A palavra da reconciliação (4) – Ezra Ma

OS MINISTROS DA NOVA ALIANÇA

 

Palavra ministrada pelo irmão Ezra Ma do estúdio do Instituto Vida para Todos na Estância Árvore da Vida, em Sumaré-SP, em 02/05/2020. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.

 

Mensagem 33 – A palavra da reconciliação (4)
Leitura Bíblica: 2 Co 5:19

Boa noite, queridos irmãos, queridos amigos, que a paz de Cristo seja com todos vocês, nesse tempo de isolamento e de distanciamento social. Como já dissemos, no espírito somos todos um com vocês. Hoje à noite continuaremos a palavra que temos falado aos sábados à noite, intitulada A palavra da reconciliação. Continuaremos ainda nas próximas semanas provavelmente com as partes 5 e 6.

A reconciliação é um item muito importante no Novo Testamento. Quando Jesus Cristo veio, viveu uma vida humana sem pecado e deu a Sua vida como propiciação pelos nossos pecados. Nós que pecamos e deveríamos estar na cruz, de acordo com os justos requisitos da lei de Deus, mas Ele morreu em nosso lugar, tomando o castigo sobre Ele.

Rm 5:10
Então, o Seu ministério tem duas partes. Primeiro, a parte terrena, que aconteceu há 2 mil anos, mas na terra ele não assumiu a posição como filho de Deus, e sim como de homem. Ele veio para vivenciar os conflitos, sofrimentos e tentações humanas para que hoje pudesse ser ao sumo sacerdote da ordem de Melquisedeque. Ele é um sacerdote que sente simpatia por nós. Na terra, realizou a obra de redenção. Ele obteve por nós o 1) perdão dos pecados, 2) reconciliação com Deus 3) a nossa justificação. Em Romanos 5:10 revela que muito mais estando já reconciliados com Deus mediante a Sua morte, agora, temos uma segunda parte do processo de salvação de Deus. O perdão de nossos pecados, pagando o preço por nós, a nossa reconciliação com Deus e a nossa justificação objetiva é o que Ele obteve por nós em Seu ministério terreno. Hoje Ele é O Espírito e continua trabalhando em nós na igreja e continuamos sendo salvos pela Sua vida. A primeira parte foi nos reconciliar através de Sua morte.

A segunda parte é sermos salvos por Sua vida. Santificação, que é inserir em nós os elementos da natureza santa de Deus. Hoje estamos sendo chamados a participar da natureza da unidade, da felicidade divina. Estamos sendo santificados. Os elementos de Deus estão sendo agregados a nós. O próximo passo é a transformação e, ainda, a conformação. Não estamos no molde desse mundo. Pelo contrário, estamos sendo conformados a imagem do Filho de Deus. No final de todos esses estágios, seremos glorificados. Não apenas nosso corpo será transfigurado e glorificados, mas seremos totalmente inseridos em Deus. Isso tudo é a salvação plena que Deus nos dá.

2 Co 5:18-19
A reconciliação é o início, mas ela não termina de uma vez por todas. Todos os dias precisamos nos reconciliar com Deus e com as pessoas a nossa volta. Por meios de Cristo, Deus nos reconciliou consigo mesmo e nos deu o ministério da reconciliação. O tema central das mensagens que estamos ministrando é os ministros da nova aliança. esses ministros têm muitas funções. Seu ministério é múltiplo. Há o ministério da vida, o ministério da justificação e estamos vendo o ministério da reconciliação. Vimos nas semanas anteriores que devemos ser pastores para cuidar das pessoas, e mensageiros de Deus. A pregação do evangelho é o passo inicial. É para trazer paz às pessoas. a grande maioria das pessoas hoje estão com seus sentimentos aflorados. As pessoas sentem que não tem paz. A violência familiar está aumentando, alguns estão entrando em depressão etc. As pessoas não têm paz com Deus, outras não tem paz consigo mesmas. Quando pregamos o evangelho, quando oramos pelas pessoas, estamos trazendo a paz para as pessoas. estamos reconciliando os homens com Deus. Nós fazemos o vínculo delas com Deus. Somos apensa o canal, o mensageiro e pastor de Deus para que as pessoas recebam a energia, a vida de Deus, que é o segredo da felicidade. Quando as pessoas recebem Jesus e oram, então começam a se reconciliar com Deus. Muitos, logo após a oração, confessam que estavam buscando a paz que passaram a sentir naquele momento.

Mas não apenas os que ainda não creram no Senhor precisam de reconciliação. Mesmo nós passamos por dificuldades e muitas vezes nos afastamos de Deus, perdendo nosso vínculo e nossa paz com Deus. Aí a necessidade de nos reconciliarmos com Deus novamente. é por isso que Deus nos confiou o ministério da nova aliança. Deus confiou aos Seus pastores e mensageiros a palavra da reconciliação. Essa palavra deve ser falada em todos os meios para reconciliar as pessoas com Deus. Nós, os ministros da nova aliança, representamos Deus. Nossa pátria é os céus e somos embaixadores em nome de Cristo. Deus hoje está exortando as pessoas que se afastaram de Deus, em nome de Cristo, que se reconcilie com Deus. Essa reconciliação não é algo que a morte de Cristo resolveu, mas é algo que a vida de Cristo que nos roga e exorta a nos reconciliar com Deus. Essa é a palavra da reconciliação.

Não estamos focando muito na obra, mas principalmente na pessoa do ministro da reconciliação, na pessoa do mensageiro e da mensageira, do pastor e da pastora, que possuem a palavra da reconciliação para causar grande mudança na vida das pessoas. Até o momento vimos seis itens sobre o mensageiro de Deus:

  1. Equipado com a palavra fundamental e profética
  2. Tem o ministério que recebeu pessoalmente do Senhor Jesus
  3. Vai ao Senhor e recebe a missão diretamente do Senhor,
  4. Conhece a palavra e nela crê, por isso, fala e vive a palavra.
  5. É uma carta viva de Cristo e escreve cartas de Cristo. Deus escreve nele e as pessoas podem ver Deus em sua vida, mas ele também escreve cartas de Cristo nas pessoas, infundindo a palavra de Deus neles. Eles gravam as pessoas em seus corações.
  6. Tem comunhão intima com Deus para ser transformado e interceder pelo povo de Deus.

Vimos que o mensageiro está diante de Deus e Sua glória é infundida nele, transformando a sua pessoa. No Antigo Testamento essa glória era infundida em Moisés, que ficava com o rosto resplandecente, mas essa glória pouco a pouco se desvanecia. Isso não acontece no Novo Testamento, quando a glória é permanente. Essa glória produz transformação.

Vimos também que quem tem comunhão intima com deus tem o ministério da intercessão. Vimos em Êxodo 32 como Moisés não buscou seus próprios interesses, mas orou na intimidade com Deus e pode fazer a mão de Deus agir. Moisés tocou no coração de Deus e levou-O a se arrepender. Se orarmos dessa maneira, na intimidade com Deus, podemos fazer Deus agir.

O mensageiro de Deus em comunhão intima com o Senhor para ter a presença do Senhor para cumprir a sua missão, o seu ministério.

Ex 33:1-6
Deus disse a Moisés que enviaria o Anjo adiante do povo. Sempre que este termo: Anjo do Senhor ou simplesmente Anjo, se refere a uma tipificação de Cristo. É uma representação de Cristo. Deus deu uma ordem para que Ele subisse a essa terra que mana leite e mel. Deus disse que ia enviar o Seu Filho, Cristo. Esse anjo representa Cristo. Cristo já estava no antigo testamento como o Anjo do Senhor. Deus Pai disse que não iria como povo. Por que eram rebeldes e desobedientes, Deus não queria ir com eles para não consumir o povo. Quando ouviu essas notícias, o povo começou a chorar e não queriam mais vestir seus adornos, seus atavios. Esses ornamentos são o passo que antecede a idolatria. É o que cobre a nossa pessoa para que fiquemos mais bonitos, embora nossa condição não seja bonita. Tudo que você usa para se embelezar é um atavio. A única coisa que queremos que nos cubra é Cristo como a nossa justiça.

Êx 33:5-6, 12
Os versículos 7-11 vimos na semana passada. Vimos  a tenda da congregação. Diante dessa tenda, Deus falava com Moisés face a face e ele tinha comunhão íntima com Deus. Moisés não deixava por menos. Era como se ele dissesse: Deus você pediu para eu fazer subir esse povo, mas não falou quem vai enviar para ir comigo. Irei sozinho?” Moisés lembrou a Deus do que Deus havia lhe dito. Esta está a base da nossa negociação com Deus. Isso foi algo que Moisés recebeu de deus em sua comunhão intima com Ele, quando ele estava na tenda da congregação. Isso denota intimidade. Deus sabia quem Moisés era. Por isso, nós invocamos o nome do Senhor hoje. Ele nos conhece pelo nosso nome. Isso depende de quanto temos de intimidade com Ele. Muitos cristãos não serão conhecidos por Deus no dia da Sua volta. A questão não é quanta coisa fazemos para Deus, mas se fazemos a vontade do Pai que está nos céus. Não é todo o que diz Senhor, Senhor! que entrará no reino dos céus, mas aqueles que fazem a vontade de Deus.

Todos seremos julgados, de acordo com Mateus 25, segundo dois critérios: o crescimento de vida (azeite nas vasilhas) e quanto a obra do Senhor (o que fizemos com os talentos). Sim, precisamos fazer muitas coisas, mas o que Deus quer é um viver no espírito. deus busca um grupo de pessoas que vivem a vida de Deus, que vivam para Ele, O agradem e façam a vontade dEle.

Esse tipo de oração que teve Moisés, com ousadia, é que precisamos ter. Ele queria saber naquele momento o caminho do Senhor. Essa era a ousadia de Moisés. Ele queria o caminho de Deus, não seu próprio caminho. Os conflitos que existem nas igrejas acontecem porque cada um quer impor o seu caminho. Mas oramos pelo caminho do Senhor. Não queremos apenas fazer obra para o Senhor, mas conhecê-Lo. A cada dia que exercitamos nossa função de pastor e de mensageiro precisamos conhecer mais ao Senhor.

Moisés queria conhecer o caminho de Deus, conhecer o que estava no coração de Deus. Tudo o que Moisés queria era fazer as coisas de acordo com o coração de Deus. Jesus também era assim. Moisés, então, queria conhecer o próprio Senhor (v. 13).

A comunhão intima de um mensageiro é para ter a presença do Senhor para cumprir a sua missão – Êx 32:5-7; 33:13-16
O povo madrugou e fez até algo religioso, oferecendo holocaustos e ofertas pacíficas, mas logo depois assentou-se par comer, beber e levantou-se para divertir-se. Enquanto isso, Moisés estava em cima do monte, sendo infundido com a glória de Deus. Deus se indignou com o povo e disse a Moisés que o povo era de Moisés. Isso ficou atravessado na garganta de Moisés. No capítulo 33, em sua intercessão pelo povo, Moisés orou de uma maneira muito forte e disse a Deus que o povo era de Deus. Deus havia dito que não iria mais com o povo, mas quando Moisés orou desse jeito, o coarão de Deus se moveu e Ele respondeu isso a ele: a minha presença irá contigo e eu te darei descanso.

Você se acha capaz? Não sou capaz de fazer nada. As coisas de Deus, por nós mesmos, somos incapazes de fazer. precisamos da presença de Deus. Se fizermos um monte de coisas para deus sem a Sua presença, teremos um esgotamento emocional. Todos temos de tomar cuidado. Não devemos nos achar capazes. A nossa suficiência vem de Deus. Devemos saber e lembrar ao Senhor que este povo é Dele. Quando temos a presença de Deus, temos descanso.

O irmão Pedro nos falou sobre esse versículo e isso nos deu grande encorajamento. Quando temos a presença de deus, a obra de Deus não é um peso. Fisicamente, podemos ficar cansados e por causa das muitas situações difíceis, podemos sofrer, mas a paz de Deus, a presença de Deus nos traz descanso. Quando temos a comunhão íntima com Deus, somos capazes de cumprir nossa missão, nosso ministério.

Após receber a palavra do Senhor de que Deus iria com ele, Moisés mais uma vez reiterou que se o Senhor não fosse com ele, ele não iria. Ele continuou falando que não estava buscando nada para ele, mas apenas estava cumprindo a missão que havia recebido do Senhor (v. 15). Como ministros da nova aliança, devemos ter essa atitude: certificar-nos de que temos a presença do Senhor.

Ele enfatizou mais uma vez que o povo era de Deus. Ele sabia que não era a aparência exterior que contava, mas era o fato de o Senhor estar com eles. O que nos distingue dos outros povos é a presença do Senhor e termos Ele andando conosco (v. 16).

A comunhão intima de um mensageiro é para ter a presença do Senhor para cumprir a sua missão. Moisés tinha a presença de Deus com ele e, por isso, se sentia capaz e motivado a conduzir o povo.

A comunhão intima com Deus é para um conhecimento profundo de Deus – Êx 33:17-23; 1 Jo 3:2
Deus confirmou o que Moisés havia dito: que Ele conhecia Moisés pelo nome. Deus e Moisés tinham intimidade. Ele fez uma oração ousadíssima, que ninguém se atrevia a fazer.

Moisés, então, pediu para ver a glória do Senhor. Isso era a sua busca para ter um conhecimento mais profundo de Deus. Devemos ter tal coração e disposição. Em Êx 33:11 diz que “Falava o Senhor a Moisés face a face”, mas em Êx 33:20 vemos que ninguém poderia ver a face de Deus e viver. Isso é uma questão de grau e intensidade. Na tenda da congregação era em um nível, em uma intensidade, mas Moisés pediu a Deus para ver a glória plena de Deus, que ninguém pode ver. Quando temos comunhão com Deus, sentimos a presença do Senhor e realmente vemos a sua face. A bíblia diz que contemplamos e refletimos a glória do Senhor (2 Co 3:18), mas isso ainda não é a glória plena do Senhor. Ainda não vimos o Senhor fisicamente. Pedro disse que amamos o Senhor sem O termos visto.

No entanto, em 1 Jo 3:2 nos é dito que ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Estamos sendo inseridos em Deus. Nossa alma está sendo transformada. Quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o processo de santificação, transformação, conformação e glorificação será completado. Seremos iguais a Deus. Deus se tornou homem para que o homem seja igual a Deus em vida, mas não na deidade. Por quê? Porque seremos como Ele é. Então poderemos ver a Sua face, como Ele realmente é. Isso é algo que Moisés não pôde obter.

Moisés foi chamado por Deus para estar junto a ele, quando o colocaria em uma penha, que é uma grande rocha, com uma fenda nela. Ao passar, Deus colocaria a mão na fenda da rocha para cobrir Moisés. Essa fenda é cristo. Cristo é a rocha que foi fendida por nós. Você quer ver a Deus? Só estando em Cristo. Graças a Deus, que na cruz a rocha eterna Cristo foi fendido e partido por nós. Teremos a mesa do Senhor no domingo para nos lembrar do Senhor. Ao partir o pão podemos lembrar que Cristo foi partido por nós.

Em tipologia, Deus falou a Moisés que ele somente poderia ver a Deus em Cristo. hoje, se alguém está em Cristo, é nova criação e pode ver a Deus face a face.

Ao ter comunhão intima com Deus, tendo conhecimento profundo Dele, podemos pedir ao Senhor para aprofundar ainda mais a nossa relação com Deus. Devemos sempre avançar ao próximo nível de nossa experiencia e conhecimento de Deus. Deus se revela a nós de uma maneira especial e nos revela o Seu nome.

Deus quer usar esses tempos atuais para que aprofundemos nossa comunhão com Ele e tenhamos conhecimento profundo Dele para que em Sua presença possamos cumprir a missão que recebemos Dele.

 

Oração:
Te agradecemos pela palavra da reconciliação por querer nos usar para cuidar das pessoas. Essa é a nossa missão – falar a palavra da reconciliação. Reconciliar as pessoas contigo e reconciliar as pessoas de forma maias profunda contigo. Senhor, queremos dizer a Ti que não queremos andar sozinhos. Não somos capazes. Precisamos de Sua presença. Queremos conhecer os Teus caminhos s e achar graça diante de Ti. Queremos ser ousados como Moisés. Nos mostra a Tua glória, para que possamos ser transformados. Tu nos colocaste nessa fenda que é o Teu Filho Jesus Cristo. Queremos estar nessa Rocha, ocultos Nela. Te agradecemos por essa provisão que é o Teu Filho. Que os que não te conhecem ainda, possam conhecer esse Deus maravilhoso. Obrigado, Senhor. Cura os enfermos e consola os que perderam seus familiares, consolando também as igrejas. Cura totalmente os que estão doentes nos hospitais. Como tua igreja oramos para que tu possas abreviar esses dias. Que todo tempo possamos usar para estar mais em tua presença e levar essa palavra da reconciliação as pessoas. Te louvamos e agradecemos em nome do Senhor Jesus. Amém.

3 comentários em “A palavra da reconciliação (4) – Ezra Ma”

  1. Gracias al Señor por hacernos a su imagen y semejanza por infundir su naturaleza divina para que plebeyos a cabo tu plan. Te amamos Dios amado. Jesús es el Señor.

  2. Precisamos ter comunhão íntima com Deus para que Sua santidade e glória sejam infundidas em nós dia-a-dia até sermos como Ele é em vida e natureza, sem a deidade. Assim poderemos ver a face de Deus, Sua glória em plenitude. Que Dia extremamente feliz será este.

  3. …. uma comunhão com um amigo que podemos confiar totalmente, uma conversa de duas pessoas, conversando e um ouvindo o outro, uma perfeita “oração” é esses que o Senhor procura hoje… Evangelho de João 4:24.

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