A palavra da reconciliação (13) – Ezra Ma

OS MINISTROS DA NOVA ALIANÇA

 Palavra ministrada pelo irmão Ezra Ma do estúdio do Instituto Vida para Todos na Estância Árvore da Vida, em Sumaré-SP, em 04/07/2020. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.

Mensagem 51 – A palavra da reconciliação (13)
Leitura Bíblica: 2 Co 5:19

Temos a palavra do Senhor para nos encorajar em nossa caminhada espiritual esperando a vinda do Senhor que se aproxima cada vez mais. Ainda estamos vendo o vale da sombra da morte, no qual temos a presença do Senhor.

Sl 23:4
Quanto tempo durará esse vale da sombra da morte. No aspecto pessoal temos diferentes durações, porque temos diferentes experiências. O Senhor quer que passemos por essas experiencias que são experiências de morte para que experimentemos o poder de Sua ressurreição. É para que a obra da cruz opere em nós, vencendo todos os nossos adversários. As coisas mundanas, do velho homem precisam ser eliminados. Isso dói. Muitas vezes somos rebeldes e desobedientes. Por siso o Senhor nos leva a passar por essa experiência.

Paulo experimentou muitas vezes as experiencias de vale da sombra da morte, mas experimentou também muitas vezes a vida de ressurreição. Para Paulo, esse vale estava tão difícil de passar. Não era somente um vale, mas ele já não tinha esperança. O que ele via à frente era a morte física. O objetivo do Senhor está no v. 9. A sentença é a resposta. A resposta a todas as suas perguntas que faziam a si mesmos, a Deus e aos irmãos: há saída? há livramento?  Há solução? A resposta era: morte.

Contudo tivemos a sentença em nós mesmos, aí é que vem a solução. Quando chegamos em um beco sem saída, sem nenhuma esperança nos artifícios e manobras humanas, quando não colocamos nossa esperança em nossas forças, em nossa inteligência e em nossa maneira de fazer as coisas, então, Deus tem jeito. Temos nossa história, nossas experiencias passadas de vitória, que pensamos simplesmente repetir o processo para sair da situação de sofrimento. Deus então não nos permite encontrar a saída. Ele nos leva a um beco sem saída até estarmos face a face com a morte. Então, oramos demonstrando nossa desistência de nosso próprio caminho. Senhor, dependo totalmente de Ti. Confio apenas em Ti.

Paulo era muito inteligente e capaz. Em Filipenses ele revelou que se gabava de suas qualificações. O que Deus quer para nós é que cheguemos ao ponto de não confiarmos em nós mesmos. Deus quer que nos acheguemos a Ele, que nos rendamos a Ele. Ele quer que desistamos de nós mesmos e nos submetamos a Deus. Então, desistimos de ser o cabeça e nos colocamos debaixo do encabeçamento de Cristo e encontraremos justiça, paz e alegria.

Somente assim, encontramos o Deus que ressuscita os mortos. É assim, dependendo totalmente do Senhor, que podemos declarar: não temerei mal nenhum. Sinto que muitos irmãos estão sentindo medo. Que será do meu futuro? Que será de minha empresa? Como vou sustentar minha família? Não temerei mal nenhum. É fácil falar, mas experimentar não é tão fácil. Se queremos ter parte no exército de vencedores, precisamos vencer o medo que há em nós. Esse medo vencemos pela fé.

Tu estás comigo. O que Deus mais quer é que na travessia do vale da sombra da morte, tenhamos a Sua presença. Muitas vezes pensamos que nossa obra e atividades podem substituir a presença do Senhor.

Mt 7:21-22
Nem tudo o que me diz Senhor, Senhor, fará parte dos vencedores, do exército. Todos foram chamados, mas nem todos serão escolhidos. Somente aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus. O Senhor dirá a muitos que fizeram muitas coisas, muitas atividades, que não os conhece. A presença do Senhor também significa a aprovação do Senhor. Paulo disse que perdoou na presença, no índice dos olhos de Cristo. Temos de olhar o Senhor em Seus olhos quando fazemos as coisas. Precisamos ver se ele está nos aprovando. Isso é viver na presença do Senhor. É porque temos a presença do Senhor que não tememos mal nenhum na travessia pelo vale da sombra da morte.

Sl 23:4 Ap 2:26-27; 12:5
Vimos a função do cajado, que é conduzir e trazer as ovelhas para junto do rebanho. A vara é para disciplinar e dar a direção. O cajado é mais curto, a vara é mais alta. Ao vê-la na mão do pastor, elas sabem a direção a seguir. Muitas vezes temos a incredulidade e a desobediência e Ele usa a vara para nos disciplinar. Na igreja hoje estamos sendo disciplinados pelo Senhor.

A vara, ou bordão, em original é rhabdos. Em Apocalipse 2:26-27 vemos que há autoridade para reinar com cetro de ferro. Na versão Septuaginta a palavra cetro também é rhabdos. A vara aqui se transformou em cetro. Em outras palavras, o pastor se tornou rei. A palavra reger é poimaino, que significa pastorear, apascentar. Com vara de ferro ele pastoreará. Aquele que reina é aquele que era um pastor. Hoje precisamos reinar em vida, pastoreando os irmãos. Pastorear os irmãos é um treinamento para o reino.

Apocalipse 12:5 é também poimaino, coerente com Salmo 23 e com Apocalipse 2:26-27. Ali temos também reger, que significa apascentar e temos o cetro de ferro, que é rabdos, a vara do pastor.

Jo 21:15-17
Jesus havia ressuscitado e o Senhor estava treinando os discípulos a reconhecerem a Sua presença invisível. Pedro desanimou e voltou a pescar peixes. Passaram toda a noite e nada pegaram. O Senhor os encontrou na praia, com a comida já pronta. O Senhor, então pontou para as redes, os peixes, o mar e o barco – tudo o que o pescador amava. O Senhor está perguntando que são nosso barco, nossa rede, nossos peixes. Todos sabemos o que são. Falamos que amamos o Senhor, mas às vezes trocamos o Senhor por essas coisas. Quem ou o que contatamos primeiro ao acordar pela manhã? Você fica desesperado ao perder uma Bíblia como fica quando perde um celular?

No versículo 15, a palavra “apascenta”, no original, é bosko, que significa alimentar, dar comida. Neste contexto de João 21 apascentar é alimentar. Já em 21:16, é poimaino, o mesmo que entramos em Apocalipse 2 e 12.

A segunda menção é pastorear (v. 16), porque são as ovelhas que estão bem e crescidas. Estes são conduzidos e corrigidos. Este está relacionado às veredas da justiça, à palavra da justiça. Em João 21:17 vemos a terceira menção, que é alimentar as ovelhas. Estas são ovelhas já crescidas, mas que se desviaram e agora precisam ser novamente alimentadas com os pastos verdejantes e as águas de descanso. A ênfase para eles é novamente o alimentar.

Sl 23:5
Temos uma mesa que representa comida, o óleo e o cálice. Estes três itens são itens de um banquete judeu. Sempre que há banquetes entre eles, os convidados são ungidos com óleo pelo anfitrião. Nesse banquete há comida e um cálice com vinho. A palavra chave desse estágio é adversários. É o estágio mais elevado de Cristo em ressurreição na vitória. É a experiência de Cristo na guerra espiritual contra os inimigos. No vale da sombra da morte há os adversários que querem nos neutralizar, derrotar e nos matar para ficarmos naquele vale.

As palavras que Deus fala conosco nos finais de semana se complementam. Vejo como o Senhor está falando e a palavra se conecta sem que haja coordenação humana. No vale da sombra da morte estão os adversários. Atravessamos juntos esse vale e é nele que estamos sendo treinados e trabalhados como o exército de Deus. muitas vezes essa batalha é emocional, outras é física, outra é o cansaço, etc. É aí que somos treinados a ser vencedores. Muitas vezes somos levados a desistir. Paulo passou por tantas experiencias difíceis. Passava fome, sede, frio, traição, prisões, açoites, naufrágios. Contudo na prisão, louvava e orava com Silas. Eles não eram neutralizados pelas situações. Ele louvava o Senhor. Ele venceu. Estamos lutando juntos. Quando alguém é hospitalizado nós lutamos juntos em oração.

Esse versículo mostra o que encontramos na volta da batalha. Todos batalhamos pela igreja, pela família, pelos irmãos, mas o Senhor nos prepara uma mesa. Essa é uma experiencia mais elevada de Cristo em Sua ressureição. A questão que se lutarmos a batalha espiritual e vencermos com Cristo, teremos esse banquete. Hoje essa batalha é aqui na terra. o caminho é apertado e aporta é estreita. Ficamos tristes quando alguns se enfraquecem e desistem, mas precisamos recuperar os irmãos. Quando batalhamos, o Senhor sempre vem e nos prepara uma mesa na presença de nossos adversários.

Quando formos arrebatados, antes da grande tribulação, como o filho varão e as primícias, em nossa subida para o trono de Deus, passaremos pela batalha travada nos ares por Miguel e seus anjos contra o dragão e seus anjos. Esse exército que é arrebatado é um exército vencedor. Ele é composto por muitos jovens vencedores. Esse exército está acostumado a vencer o diabo e seus anjos na terra. Satanás é sempre derrotado por ele. Nessa passagem pelos ares, esses vencedores entram em campo no meio do jogo e vencem seu freguês, que é lançado para a terra. Esse exército segue até o trono de Deus e vem com o Senhor durante três anos e meio, enquanto ocorre a grande tribulação na terra.

A vinda do Senhor é a Sua parousia, que é a presença física do Senhor. O galardão dos vencedores é sua presença em sua vinda. Eles virão para a terra com o Senhor para a batalha de armagedon, onde o anticristo e o falso profeta serão derrotados e lançados no lago de fogo.

Esse quarto estágio é a nossa experiencia de travar as batalhas diárias. Temos os ataques pessoais do inimigo e os ataques contra a igreja. Precisamos vencê-lo individualmente e coletivamente.

Que no fina de cada dia tenhamos uma mesa posta para nós e no final de cada semana também tenhamos uma mesa posta para nós.

Gn 14:1-20
Os reis tomaram os bens de Sodoma e de Gomorra e levaram Ló. Ele não deveria morar em Sodoma, mas estar com seu tio, Abraão. Ele foi buscar o conforto material e foi armando as suas tendas para Sodoma e Gomorra. Quando não há vale da sombra da morte, acabamos em Sodoma. Não fujamos das tribulações. É evidente que não devemos pedir tribulações, mas não devemos fugir delas. Quanto mais queremos fugir do vale da sombra da morte, mais ele se prolonga. Mas devemos estar na presença do Senhor. Ló fugiu das dificuldades e perdeu a presença de Deus.

Abraão era o hebreu, um cruzador de rios, um vencedor. Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair 318 homens dos mais capazes nascidos em sua casa. Isso mostra que em seu viver normal Abraão tinha um exército em sua casa. Não era um exército de soldados, mas exército de servos. Creio que todos seus servos temiam a Deus, porque foram treinados por Abraão. Isso é um símbolo de uma vida da igreja vencedora. À medida que servimos ao Senhor somos treinados a lutar. É como em Neemias em que o povo com uma mão lutava e com a outra mão edificava. É assim que devemos ser. Servimos o Senhor, mas por outro lado, temos a batalha diária. Nós empunhamos a ferramenta de trabalho em nosso dia a dia, mas também temos a espada. Devemos vigiar e orar. Estar apercebidos para estarmos preparados na vinda do Senhor. Abraão não deixou Ló ser levado cativo.

Abraão levou 318 homens de sua casa, dos mais capazes para buscar o irmão que se perdeu. Nesses dias de isolamento, vamos atrás dos irmãos e não deixar nenhum deles se perder. O pastor deixa as noventa e nove ovelhas e vai buscar a que se perdeu. Isso é ser um pastor. Para salvar uma ovelha Davi enfrentava um leão ou um urso. Quantos leões e ursos existem em nosso dia a dia? Muitas vezes fugimos. Davi não ficava à toa no campo. Ele treinava com sua funda, por isso acertou Golias na testa. Devemos saber usar bem nossas ferramentas de guerra. Vamos aproveitar e nos equipar com a palavra profética e com a palavra profética. Então, nosso número de irmãos que podem ministrar Cristo a outros aumentará. Diariamente quase 5mil livros estão sendo distribuídos por várias equipes de colportores dinâmicos em vários lugares hoje. Precisamos nos preparar.

Como 318 homens farão frente a um exército de quatro reis? É um exército vencedor, que tem uma causa. Não somos mercenários. Somos exército com uma causa. Somos soldados de Cristo. O exército de Israel sempre foi em menor número, mas é vencedor. Porque não é questão de poder, mas da presença do Senhor. Na presença do Senhor seremos vencedores. Em nós mesmos, seremos derrotados.

Abraão resgatou todo o povo e não somente a Ló. Deus é amor e deseja que todos sejam salvos. Os irmãos têm prioridade absoluta, mas devemos nos preocupar com o povo. Deus depende de nós para resgatar o povo.

Inesperadamente, apareceu Melquisedeque para trazer pão e vinho para Abraão. No final da batalha o Senhor preparou uma mesa na presença dos adversários. É Salmo 23 em Gênesis 14. Quando lutamos para trazer os nossos irmãos, quando resgatamos as pessoas da morte para a vida eterna, o Senhor, nosso Melquisedeque prepara uma mesa para nós.

Derrotas fazem parte de nossa experiência. Nesses momentos devemos nos arrepender e pedir perdão. Isso é uma vitória e poderemos desfrutar da mesa preparada pelo nosso Melquisedeque.

No final de cada semana o Senhor nos traz pão e vinho em Sua ceia. Todos os inimigos são postos debaixo dos pés. Na pessoa de Melquisedeque temos a experiência de Salmo 23:5 – preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários.

Mt 28:18-20
O Senhor como rei estava partindo, deixando-nos temporariamente. Quando o sol da justiça parte, a terra passa por uma longa noite. Hoje estamos esperando a vinda da estrela da manhã, a qual é para os que estão vigilantes durante a noite. De madrugada, bem cedo ela aparecerá. Os que a conseguirem ver serão arrebatados. A maioria somente despertará quando o sol já estiver algo. A igreja está passando hoje sobre o vale da sombra da morte, mas um dia o Senhor virá para buscar os vencedores como a estrela da manhã. Para os seus escolhidos ele virá. No vale da sombra da morte, não tememos mal nenhum e ele nos prepara uma mesa na presença de nossos adversários.

Nossa batalha é primeiramente ir. Oremos pelos colportores, que estão saindo com todas as precauções sanitárias. Nós não podemos ir, mas podemos orar por eles. Saímos para buscar as pessoas e levá-las aos pastos verdejantes e junto as águas de descanso. Ensiná-los a guardar o que o Senhor tem ordenado e levá-los ao segundo estágio, a andar pelas veredas da justiça para crescerem em vida. Os que praticam essa palavra de ir e fazer discípulos, levando-os a maturidade, o Senhor os fará vencedores e têm a promessa da presença do Senhor. Eles são vencedores.

Oração:
Senhor, nós te agradecemos porque temos a tua presença nesse vale da sombra da morte. Não tememos mal nenhum porque Tu estás conosco. Te agradecemos porque Tu nos encorajas tanto, porque no final de cada semana tu nos preparas uma mesa na presença de nosso adversário. Quanto amor, Senhor. Tu és no nosso Melquisedeque. Quando lutamos por teus interesses tu sempre vens como Melquisedeque ao nosso encontro. Que sejamos vencedores para um dia reinarmos contigo. Possamos pastorear as nações junto contigo com vara de ferro. Senhor, seja conosco e nos dá um espírito de guerreiros. Não nos rendamos aos ataques do inimigo. Blinda nossa mente e emoção e fortalece o nosso espírito. Abençoa a igreja e leva a frutificar cada vez mais. Obrigado, Senhor e abençoa também a palavra de amanhã. Nós oramos e agradecemos em teu poderoso e santo nome. Amém.

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