M36 – A Ressurreição e a Comissão (2)

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong, transmitida pelo Instituto Vida para Todos  diretamente da Conferência das Igrejas em Bogotá – Colômbia, em 10/07/2022 

Texto não revisado pelo autor.  

Na mensagem passada, concluímos com Efésios 4:12, onde mostramos que Cristo, quando morreu, foi para  as regiões inferiores da Terra. Jesus tinha uma missão de buscar lá no Hades os homens que estavam  cativos por Satanás, pelo poder do pecado e da morte. Desde que o homem caiu, ao comer da árvore do  conhecimento do bem e do mal, em Gênesis 3, o pecado entrou no homem e, por isso, a morte entrou e esta  passou a todos os homens. Assim, não há um justo, todos pecaram e carecem da glória de Deus. Todos  foram levados cativos por Satanás e estão debaixo do poder do pecado e da morte e o destino do homem  caído é o lago de fogo.  

Mas, graças a Deus, que enviou Seu Filho Jesus Cristo, o qual tornou-se homem e se dispôs a sofrer por  nós aqui na terra e, aos 30 anos, iniciou Seu ministério terrenal, pregando o evangelho do reino de cidade  em cidade, de aldeia em aldeia. Ele nos deixou um modelo de ir às ruas. Por estarem debaixo deste  domínio do pecado e da morte, todos os homens estão em angústia e aflição, estão como ovelhas sem  pastor. Jesus saiu em resgate delas e trazê-las para o governo do reino dos céus, mas nada disso teria  ocorrido se não houvesse a morte e ressurreição.  

Jesus morreu a morte mais cruel, tudo para poder nos salvar e nos libertar do cativeiro. Ao morrer na cruz,  de Seu lado fluiu sangue e água. O sangue é para nossa redenção, e a água é o fluir da vida de Deus para  o homem, que até esse momento não podia recebê-la. Então, Jesus morreu e foi até o Hades, que é o centro  do poder da morte; Ele entrou no Hades e libertou os cativos por meio de Sua ressurreição. A morte tentou  retê-Lo, mas não conseguiu vencer a vida de ressurreição. Jesus não subiu só, trouxe consigo os cativos  e foi ascendido à destra de Deus. Isso foi como uma procissão triunfal do general romano quando vencia  uma grande batalha e voltava com os cativos em um desfile entrando em Roma. E os cativos que se  renderam ao General Cristo tinham um perfume de vida para vida (2 Co 2:14-15).  

O apóstolo Paulo foi um exemplo desse cativo que tinha um incensário na mão. Quando Jesus apareceu a  Paulo, ele conheceu Cristo e, pela sublimidade deste conhecimento, abandonou seu passado. Assim como  Paulo, nós também passamos a conhecer Cristo. Todos estamos espalhando esse bom perfume de  Cristo em todo lugar. Por isso saímos às ruas dizendo “Posso orar por você?” e fazendo colportagem,  porque nessa procissão de cativos ainda há muitos que não se renderam ao General. Estes que não se  renderam a Cristo, quando figuradamente, ao chegarem ao capitólio em Roma, serão mortos. Por isso,  precisamos pregar o evangelho, para que não sejam mortos e saiam da perdição eterna, o lago de fogo.  

Ao subir até as alturas, Cristo concedeu dons aos homens, os quais são homens que Deus deu para a igreja  a fim de aperfeiçoar os santos. Deus deu de presente: apóstolo, profetas, evangelistas, pastores e  mestres. Até agosto/2021, estava muito preocupado com as igrejas na Colômbia, porque elas estavam  muito atrasadas nessa procissão, que Deus está levando Seu exército ao tempo final. Deus precisava  também chamar os trabalhadores da undécima hora na Colômbia. Sair da maneira tradicional e  convencional para poder atender à necessidade de Deus na era do apocalipse. 

Deus precisa acelerar os passos para a conclusão desta era. Para isso, Ele quer enviar os sete  Espíritos, mas se Deus não encontra a igreja em condição de cooperar, Ele não vai enviá-Los. Graças a  Deus, em outubro/21, através da Fábrica de Vencedores, a situação das igrejas na Colômbia começou a  mudar, pois provaram o poder da palavra profética, do poder do Espírito que quando entram em ação,  ocorrem milagres.  

O segredo para a última hora é a palavra profética – quando a igreja tem condições de receber com fé  essa palavra, faz a obra de Deus. Os tessalonicenses foram um modelo para todos nós, visto que eles  acolheram a palavra de Paulo como sendo de Deus e essa palavra operou nos que creram. Deus quer  trabalhar na igreja por meio de Sua Palavra e nós precisamos ser simples. No passado questionávamos  muito o que ouvíamos, mas agora a igreja está recebendo a palavra com obediência e simplicidade. O  homem não tem capacidade de fazer a obra de Deus, pois quem a faz é Sua Palavra. Quando Deus faz, a  obra é acompanhada de prodígios, milagres e sinais.  

Somos muito gratos a Deus, pois deu ao irmão Dong todas as ferramentas que hoje usamos, ainda que em  seu tempo algumas dessas ferramentas não tinham plena função, mas se tornaram patrimônio da igreja e,  agora no tempo final, os sete Espíritos vieram para operar – encontraram a igreja em uma condição de  simplicidade e obediência a Sua Palavra. Todas as ferramentas foram revolucionadas – começando pela  colportagem dinâmica, avança jovem, fábrica de vencedores, mulheres conectadas e, mais recentemente,  homens de oração.  

Com isso, percebemos que Deus está cumprindo entre nós o Salmo 110:3. Deus não somente despertou  as igrejas para atender Sua convocação para a guerra final, mas também está despertando muitos jovens,  bem como as crianças e adolescentes. Assim Deus terá dado para Seu Filho um exército de jovens santos  para atender a necessidade de conclusão desta era. Estou muito contente, porque vejo na Colômbia muitos  jovens: vocês são o futuro do Senhor para concluir esta era. Não é um futuro distante, é o amanhã.  Precisamos aprender a ter o mesmo caráter dos irmãos da Colômbia, os quais já chegam com  antecedência na reunião e permanecem nela até o final. Somos um exército, temos de ter um caráter de  soldado, porque um exército relaxado não está preparado para o combate.  

Então Deus deu esses dons para aperfeiçoamento dos santos, e isso visa a que cada membro possa fazer  a obra do ministério. Qual é o nosso ministério? O nosso ministério é para a edificação do Corpo de Cristo.  Somos muitos, pessoas de regiões diferentes, espalhados por toda a Terra, mas temos todos uma só obra,  um só ministério: a edificação da igreja. Então a ressurreição de Cristo tem por objetivo a edificação do  Corpo de Cristo.  

Ef 4:13-16  

Pela palavra profética nós temos segurança, por isso, não tem espaço para pessoas espertas, que usam  de astúcia e trazem doutrinas diferentes. Quando o irmão Dong conduzia as igrejas, segui-lo para mim era  segurança. Temos a palavra de Deus como uma candeia, que nos dá direção até a vinda do Senhor.  É importante nós estarmos bem ajustados, pois isso é edificação. Nós éramos individualistas, a natureza  da carne nos impede de edificar-nos uns com os outros, mas hoje fomos transferidos às regiões  celestiais e, no espírito, temos o primeiro fruto que é o amor; depois, temos a bondade, a longanimidade, a  mansidão e o domínio próprio. Com isso conseguimos ser bem ajustados, cada um considerando o outro  como superior a si mesmo. Hoje, somos de o mesmo sentir, mesma alma, somos unânimes, há mais  unidade.  

Tempos atrás eu ilustrei isso com a figura do concreto armado. Os elementos para a formação do concreto  armado são pedra, areia, ferro e cimento. Quando se joga água, o cimento entra em uma reação química e  começa a ajustar todos os elementos e, assim, ficamos bem consolidados; depois de sete dias, estaremos  com uma resistência de quase 100kg por centímetro quadrado e quando chegar aos 28 dias, ganharemos a  resistência de 210kg ou até 300kg por centímetro quadrado. Suportaremos toneladas de carga e assim as  portas do inferno não prevalecerão. Então vamos edificar a igreja. Deixe sua individualidade de lado. Tudo  isso é resultado da morte e ressurreição de Cristo. Agora sim, chegamos na mensagem 36:  

Mensagem 36

Mt 28:1-7, 16-20; 4:15-16  

Por que a Galileia? Vamos ver uma nota da versão restauração: “o Rei celestial começou o Seu ministério  na Galileia dos gentios (Mt 4:12-17), e não em Jerusalém, a cidade santa da religião judaica; após a Sua  ressurreição, Ele foi outra vez para a Galileia, e não para Jerusalém. Isso é um forte indício de que o Rei  celestial tinha abandonado completamente o judaísmo e começado uma era nova para a economia  neotestamentária de Deus”. 

Deus quer fazer algo novo, por isso, precisamos sair do que tradicional e convencional. Jesus não começou  Seu ministério em Jerusalém, que era a cidade amada por Deus, cidade que Deus escolheu para pôr Seu  nome. Mas Jerusalém foi contaminada, perdeu seu estado original. Então, Jesus iniciou Seu ministério  na Galileia dos gentios. E, após a ressurreição, Jesus deu a incumbência a seus discípulos também na  Galileia (Mt 28:16). É muito difícil para o homem de nossa cultura crer que Jesus ressuscitou (v. 17).  

E qual é a grande comissão? Vemos no v. 18. Percebem a importância da morte e ressureição de Cristo?  Porque através dela e da ascensão à destra direita de Deus, é que Jesus, como cabeça, ganhou toda  autoridade no céu e na terra. Ele domina os principados e potestades, e toda a Terra. E a igreja precisa  dessa autoridade para concluir essa grande missão. A igreja não vai cumprir essa grande comissão com  força própria; saímos com a autoridade do Senhor, por isso que os milagres acontecem. A cultura dos  11 discípulos era pregar só para os judeus, mas Jesus deu a missão de pregar a todas as nações e, hoje,  aqui na Colômbia, está se cumprindo essa palavra.  

Mt 28:8-10; Jo 15:13-15; 1 Pe 1:3; Hb 2:11-13  

Por que medo? Porque houve um grande terremoto e um anjo apareceu e removeu a pedra. O sepulcro da  época era um túmulo escavado na rocha e o espaço era o suficiente para colocar o corpo, e a abertura da  entrada tinha uma grande pedra em forma de roda, a qual era empurrada por vários homens para fechar o  sepulcro. Um homem ou apenas alguns não conseguiam removê-la, mas apareceu um anjo que conseguiu.  Por isso que as mulheres estavam assustadas. E por que a alegria? Porque Jesus ressuscitou. Então, elas  correram para avisar os discípulos e, neste momento, Jesus veio ao encontro delas (v. 9).  

Em João 15, Jesus chamou os discípulos de amigos, um termo mais íntimo. Mas depois da ressurreição, a  relação ficou ainda mais íntima: Jesus chama Seus discípulos de irmãos (Mt 28:10), porque por meio da  ressurreição de Cristo, nascemos com a vida de Deus. Precisamos valorizar a ressurreição de Cristo, pois  ela nos trouxe a possibilidade de nascer de novo e receber a vida de Deus e com ela temos uma viva  esperança.  

Quem foi logo cedo ao sepulcro foram AS MULHERES. Nenhum discípulo foi. Na verdade, nem as mulheres  nem os discípulos criam que Jesus iria ressuscitar. As mulheres compraram aromas e levaram para terminar  de embalsar o corpo de Jesus no túmulo. O homem não tem cultura da ressurreição. Os homens são muito  objetivos: se tem algum sinal, eles vão; se não tem, eles não vão. Mas as mulheres, na madrugada,  chegaram no túmulo. Isso temos que aprender com as irmãs. Nós, os homens, somos muito objetivos,  exercitamos a mente demais; já as mulheres são muito emotivas. Os homens precisam colocar a mente  no espírito e deixar de ser tão secos, tão objetivos.  

Quando Deus olhou para Adão, viu que não era bom estar só, precisa de uma auxiliadora. Na igreja é a  mesma coisa. Claro que Deus não deu para as irmãs papel de protagonistas e sim o papel de  auxiliadoras. Elas têm um papel de servir em oculto, um trabalho não menos importante, o qual completa o  trabalho do homem. Paulo disse: não permito que a mulher ensine com autoridade de homem (1 Tm 2:12).  Jesus, quando saiu em Seu ministério pela Galileia, se não fossem as mulheres que O acompanhavam  dando suporte, o ministério da palavra sofreria perdas.  

Quando, na pandemia, começamos a ter comunhões na Estância com os líderes de cada região na casa do  irmão Amir, para nós homens, bastava ter um espaço que atenderia a finalidade – este é o pensamento do  homem. Porém, se não fossem as mulheres, quem faria a arrumação do espaço? Quem serviria as refeições  etc.? Vemos o trabalho dessas irmãs maravilhosas. O ministério da palavra não funciona bem sem o  ministério dos serviços e sem o ministério das riquezas materiais. Havia algumas mulheres que Jesus  curou, tal como Maria Madalena, Joana, Susana – elas serviam o Senhor com seus bens, seu dinheiro. E  elas preparavam um lugar para Jesus comer e ministrar a palavra. Uma casa sem mulher não é lar; não é  agradável, confortável para se viver. A mulher arruma tudo, pensa em tudo e em cada detalhe. Parece que  elas têm olhos de águia; parece que o Senhor deu a vista do homem só para frente, enquanto para a  mulher, uma vista panorâmica. Precisamos das irmãs.  

Mt 28:11-15  

Os guardas foram subornados para falar mentira, apresentar uma versão vergonhosa. Visto que o túmulo  era fechado com uma pedra muito pesada e selado com cordas com lacre do império romano e do Sinédrio,  era impossível os poucos discípulos fazerem isso.  

Mc 16:9; Lc 24:1-3, 9-12; Jo 20:1-14  

Mesmo com o testemunho das irmãs, os discípulos não acreditaram. O evangelho de João também  relata esse momento quando as mulheres, depois que não viram o Senhor no sepulcro, foram chamar a  Pedro e João. Os homens só foram porque as mulheres viram. João correu mais rápido que Pedro direto 

ao sepulcro, mas não teve coragem de entrar. Pedro chegou depois, mas entrou; do lado de fora, João viu  os lençóis e, estando dentro, Pedro viu o lenço que estivera na cabeça de Jesus. Só assim compreenderam  que Jesus havia ressuscitado. Vemos aqui como o homem age com muita objetividade: os dois viram e  voltaram para casa (v. 10). Mas Maria Madalena ficou chorando e viu dois anjos dentro do túmulo (v. 11) e,  voltando-se, Jesus apareceu para ela. Jesus não apareceu para Pedro e João naquela manhã, mas para  Maria Madalena. Essa atitude das mulheres fez com que vissem a ressurreição de Jesus antes dos homens.  Porém, Maria Madalena não reconheceu a Jesus porque depois da ressurreição o corpo não é material e  sim espiritual. É um mistério, porque Jesus pediu para que tocasse nas marcas em Seu corpo e Ele podia  aparecer e desaparecer.  

Embora os homens tenham essa característica objetiva e Deus dá para eles o protagonismo da liderança,  não podem mais viver como homem natural. Como homens, precisamos ter consciência de nossa  deficiência, a qual pode ser suprida, em parte, por viver no espírito e, pela outra parte, por meio da  cooperação das irmãs na igreja. Por isso as irmãs são importantes na edificação da igreja, elas tiveram a  sensibilidade e amor de buscar a Jesus, de não se contentar que Ele não estava no sepulcro. Essa busca,  sensibilidade e amor os homens precisam ter. Jesus é o Senhor!

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