho, a Sua vontade: por meio da igreja, na dispensação da plenitude dos tempos, fazer Cristo encabeçar todas as coisas, tanto as do céu como as da terra (Ef 1:9-10, 22-23).

  3. Para encabeçar primeiramente a igreja, por meio da dispensação da graça de Deus pelos apóstolos (Ef 3:2-11), Deus precisa de um canal que dispensa a graça de Deus à igreja. Em cada época Deus tem um canal para dispensar as Suas riquezas por meio da Sua palavra da vida. Assim, Cristo passa a habitar no coração dos membros do Corpo, para enchê-los da verdade e do amor até a plenitude de Deus.

  4. Quando cremos em Jesus, nascemos de novo e fomos regenerados. O nosso espírito recebeu o Espírito de Deus, a vida divina entrou em nós, e nascemos de novo como Seus filhos. Nosso espírito foi salvo. Mas, há uma segunda fase, um processo mais longo de salvação, que ocorre dia a dia e dura a vida inteira: a transformação da alma (mente, vontade e emoção). Ele faz isso morando em nosso coração (Ef 3:17). Cristo está em nosso espírito, mas precisamos convidá-Lo para entrar em toda a nossa alma.

  5. Crer na palavra falada pelo canal de Deus gera a fé. A fé é o convite para Cristo entrar em nosso coração. Ali Ele entra e estabelece uma base de amor. A partir disso, nossa história com Deus e com os irmãos é de amor. Não individual, mas coletiva. Nossa história com o Corpo de Cristo também precisa ter a mesma base, o amor, no qual vamos sendo entretecidos (Ef 3:18-19).

  6.   Toda edificação precisa de boa fundação. O alicerce, a infraestrutura, precisa ser bem feito para se colocar a superestrutura. Cristo lançou a infraestrutura, a base de amor, em nosso coração, e está preparando a superestrutura de amor – amor imensurável. Não conseguimos entender as suas medidas em nossa mente natural. Mas podemos compreendê-lo com todos os santos, no Corpo.

Ef 4:8-9

  1. Deus fez Seu Filho, Cristo, ser crucificado. Ele morreu, foi às regiões inferiores da terra. Levou cativo o cativeiro: nós que estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Ele nos tirou de lá e levou-nos às regiões celestiais. Subiu acima de todos os céus para encher todas as coisas. Deus quer nos encher e salvar a nossa alma. Para Cristo habitar em nosso coração e comandar nossa mente, emoção e vontade, devemos cooperar com Ele diariamente, deixando que a palavra da vida circule e passe por nós. Assim vivemos na circulação e na comunhão da vida, e Ele pouco a pouco conquista a nossa alma.

Rm 8:17-18

  1. Nosso destino é ser herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, e ser introduzidos na glória de Deus. Um herdeiro está pronto para receber a herança. Isso só será possível se o ente divino em nós crescer até a maturidade. Essa é a plena filiação, quando, não apenas o espírito, mas a alma também estará salva. Ao voltar, o Senhor transfigurará nosso corpo e nos dará um corpo imortal. Então, todo o nosso ser será cheio de glória!

Rm 8:19-23

  1. A salvação de Deus é em todo o nosso ser. Salvou nosso espírito quando cremos em Jesus. Hoje na vida da igreja está salvando nossa alma. Quando completar a salvação da nossa alma, a glória dos filhos de Deus será revelada em nós. Essa será a salvação do nosso corpo mortal, que será revestido de imortalidade. Deus nos salvará totalmente! É o maravilhoso plano da salvação de Deus para o homem.

1 Pe 1:4

  1. Cristo será Rei sobre o monte Sião para herdar as nações e reinar sobre elas (Sl 2:6-9), pois Deus O constituiu herdeiro de todas as coisas (Hb 1:2). Os que alcançarem a maturidade serão herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo (Rm 8:17) na manifestação do reino dos céus, quando os vencedores reinarão com Cristo mil anos (Ap 20:6).

  2. A plena filiação implica a salvação completa: a regeneração do espírito, a transformação da alma e a redenção do corpo (Rm 8:23). A salvação do espírito ocorre na nossa regeneração, quando cremos no Senhor Jesus. A salvação da alma é processo que dura a vida toda, e visa à transformação pela renovação da mente (Rm 12:2), à santificação na verdade pela palavra de Deus (Jo 17:17), pela lavagem de água pela palavra (Ef 5:26) pela comunhão da vida (At 2:42; 1Jo 1:3) pela circulação do ensinamento dos apóstolos efetuada pelos membros do Corpo, falando, ensinando e admoestando uns aos outros (Ef 5:18-19; Cl 3:16).

  3. Os membros do Corpo crescerão como filhos maduros de Deus, deixando de andar segundo a carne para andar segundo o Espírito. Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8:14). O objetivo de Deus não é apenas nos tornar filhos crianças, mas crescidos, maduros, capazes de ser herdeiros (Rm 8:17).

  4. O crescimento e a maturidade de vida passam necessariamente pelos sofrimentos do presente para alcançar a glória a ser revelada em nós, na segunda vinda de Cristo (Rm 8:18) quando chegarmos à plena filiação, a redenção do corpo, a salvação do corpo, quando ele será revestido de incorruptibilidade.

Jo 17:17-26

  1. Quando a santificação na verdade pela palavra completar-se na igreja, a glória transmitida a nós nos fará um, como o Pai e o Filho são um, e seremos inseridos em Deus e em Seu amor. O amor divino é o elemento que nos une e cola um ao outro. Assim como o Pai e o Filho são um, estamos sendo “colados” uns nos outros de forma inseparável.

1 Pe 1:5

  1. Hoje somos guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação a revelar-se no último tempo, a salvação da nossa alma, pela qual atingiremos a plena salvação.

1 Pe 1:6

  1. Pedro era uma pedra bruta, alguém precipitado, impulsivo e que agia pela força natural. Ele percebeu que precisava ser transformado. Percebeu que para a salvação da alma precisamos da palavra da vida, da comunhão da vida e da cooperação das circunstâncias. O Senhor permite que passemos por provações. Não são sofrimentos com fim em si mesmo. Mas, para nos amadurecer e salvar nossa alma. Quando nos prova, Deus sempre quer aprovar- nos. Ele não nos prova para nos reprovar.

1 Pe 1:7

  1. O ouro não está puro quando é retirado da natureza. Para ser apurado, usa-se um cadinho submetido à altíssimas temperaturas, o que faz o ouro se destacar das impurezas. Por ser um metal mais pesado, o ouro decanta quando se torna líquido pela alta temperatura, e a impureza sobe. Então, o ourives retira a impureza. Após isso, é apurado novamente, tirando- se um pouco mais de impureza. É isso que o Senhor faz conosco. Ele quer tornar-nos puros. Quanto mais puro o ouro, maior o valor. Quanto mais pura a nossa fé, maior o valor. Deus está prova e faz subir o valor da nossa fé dia a dia. Os sofrimentos são necessários para provar, depurar, o valor, a qualidade, a pureza, da nossa fé.

Dt 8:2

  1. O Senhor fez os filhos de Israel passarem por quarenta anos no deserto, para humilhá- los, prová-los, saber o que estava no coração deles, se guardariam ou não Seus mandamentos.

Jr 17:9; Hb 4:12

  1. O coração do homem é enganoso, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá (Jr 17:9). O coração nos engana: muitas vezes nos achamos bons, espirituais, capazes, mas não temos ideia de quanto ele é corrupto. Por isso precisamos dos sofrimentos para mostrar o que está em nosso coração, e a Palavra de Deus é capaz de discernir os pensamentos e propósitos do coração.

  2. Na segunda vinda do Senhor, o resultado da prova da nossa fé será revelado. Quem aproveitar bem as provações terá louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.

1 Pe 1:8-9

  1. É um mistério que amamos tanto Aquele que não vemos. Os apóstolos Pedro e João ouviram, viram com os próprios olhos, contemplaram e apalparam o Senhor Jesus como a Palavra da vida. Nós não O vemos agora, embora na Sua vinda O veremos como Ele é (1Jo 3:2), mas, crendo, exultamos com alegria indizível, inexplicável, cheia de glória.

  2. A fé torna real as coisas invisíveis da esfera de Deus (Hb 11:1-3). Com os olhos da fé, o nosso Senhor Jesus é real para nós, e nós O amamos, não com o amor natural, mas com o amor divino derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (Rm 5:5).

1 Pe 1:10-12

  1. A salvação orgânica somente tornou-se possível depois da morte e ressurreição de Cristo, portanto os profetas indagaram quando Cristo viria e a quais circunstâncias se referia o Espírito de Cristo que estava neles, para dar testemunho de antemão sobre os sofrimentos de Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. A eles foi revelado que a salvação maravilhosa que Deus preparou não era para eles, mas para nós!

  2. A salvação orgânica e plena de Deus é tão maravilhosa que os profetas quiseram saber a quem estava destinada. Nós fomos contemplados com ela, somos os mais bem- aventurados do universo.
  1. A salvação é tão maravilhosa que até os anjos anelam perscrutar. A palavra perscrutar em grego é parakúpto, que significa curvar-se para frente e esticar o pescoço para examinar com curiosidade. Devemos dar graças a Deus que fomos contemplados com essa grande bênção, pois a nós foi dado provar a salvação preparada para revelar-se no último tempo (1Pe 1:4), a salvação da nossa alma, o resultado final da nossa fé (v. 9).

1 Pe 1:11

  1. As glórias são: a glória na ressurreição de Cristo (Lc 24:26; At 3:13), a glória na Sua ascensão (At 2:33; Hb 2:9), a glória na Sua vinda (Ap 18:1; Mt 25:31) e a glória no Seu reinado (2Tm 2:12; Ap 20:4, 6).

  2. Ganhamos a grande sorte. Temos todas as chances de ter a alma provada e transformada, o coração totalmente limpo para que a nossa fé chegue ao máximo de pureza possível. Quando o Senhor Jesus voltar, seremos aprovados e reinaremos com Ele mil anos.

 

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