O Princípio da Criação de Deus (2) – Pedro Dong

OS MINISTROS DA NOVA ALIANÇA

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong do estúdio do Instituto Vida para Todos na Estância Árvore da Vida, em Sumaré-SP, em 23/08/2020. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.

Mensagem 64 – O Princípio da Criação de Deus (2)
Leitura Bíblica: Gn 1:1; Sl 121:2; 124:8; 134:3

Semana passada iríamos entrar no assunto de hoje, mas o Senhor dirigiu de outra forma. Recordando o que estamos falando, a respeito de Efésios 1:9-10. A vontade de Deus é um mistério e nem os anjos sabiam direito o que Deus queria. Deus revelou esse mistério na era dos apóstolos e profetas. Esse mistério é fazer convergir em Cristo na dispensação da plenitude dos tempos todas as coisas. Dispensação, no grego, é oikonomia, que significa administração de uma casa. No caso, a casa de Deus tem uma administração em andamento. No decorrer do tempo essa economia está se desenvolvendo até que tudo convirja em Cristo. Hoje veremos o que são as coisas do céu e da terra.

A palavra convergir vem do grego anakephalaiomai, cujo significado é colocar todas as coisas em um ponto conector ou uma pessoa. O mistério da vontade de Deus é Cristo encabeçar todas as coisas. Essas coisas são as do céu e as da terra, que veremos hoje.

Cl 1:17
O Filho de Deus, Cristo, é antes de todas as coisas e em Cristo tudo subsiste. Ele é antes de Deus criar todas as coisas. Como filho de Deus, Cristo já coexistia na eternidade passada com o Pai e assim será por toda a eternidade. Deus queria colocar todas as coisas conectadas com esse ponto. Na escola aprendemos geometria e a usar um compasso. Para fazer uma circunferência é necessário achar um ponto que será o centro da circunferência. Antes de criar a circunferência, o centro é necessário ser estabelecido. O centro unificador de todas as coisas é Cristo.

Não é tão simples. Para ser o entro de todas as coisas, Cristo precisava ser tanto o Deus criador como a criatura. Ele é o único que pode ser esse ponto em quem Deus pode unir todas as coisas que seriam criadas. Um arcanjo, Lúcifer, quis ser esse ponto intermediário entre o Criador e a criatura, pensando que por ser a mais perfeita criatura, Deus precisaria dele como tal intermediário. Mas Deus estabeleceu Cristo como esse centro.

Ele então, é aquele em quem tudo subsiste. Essa palavra, em grego é sunistao, que significa que toda a criação estava conectada a Cristo como o centro. Isso significa encabeçamento e governo. Toda a criação estava ligada a Cristo, o Filho de Deus como o centro. Toda criação está centrada em Cristo, que é tanto o Deus criador como participou da criação vindo a ser um homem. Embora, no tempo Ele tenha vindo como homem muito depois da criação, após todo seu viver humano, capacitando-o a compadecer-se da humanidade e a ser aprovado pelo Pai por Seu viver totalmente submisso a Ele, foi ressuscitado após sua morte vicária por todos os homens. Cristo, então se ofereceu pelo Espírito eterno a Deus, de modo que tudo que Ele realizou no tempo foi lançado na eternidade, na qual não há tempo. Assim, Cristo como homem passou a estar antes da criação.

Ele é o centro da circunferência, que representa a criação. Sem o centro, a circunferência se desfaz. Mas o que Deus quer é que essa circunferência tenha toda sua área preenchida com Cristo. Deus fez com que Cristo fosse o ponto de conexão de toda criação. Contudo, ao criar o homem, o fez de uma maneira diferente, com o espírito humano. Quando o homem coletivo for enchido da vida e natureza de Deus, então, Ele fará da igreja Sua plenitude, com todos os seus elementos santos de Deus.

Na eternidade não havia o tempo e apenas Deus estava nela. Quando Ele começou a criar as coisas, o tempo passou a existir. Para nós o tempo passa e não volta. Apenas Deus está fora do tempo, podendo acessá-lo a em qualquer momento. Ele criou as coisas do céu e as da terra.

Gn 1:1; Sl 121:2; 124:8; 134:3; Gn 24:3; Dt 26:15; Ne 9:6; Sl 148:4; 2 Co 12:2
O que é exatamente o céu que Deus criou? Tudo o que existe no universo está no céu e na terra. Nosso Deus é o Criador do céu e da terra. Ele é o Deus do céu e da terra (Gn 24:3) e Sua santa habitação está no céu (Dt 26:15). Deus criou o céu dos céus (Ne 9:3; Sl 148:4), de modo que o céu não é algo único. Nesse ambiente há criaturas que neles Deus colocou. Deus dá vida a todos esses seres. Paulo foi arrebatado ao terceiro céu (2 Co 12:2). Temos o céu, o céu dos céus, o terceiro céu. Os céus e o céu dos céus são do Senhor (Dt 10:14).

A primeira dúvida é quantos céus existem. Com nossa mente racional e lógica não conseguimos entender as coisas de outra dimensão. Contudo, por nosso espírito podemos perceber algumas coisas.

Gn 1:8; Mt 5:45; Sl 19:1; Rm 1:20; Ef 6:12; Hb 1:14; Lc 17:20; Dn 10:5-6; Ap 1:13-15
Primeiramente, há o céu físico, que é o firmamento, a atmosfera que Deus colocou na terra. Sem ela, não teríamos oxigênio possibilitando a vida na terra. Outra função desse céu físico é nos dar água potável. A água dos mares não é potável, mas quando ela evapora para o firmamento, se condensa em forma de nuvens e se precipitam em forma de chuva nos dando água potável para a vida. Esse é o primeiro céu físico, que proporciona a vida para nós na terra. Esse céu que proclama a glória de Deus se refere ao céu físico. Quando contemplamos o firmamento e enxergamos os luzeiros além dele, vemos o nosso céu físico. Pela própria criação das coisas visíveis podemos perceber os atributos invisíveis de Deus e Sua própria divindade.

Existe o outro céu, que não enxergamos. O segundo céu é o céu invisível, que está em outra dimensão, onde estão os seres invisíveis e angelicais. Não só os anjos de Deus, mas também os espíritos imundos, que são os demônios. Todos eles estão na esfera espiritual. Além do céu físico, há o céu invisível, onde estão as coisas da dimensão espiritual. Elas não podem ser vistas na dimensão material em que nós estamos. Este é o segundo tipo de céu que a Bíblia nos revela. É tanto os céus onde estão os anjos caídos como a dimensão espiritual na terra em que estão os demônios. Os anhos são espíritos ministradores e não matéria (Hb 1:14). O reino de Deus também é espiritual e não podemos vê-lo com nossos olhos físicos (Lc 17:20; Dn 10:5-6). Os príncipes da Pérsia e da Grécia são autoridades das potestades dos anjos caídos que resistem ao que Deus está fazendo na terra. Eles resistiram nas regiões celestes, que não são o céu físico que vemos. Eles serão expulsos dessa região quando os vencedores forem arrebatados (Ap 12:7). Nos temos anjos do Senhor que acampam ao redor dos que amam o Senhor e o temem. Por isso, não precisamos temer esses exércitos de Satanás nas regiões celestiais (Sl 34:7).

Gl 5:16, 18, 22, 25; Ef 6:17-18; Ez 28:16-17; Is 66:1; Sl 47:8; Is 57:15
Nosso adversário está nessas regiões celestes procurando uma oportunidade para nos devorar (1Pe 5:8-9). Somente venceremos a luta espiritual andando no espírito (Gl 5:16, 18, 22-25). O inimigo invisível é vencido por viermos e andarmos no espírito. Por isso, precisamos nos revestir de toda a armadura de Deus. A palavra de Deus e a oração são nossas armas nessa batalha. Talvez em sua casa não haja paz. Algo está perturbando e a paz foi embora. A oração é o meio para que toda perturbação seja combatida e expulsa (Ef 6:17-18).

Lúcifer achava que por ser o modelo da perfeição da criação de Deus, seria necessário para Deus como essa conexão do Criador com a criatura. Por isso, Deus o lançou para longe do lugar sagrado de Deus. Há um lugar que é muito próximo do trono de Deus, no monte sagrado de Deus. Ele foi lançado para a terra.

Essa terra não é exatamente a terra física em que vivemos, mas é o céu das coisas invisíveis. Esse arcanjo se rebelou e foi lançado na região celeste do nosso mundo. Isso não se limita apenas ao nosso firmamento. Se se limitasse, ao ir à lua, o homem estaria livre do domínio de Satanás. O lugar de Satanás não se limita ao nosso firmamento, mas está na esfera espiritual. Ele foi lançado do céu em que Deus estava, mas para essa esfera espiritual. De um lado, Deus está no céu dos céus, mas Ele também está conosco em nosso coração. Isso não é algo distante fisicamente, mas é em outra dimensão (Ez 28:16-17; Is 66:1; Sl 47:8; Is 57:15).

A oração do Senhor Jesus indica que não há impedimento algum de se fazer a vontade de Deus, indicando, ainda, que Satanás não está naquela região. Ele não pode impedir que Deus faça a Sua vontade ali no céu dos céus, o terceiro céu, onde está o trono de Deus (Mt 6:9-10). Os anjos de Deus, os serafins, os querubins e os anciãos, estão com Deus no terceiro céu. Nas regiões celestes estão Satanás, os principados e potestades e os demônios. Existe ainda o céu físico, que nós enxergamos.

Gn 1:1-2
Entendemos o que são o céu criado por Deus. Veremos agora a terra. Lúcifer por se rebelar, foi lançado para a terra. Nela havia criaturas habitando a terra, que eram hominídeos, seres diferentes dos homens. Estas criaturas não foram criadas pelo sopro de Deus. Todos os seres que habitavam a terra seguiram Satanás em sua rebelião e foram julgados por Deus com águas. Por isso, há um descompasso entre os versículos 1 e 2 de Gênesis 1. Alguns traduzem o versículo 2 por: a terra tornou-se sem forma e vazia. Isso ocorreu por causa da rebelião de Satanás e o julgamento de Deus sobre as criaturas que havia nela.

A terra estava sem esperança quando Deus começou a Sua recriação na terra. A terra que foi recriada por Deus de maneira perfeita. No primeiro dia, criou a luz por Sua Palavra. No segundo dia, o firmamento e no terceiro dia fez a porção seca para que o homem pudesse vier na superfície da terra. O primeiro tipo de vida vegetal apareceu. A terra começava a tomar forma novamente para que o homem pudesse viver. Nessa criação, tudo estava conectado em Cristo. No final do terceiro, quarto e quinto dias, Deus disse: é bom. Ele falou isso porque tudo estava conectado em Cristo. No sexto dia, criou os animais e o homem com o Seu sopro, de uma maneira muito especial. Quando ele criou o homem e todo restante da criação conectada com Cristo como criação, disse: muito bom.

Como criação, a circunferência estava conectada a Cristo como seu centro. A transgressão fez com que o pecado entrasse no mundo e a morte entrou no homem e passou a todos os homens. Isso poque no momento em que desobedeceu, se desconectou do centro da circunferência criada por Deus, que se desfez. Eles deixaram Cristo como centro e tomaram a árvore do conhecimento do bem e do mal como seu centro de viver. Quando Deus perguntou ao Adão “onde estás?”, este já estava desconectado de Deus. Essa é a maior de todas as tragédias. Não importa quanto nos esforcemos para agradar a Deus, se estivermos vivendo em nossa alma desconectada de Deus, quanto mais pensarmos e fizermos, somente teremos tragédia.

Espero que vocês tenham entendido um pouco o que seja a criação de Deus no céu e na terra e como tudo se perdeu quando o homem foi enganado pela serpente. Que o Senhor nos leve a compreender a mensagem que está por trás da palavra. Sejamos os que conhecem o propósito de Deus e o inimigo invisível de Deus. Sejamos os que são guiados pelo Espírito, não vivendo pela nossa alma, que não é confiável, para lutarmos como exército de Deus para trazer o reino de Deus à terra.

Oração:
Te adoramos por Tua maravilhosa criação. Tu és Deus que criou todas as coisas com Teu Filho como centro de todas as coisas. Aparentemente foi tudo danificado pela rebelião de teu inimigo. Mas Teu plano já estava traçado. Através do evangelho fomos centrados em Cristo e tudo está sendo restaurado. Centre nossa alma em Cristo pelo Espírito e tenha tua igreja controlada por Cristo como o cabeça. Varra todo o universo das coisas negativas e liberte a criação do cativeiro da corrupção. Sejamos os agentes de Deus para operar a Sua economia nesses tempos. Atenda às necessidades dos irmãos e irmãs nesse tempo de isolamento. Em teu nome nós oramos. Amém!

4 comentários em “O Princípio da Criação de Deus (2) – Pedro Dong”

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