Conferência Internacional M04 – O caminho da cruz

 

 

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos diretamente da Estância Árvore da Vida em Sumaré – São Paulo, em 13/02/2022. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.

Sejam muito bem-vindos queridos irmãos e irmãs e amigos que tem nos acompanhado durante todas nossas transmissões. Estamos estudando o livro de Mateus há 6 meses e já iniciamos as mensagens da Conferência Internacional de Fev.2022. Hoje é a mens 4. As três mensagens anteriores foram gravadas em virtude de uma cirurgia que realizei e hoje deve estar fazendo 2 semanas desta e tenho tido boa recuperação e creio que conseguirei terminar essa mensagem. Quero agradecer as orações das igrejas e dos irmãos e os muitos carinhos e encorajamentos demonstrados ao meu favor. Certamente isso fez com que o Senhor Jesus estivesse presente tanto no procedimento cirúrgico quanto no pós-operatório.

Pela misericórdia e soberania de Deus, a Mens 1 começou com o cap 16 do livro de Mateus, o qual dá uma virada. Na Mens 1 fiz uma breve retrospectiva do cap 1 ao 15 mostrando: a origem do Rei Jesus, Sua geração, Sua introdução por João Batista, que comprovou ser Ele o Cristo, o Filho do Deus vivo e muitos outros pontos. Jesus foi ungido com o Espírito de Deus assim que saiu das águas. Durante todo o seu ministério, Jesus se preocupou com o homem. Por causa do pecado no jardim do Éden o homem se desconectou de Deus. A terra virou um caos. O rei Jesus veio a esta terra para curar toda enfermidade, expulsar os demônios e colocar ordem e, assim, levar o homem ao reino dos céus por meio de ser o homem uma pessoa com coração quebrantado, de um espírito pobre e contrito. Todos estes foram chamados para o reino dos céus. Jesus teve muita compaixão e empatia pela situação caótica aqui na terra. Chamou os 12 discípulos e os enviou à pregação do evangelho. Jesus sofreu oposição dos líderes religiosos no meio dos judeusvimos também a situação do João batista que começou bem, mas não seguiu o Cordeiro Jesus quando este iniciou seu ministério.

A partir de Mt 16 vemos que Jesus revela o que está em Seu coração. Quando Jesus perguntou a seus discípulos quem diz ser o Filho do Homem e disseram que o povo dizia ser um dos profetas, Pedro respondeu que Jesus era o Cristo o Filho do Deus vivo. Esta resposta abriu caminho para Jesus revelar Sua igreja. A edificação da igreja é o que está no coração de Cristo. Ele veio salvar as pessoas dos pecados, mas o objetivo final é gerar e edificar a igreja, fazer de nós materiais de edificação pra Deus ter aqui na terra habitação de Deus no Espírito. Cidadãos do reino dos céus sendo membros do Corpo de Cristo.

Mt 16:18-20

Essa porção revela que a igreja é a realidade do reino dos céus sendo vivida aqui na terra. Dentro de todo um oceano que satanás impera nesta terra, há uma ilha chamada igreja, de onde os céus governa. A igreja não é um lugar para o homem fazer sua vontade, mas para Deus fazer a vontade Dele.

Mt 16:21-23

Esses três versículos revelam que para a edificação da igreja, há necessidade de uma mudança de estado. Nesses últimos 5 anos, o Senhor tem feito milagres em nosso meio, começando com aquela palavra sobre entusiasmo, excelência e inclusão; depois veio o splagchnon de Cristo em Filipenses: na igreja ter empatia entre nós e não concorrências ou invejas, perdoando-nos mutuamente e no vínculo de amor e de paz; muitas ferramentas maravilhosas nós fomos presenteados através do ministério do irmão Dong, as quais foram revolucionadas. Através da colportagem tradicional, o Senhor introduziu a colportagem dinâmica, a qual nesses últimos três anos semeou mais de 6 milhões de livros, de maneira que muitas pessoas estão recebendo a palavra do reino em suas casas; o Avança, Jovem! convocando muitos jovens, adolescentes e até crianças – como um só exército nessa luta em favor do reino; as mulheres começaram a cuidar das outras e surgiu a rede conectadas e a central de acolhimento rede de cuidado. Muitas pessoas sendo cuidados e começando a viver da vida da igreja.

v. 21. Nós temos uma etapa ainda mais importante e, talvez, mais difícil: Deus precisa de uma edificação. Daí, vem a necessidade de sofrimentos e tribulações para gerar essa habitação de Deus no Espírito. Justamente, depois de Jesus ter revelado a igreja e a necessidade da edificação dela, onde a porta do Hades não prevalecerão contra a igreja edificada, mostrou que era necessário ir pra Jerusalém sofrer muitas coisas e ainda ser morto e ressuscitado no terceiro dia. Esse versículo revela que, daqui pra frente, vamos entrar em outro nível de profundidade e experiência. Não apenas armados com espíritos de guerreiros e ir pra rua, mas também quanto à necessidade de lidar com o nosso natural. Este é o caminho da cruz para a edificação da igreja.

v. 22. Para a edificação da igreja, não basta termos um coração de querer cooperar com Deus, de guerreiro, ir pra rua para pegar o evangelho – há necessidade de enxergar que vivemos no plano da terra e precisamos ir para o plano celestial. No plano desta terra, ainda pensamos como quem vive aqui. Quando olhamos com nossos olhos terremos as coisas espirituais vamos achar um absurdo. A nossa mente precisa ser renovada.

v. 23. Pedro pensava de uma maneira tão bondosa porque amava o Senhor, porém isso decorreria do natural de Pedro. Precisamos ser transferidos para o plano celestial porque no plano desta terra, plano carnal ainda cogitamos das coisas dos homens. Precisamos aprender a cogitar nas coisas de Deus. A mente é a chave. No nosso melhor natural acabamos sendo um com satanás e nos tornamos pedra de tropeço na edificação da igreja. Nesse plano terrenal não é que fará coisas maldosas e sim que o homem só pensa nas coisas do homem – pensa como o homem pensa. Aprender a pensar como Deus pensa. A edificação da igreja não é algo raso, precisamos nos aprofundar.

Ef 5:25-27

Vemos que Jesus era altamente focado na edificação da igreja. Somente uma igreja edificada pode ser introduzida na glória. Jesus entregou-se pela igreja não apenas para tirar os pecados do povo. Este é o passo inicial. O que Jesus realmente pretende fazer visa a igreja ser edificada – crescer, ser purificada e gloriosa. O homem no plano natural não serve para edificação da igreja. Precisamos da natureza santa de Deus. Por isso, Deus está nos santificando. A palavra profética é usada para Deus lavar Sua igreja, pois ainda temos muitas impurezas (máculas) e velhice espiritual (ruga). Nossa bondade natural tem atrapalhado muito o Senhor.

O homem natural jamais será usado para a edificação da igreja, pois nunca está disposto a tomar a cruz. Na falta de revelação, Pedro não poderia suportar ver o seu Senhor sofrer, morrer, por isso disse: Tem compaixão de ti, Senhor. Mas Jesus reprendeu Satanás em Pedro, provando que o homem natural é um com Satanás, que não cogita das coisas de Deus. Isso prova que precisamos do caminho da cruz para haver edificação da igreja. Porque o homem natural pensa que sua maneira é a melhor, pois ele não está disposto a tomar a cruz. Precisamos compreender isso para não mais atrapalhar a edificação da igreja porque somos os trabalhadores da última hora e não podemos falhar nisso.

Mt 16:24; Mt 4:4; Gn 3:5; 2 Co 11:3

Aqui vemos caminho para não viver no homem natural, sendo um com satanás, pensando como o homem pensa e não nas coisas de Deus. Só existe esse caminho se você quiser edificar a igreja. Esse “se” é o eu. No Jardim do Éden, o homem não sabia o que era o bem e o mal, só sabia viver na dependência total de Deus. Vemos isso também na porção de Mt 4:4 mostrando a situação do homem no jardim do Éden: o homem vivia na simplicidade total e dependência a Deus.Palavra de Deus atende todas as necessidades da nossa alma e nosso espírito. O homem tem muito mais necessidade na alma do que no sustento (corpo). A sua alma é instável, ela tem necessidade do tamanho de um oceano.

Esse “como Deus” (Gn 3) é substituição de Deus. Essa oferta da serpente era quase irrecusável: a capacidade de conhecer o bem e o mal em substituição a sua original dependência total de Deus. Depois que o homem comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal ganhou essa capacidade, mas perdeu Deus, perdeu a simplicidade e pureza. O míssil de satanás atingiu primeiramente a mente do homem e ela se corrompeu.

Rm 5:12; Gl 2:19-20

Não só temos pecados, temos também a morte em nós. Esse homem criado para Deus obter um lugar de habitação, foi totalmente danificado. A nossa mente corrompida se tornou uma com satanás, como vemos na experiência de Pedro. Cogitar das coisas dos homens não necessariamente são ruins, podem ser boas, mas não são das coisas que Deus cogita.

A alma do homem passou a ter uma personalidade autônoma – o ego – desconectada de Deus. Satanás tirou o homem da conexão com Deus, por isso, a alma do homem corrompida pela mente, então, a alma passou a ter uma personalidade autônoma que nós chamamos de ego ou eu. Esse “eu” passa a ser personalidade da sua alma, seu psiquê – vida da alma. O único caminho para seguir o Senhor e edificar Sua igreja é o caminho da cruz. Daqui pra frente o Senhor quer lidar conosco, com nosso interior.

O sujeito do verbo “Estou” em Gl 2 é eu, o ego. Esse ego, que é a personalidade que surgiu após a queda do homem e só cogita das coisas do homem. Jesus morreu não apenas pelos nossos pecados, mas para crucificar o eu. Esse ego precisa ser crucificado, pois do contrário, não haverá edificação da igreja. Esse ego que vivia como personalidade da minha alma corrompida, foi crucificado com Cristo, agora esse ego não vive, mas Cristo vive em mim. Por isso quem quiser seguir o Senhor terá de sair da influência do seu ego, negando-se a si mesmo.

Rm 7:22-25; 8:1-2

v. 22-24. Se eu continuar vivendo no plano terreno, por mais que meu “eu” queira fazer a vontade de Deus, esse eu não tem força porque na minha carne há a lei do pecado que me leva pra baixo. Essa lei não é escrita, tal como a do legislador, mas é como a lei da gravidade. Ex: eu não preciso instruir a minha Bíblia pra cair verticalmente, basta eu soltá-la que cairá naturalmente. Então, se nós continuarmos a viver pelo nosso eu, que tem na carne a lei do pecado, não tem como edificar a igreja.

v. 25. No eu caído sou escravo da lei do pecado. Mas nós ganhamos a vida de Deus e Seu Espírito por termos sido regenerados (nascemos de Deus) temos no espírito a Lei do Espírito e da Vida que é mais potente que a lei do pecado, que é como um foguete que impulsiona e vence a lei da gravidade e me leva para as regiões celestiais.

Rm 6:5-6; 8:3; Hb 2:14

Vemos a importância de Cristo ter sofrido nas mãos dos anciãos e escribas, morrer e ressuscitar no terceiro dia porque Ele quer nos fazer ressuscitar com Ele. Quando Jesus Cristo foi a cruz, foi também o nosso eu, por isso não precisamos mais viver pelo nosso velho homem. Essa cruz não só terminou com nosso eu, velho homem. A lei dada no AT ao povo de Israel serviu de aio até que viesse Cristo. A lei estava enferma, ela é fraca para lidar com nossa carne, pois esta é difícil de tratar. Cristo ao morrer na cruz condenou na carne o pecado. Jesus não tinha pecado, mas semelhança do pecado. A cruz terminou com o eu, velho homem, a carne e o pecado.

Tal como nós, vemos em Hb 2 que Jesus fez questão de tomar carne e sangue, só que tomou a carne da Maria sem a participação do homem, pois foi o Espírito Santo quem engravidou a Maria. Ele participou da carne e sangue para destruir o diabo. Então, vemos que a cruz terminou com o eu, velho homem, a carne, o pecado e com o diabo. Tudo isso que lemos são fatos espirituais, os quais podem ser diferentes das nossas do dia a dia e podem ser iguais quando eu vivo no Espírito. Quando eu vivo no espírito, os fatos espirituais registrados na Bíblia tornam minha experiência. Aprender a viver no espírito.

Jo 5:19, 30; 6:38; 7:16, 18; Rm 6:4-6

Antes da queda do homem, este tinha personalidade, assim como Jesus. Só que a personalidade de Jesus estava totalmente conectada com Deus. Era assim também no jardim do Éden quando o homem foi criado. Jesus tinha vontade própria, mas Ele optou em não fazer sua vontade e sim a Deus. Essa é a personalidade correta. Até o que Jesus ensinava, falava não procedia Dele, mas do Pai. Um servo de Deus em seu natural acha que é muito capaz tendo muitas doutrinas, muito conhecimento próprio e eloquência, mas não foi assim que Jesus agiu. Jesus nunca buscou fama ou glória.

Desde o nascimento (Lc 2:7) Jesus nasceu no caminho da cruz. Não foi recebido em um hotel 5 estrelas. Não tinha um lugar para receber o criador deste universo. E no final Jesus foi crucificado pela conspiração dos líderes religiosos. Mas Deus O exaltou sobremaneira ressuscitando-O dentre os mortos. O nosso caminho é inverso. Fomos salvos pela Sua obra redentora, e pelo novo nascimento recebemos a vida de Deus. Na cruz, Cristo morreu por nós para que andemos em novidade de vida (Rm 6:4-5). O nosso velho homem foi crucificado com Ele (v.6). A morte de Cristo visa não somente tirar os pecados do homem, mas andarmos em novidade de vida e somente assim é capaz de útil na edificação da igreja.

Mt 7:13-14; 11:12; 1Pe 1:3-9

Se nós queremos edificar a igreja, fazer a vontade de Deus, precisamos escolher a porta estreitaA porta larga é a que a maioria escolhe, é uma porta mais fácil de entrar, o seu ego faz a própria vontade. A porta estreita é o caminho que conduz pra vida. Diferentemente da primeira porção vista em Mateus (do cap 1 ao 15), vemos que a partir do cap 16 exige o nosso esforço, tomar o caminho da cruz. Só quem se esforça vai pegar o caminho da edificação e vai participar do reino milenar.

Se quisermos seguir o Senhor, devemos não viver pelo nosso velho “eu”, tomando a nossa cruz, passando por várias tribulações, com o fim de que a nossa fé seja provada e aprovada, para obter a salvação da nossa alma. Esse caminho vai conduzir você pra uma herança incorruptível. A salvação de 1 Pe 1:5 é a completa da nossa alma. Deus precisa nos provar, o homem natural não é confiável. Por isso precisamos passar por várias provações. Se você está no caminho certo, vai passar por tribulações, mas não precisa ter medo. O Senhor quer aprovar nossa alma, o valor da nossa fé precisa aumentar.

Quando escolhemos o caminho que conduz pra vida, as nossas provações não visam nos reprovar, mas são para aprovação e no fim redundará em alegria indizível, ou seja, você não consegue explicar. De repente, você agora está passando por uma situação que outros ao olhar dizem ser maldição, pelo contrário, você enxerga que é a bênção de Deus. Então, trilhando o caminho da cruz de um lado nossa alma será salva e, de outro, a igreja será edificada. Estamos na reta final, chegando ao final do sétimo dia (o descanso de Deus), mas Deus não descansará se a igreja não for edificada.

Mt 16:25-27

Salvar sua vida aqui é a psiquê, ou seja, sua vida da alma. Salvar a vida da alma do homem significa satisfazer a vontade de seu ego, cuja mente foi corrompida para cogitar das coisas do interesse do homem e não das de Deus. Perder a vida da alma significa não viver pelo ego, para cogitar das coisas de Deus, para fazer a Sua vontade; este encontrará a salvação da alma e receberá a recompensa na vinda do Senhor (v.27).

Quando você vive pelo ego você cogita das coisas dos homens, mas quando não vive pelo ego você cogita das coisas de Deus. O que é o homem tentar salvar a sua alma? É o homem querer continuar vivendo pelo seu ego e, com isso, só vai cogitar das coisas dos homens e não edificará a igreja. Nessa porção da Palavra, Jesus já começa a falar da recompensa, do galardão. Trata de coisas que não tratou até o cap 15. É um capítulo diferente, isso deve nos encorajar e encarar esse cap 16 de maneira séria.

Rm 12:1-17

Edificação não se faz sozinho, não é um material, mas muitos materiais colocados juntos e edificados. Então, para haver edificação você, como cristão, precisa negar a si mesmo. Para quê? Para uma vida coletiva. Você precisa aprender a conviver com outras pessoas e não apenas ter uma boa convivência, mas precisa ter também a edificação. Para a edificação da igreja, precisamos apresentar seu corpo. Não seja apenas teórico, precisa ser prático: apresentar seu corpo para a edificação.

v. 2. Mostra a importância de lidar com a sua alma. Então, primeiro você precisa apresentar seu corpo e em segundo lugar, não traga sua alma corrompida, você precisa renová-la. Mente corrompida só cogita das coisas dos homens. Tendo mente renovada nossa alma será transformada.

v. 3. Essa palavra moderação, dentre outros significados, também é equilíbrio. O homem caído não é equilibrado, mas no espírito sim. Ter equilíbrio nas suas decisões e avaliações. O homem espiritual é uma pessoa equilibrada. Não pensar de si mais do que convém – para a edificação da igreja, é necessário destruirmos nossa individualidade, nossa elevada autoavaliação. Em tudo você acha que sua opinião é melhor, que seu jeito é mais certo, o seu planejamento é melhor. O homem se autoavalia de maneira elevada. Ele se acha demais. Pensar com equilíbrio, como homem espiritual.

Um homem que viveu todo tempo de forma individualista, não tem visão equilibrada das coisas. Somente quando o homem passa a conviver no Corpo é que sua visão tende ser cada vez mais equilibrada. Você serve, convive com os outros daí você começa a enxergar que sua visão estava equivocada. A visão do Corpo nos dá equilíbrio. A vida do Corpo é uma excelente oportunidade para aprendermos a conviver com outras pessoas, a servir com outros membros. Deixar de lado a nossa visão individualista, estreita e egoísta, para ganharmos a visão do Corpo, a fim de nos relacionarmos adequadamente com os irmãos, edificando-nos com eles. O Corpo nos dará o equilíbrio necessário para a sua edificação.

v. 4-5. Nós não somos o Corpo, no máximo somos membros dele, mas queremos impor nossa visão e nossa função aos outros. Cada um tem sua função, não ocupe a função odo outro. O seu papel é no máximo de um aperfeiçoador dos irmãos para a obra do ministério.

v.6. As diversas funções manifestadas no serviço da igreja: Os diferentes membros têm diferentes dons segundo a graça dada a cada um. Vemos o funcionamento do corpo para a edificação da igreja. É importante haver um serviço adequado em cada igreja visando a que todos os membros possam exercer a sua função. Todas as funções no Corpo, no serviço da igreja começam pela Palavra.

Profecia: “Profetizar é falar por Deus e manifestar Deus no falar, sob a Sua revelação direta […] Profetizar traz a revelação de Deus para que a igreja, o Corpo de Cristo (1Co 14:4b), seja edificada” [VR – Nota].

Portanto, a Palavra da profecia dá a direção para todos os demais itens de serviço. A palavra profética dispara para todos os demais serviços a direção. Não pode o serviço de jovens ou de crianças ou qualquer outro buscar sua própria direção, tem que todos os serviços seguirem a palavra profética.

v. 7. Se ministério, dediquemo-nos ao ministério: Refere-se aos diversos serviços executados pelos diáconos e diaconisas para o bom andamento da vida da igreja, tais como o serviço de recepção, de literatura, de crianças, de adolescentes, de jovens, das mulheres, dos homens, do batismo, da governança, segurança, das reuniões, da pregação do evangelho, da central de acolhimento, da rede de cuidado, etc. Quem serve, que faça com dedicação.

O que ensina, esmere-se no fazê-lo: Quem ensina deve instruir os outros com base no que o profeta falou. Não tenha seu próprio ensino totalmente fora da direção que Deus deu ao Seu corpo. O que exorta deve seguir o que o profeta falou (v. 8).

v. 8. O que contribui, com liberalidade: É de extrema importância os membros do Corpo desenvolverem o dom de ofertar com generosidade. Uma vida normal da igreja não deve ter as suas ações limitadas por falta de recursos. Quando a igreja segue a palavra profética e as coisas começam acontecer, os irmãos ofertam com generosidade, com liberalidade. O que preside, com diligência: Os líderes da igreja devem ser diligentes em ouvir e pôr em operação a Palavra do profeta, em supervisionar o rebanho de Deus para a edificação da igreja. O foco central é a edificação da igreja – colportagem pregar o evangelho é tudo pra edificação da igreja.

Quem exerce misericórdia, com alegria: Um serviço que não se pode faltar é prestar socorro a quem realmente precisa. Em situações de emergência ou de pobreza, suprir a necessidade, não para criar dependência, mas ajudar a normalizar a condição das pessoas para todos serem úteis na edificação. É muito importante na igreja haver alguns que tem dom de prestar socorro a quem realmente precisa. Mas não é para criar dependência ou um mero trabalho de assistência social e sim para normalizar a condição do necessitado a fim que ele se torne útil na edificação da igreja. Não apenas dar o peixe, mas ensinar a pescar.

Nos serviços da igreja, o sucesso de cada evento não é o fim, o objetivo é cada um aprender a negar a si mesmo e se relacionar com o próximo, visando a edificação. Com o passar do tempo, as virtudes da vida celestial aparecerão para a verdadeira edificação (Rm 12:9-21). Embora todos os eventos devam ser muito bem trabalhados, o objetivo final é as pessoas participantes aprenderem a negar a si mesmo e a se relacionar com o próximo visando a edificação.

Para com os outros: O amor sem hipocrisia. Detestar o mal e apegar-se ao bem. Amar com dedicação uns aos outros com amor fraternal. Preferir dar honra a outras pessoas mais do que a si próprio (v.9-10). Cooperar com os santos nas suas necessidades. Praticar a hospitalidade (v.13). Alegrar-se com os que se alegram; chorar com os que pranteiam. Ter o mesmo sentimento entre nós. Não ser arrogantes, mas humilde para com todos. Não ser sábio aos próprios olhos (vs.15-16).

Para com Deus: No zelo, não ser preguiçoso, mas fervoroso de espírito, servindo ao Senhor (v.11).

Para consigo: Alegrar-se na esperança, paciente na tribulação, perseverar na oração (v.12).

Para com o perseguidor e inimigo: Abençoar os que nos perseguem e não amaldiçoar (v.14). E todas as recomendações finais do capítulo (vs.17-21).

Para com todos: A ninguém devolver mal por mal. Procurar proceder corretamente diante de todas as pessoas (v.17). No que tange a você, seja correto.

Em um edifício, todos os materiais de construção perdem a sua individualidade em favor do conjunto, para o bem-estar do morador. Cimento, areia, pedras e aço se fundem para formarem elementos estruturais de concreto armado: pilares, vigas e lajes.

Todos os demais elementos também não disputam holofote como em um showroom, mas cada um sabe o seu lugar, conhece a sua função e oferecem um ambiente aprazível com boa funcionalidade para o dono da casa se sentir bem, se sentir em casa, um verdadeiro lugar de descanso.

A igreja não é pra exaltação do indivíduo, mas para o conjunto. Eu creio que esse ano de 2022 será para a edificação da igreja. vamos fazer todos encontrarem seu lugar na edificação do corpo e desta forma Deus terá um lugar de descanso e poderá voltar. Jesus é o Senhor!

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