CONFERÊNCIA REGIONAL EM SÃO PAULO – 28-29/09/2019
Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong em 28/09/19. Texto não revisado. Pode conter erros de digitação, ortografia ou semântica.
Mensagem 21: O ministério da glória: verdade
Jo 14:6; Ef 4:20-21
Deus tem o único ministério da nova aliança. Esse é o ministério do tempo após a morte e ressurreição do Senhor Jesus. A linha ministerial surgiu no dia de Pentecostes com os 12 apóstolos que, juntamente com os 120 que aguardavam a promessa do Senhor de serem revestidos do alto com o Espírito Santo. Isso se cumpriu e todos passaram a pregar a palavra e mais de 3mil pessoas se converteram e foram batizados naquele dia. Os apóstolos continuaram dando testemunho da ressurreição do Senhor. Sem nenhum temor ou impedimento a palavra foi se expandindo e muitos passaram a viver a vida da igreja em Jerusalém. As autoridades, no entanto, tiveram dificuldade com essa palavra. A transferência da lei para Cristo havia chegado e para uma nação é muito difícil fazer essa mudança. Toda a nação de Israel estava baseada na lei de Moisés. Portanto, como nação, os judeus tiveram dificuldade de aceitar a vinda de Cristo. Por isso, o Senhor foi preparando Paulo.
A linha ministerial que começou com Pedro, encontrando dificuldade entre os judeus, se deslocou então para Paulo. Essa única linha ministerial continuou com Paulo. Ele formou um centro de obra em Éfeso e ali mais tarde, a partir do ano 69 até o ano 90 o apóstolo João continuou essa linha. Após seu exílio em Patmos, ele voltou para Éfeso e continuou a aperfeiçoar os irmãos. Estamos no Ministério do João, inseridos nesse ministério que culminará com a volta do Senhor. O irmão Dong nos ajudou a entrar no espírito e na vida, recebendo vida da Palavra.
Estamos na reta final. Estamos muito conscientes de que estamos nesse momento próximo à vinda do Senhor. Como igreja temos responsabilidade de completar o que falta da economia de Deus. Falamos na Conferência Internacional que temos um só foco, que é a obra de deus. Ele usou muitos servos, mas o que importa é a obra do Senhor sendo executada. Não exaltamos homens que fazem a obra, mas o importante é que em cada tempo a obra do Senhor seja executada. Nos capítulos 1 a 3 de 1 Coríntios Paulo fala: quem é Paulo, quem é Apolo? Nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento (1 Co 3:6-8). Portanto, nosso foco deve estar na obra de Deus.
1 Co 3:9 A lavoura de Deus é o que tem importância. Não temos preferencias por pessoas. não tenha preferência por nenhum de nós que está À frente, em detrimento de outro. Estamos acostumados a torcer por alguns. Na igreja não tem nada disso. Apenas torcemos para que a obra de Deus seja feita. Por outro lado, é importante deixar claro que Paulo tinha a liderança no ministério. Enquanto ele estava ali, os coríntios deveriam seguir a direção que vinha por meio dele para que a bênção de Deus estivesse com eles. Deus tem Seus princípios em Sua obra e se obedecermos o caminho e a maneira que Deus nos dá, teremos bênção.
Nesse tempo todo que temos provado a colportagem dinâmica, temos experimentado a bênção. Temos chance de praticar essa palavra porque formos obedientes. Está acontecendo uma revolução entre nós. As impressões da editora para atender a necessidade dos colportores dinâmicos está cada vez mais alta. Os próprios volumes do Alimento Diário foram separados em dois livros de 4 semanas cada. Se obedecemos a palavra do Senhor, temos a Sua benção. Nosso foco é que a obra de Deus seja executada com ouro, prata e pedras preciosas.
Há cerca de dois anos comecei a buscar mais luz diante do Senhor acerca da palavra glória.
Cl 1:10-12 Esses versículos falam da “força da Sua glória”. Percebi que o poder de Deus é operado em nós por meio da força da Sua glória. A glória não é meramente um elemento passivo, para ser contemplado. Mas a glória atua, trabalha em nós com uma força, que tem por trás o poder de Deus. Para que é essa força da glória.
Na primeira etapa de mensagens que eu falei sobre a glória, senti que não consegui transmitir exatamente. Depois, mostrei uma nova definição de glória a partir de Êx 33. Ali vimos que ao dizer que cumpriria a promessa de levar o povo à boa terra, Deus disse que enviaria um anjo com o povo. Naquele momento, Moisés se desesperou e disse a Deus: se a tua presença não for comigo, não irei. Essa palavra eu também peguei como minha experiencia e a resposta de Deus como minha promessa: a minha presença irá contigo. Moisés, então, pediu algo mais. Ele queria ver a glória de Deus. Deus atendeu esse pedido e fez com que Moisés o visse pelas costas. Então, a glória é o Deus manifestado em Sua face. Deus manifestado é a Sua glória.
Agora, ao ler 2 Coríntios 3, brilhou mais luz para nós sobre esse assunto.
2 Co 3:5-6 Se você está servindo ao Senhor, não tema. Deixe que Ele faça a obra. Nenhum de nós é capaz de fazer a obra de Deus. Isso é o que nos faz descansar. Se estamos diante de tão grande responsabilidade e precisamos ter capacidade para desempenhá-la, não conseguirei suportar. Mas, graças a Deus que no ministério da nova aliança quem nos capacita é Deus. Se Deus nos confiou esse ministério, no tempo certo nos dará suficiência.
Quando chegamos a uma encruzilhada não sabemos muito bem o que fazer. mas na hora necessária, Deus dá revelação e direção. Esse ministério é o ministério da nova aliança, o ministério do espírito. A letra mata e ficamos apenas com doutrinas, mas o espírito dá vida.
2 Co 3:7-10 Então, começamos a ver que o ministério da nova aliança está relacionado com a glória. É o ministério da glória. Moisés tinha comunhão na presença de Deus (não na face propriamente dita, porque ninguém pode ver Sua face e não morrer – por isso, Moisés foi colocado na fenda da penha quando Deus passou por ele). Esse ministério da nova aliança tem uma glória permanente. Diante da luz do sol do meio dia, a luz interna de um edifício é muito pequena. Assim, diante da sobre-excelente glória do ministério da nova aliança, a glória do ministério da antiga aliança era muito pequena.
Em Romanos vemos que todos éramos pecadores, mergulhados em pecados. Mas Deus providenciou a salvação por meio de Seu Filho. Com Sua crucificação, nos deu a redenção. Apenas por crer em Jesus recebemos a justificação. Deus em Cristo nos livrou de toda dívida diante de Deus. Fomos justificados de graça pela fé. No entanto, há muito mais para nós (Rm 5:10). Deus ainda está nos santificando e nos glorificando.
Quando se fala em santificação, os cristãos imaginam uma vida correta, sem fazer mal para ninguém. Mas não é exatamente isso, porque na verdade somente Deus é santo. Não é por não pecar que nos tornamos santos. Somente é santo alguém que é saturado pela vida de Deus. A santificação é feita por meio de Deus colocar Seus elementos santos em nós. A santificação inclui a renovação da nossa mente, a transformação de nossa alma, nossa conformação à imagem de Cristo e, por fim, nos levará à glorificação. Isso significa que nosso corpo de humilhação será revestido da glória e substituído por um corpo de glória. Deus está nos santificando.
Nessa Conferência não estamos apenas ouvindo palavras, mas Deus está colocando mais de Seus elementos santos em nós. E isso visa a glorificação. O ministério de João nos mostra mais do que apenas termos nosso corpo revestido de glória.
Jo 14 começou a me abrir os olhos para o verdadeiro significa do de glorificação. João 14 a 17 são os quatro capítulos mais elevados do ministério de João. Neles está a essência. Volte a ler esses 4 capítulos após ouvir essas palavras. Muita luz será transmitida.
O ministério de Paulo é maravilhoso porque nos abre os mistérios da vontade de Deus. Sem esse ministério não conheceríamos o mistério da vontade de Deus, o encabeçamento de Cristo, a multiforme sabedoria de Deus, a edificação da igreja, etc. O irmão Witness Lee foi o maior especialista do ministério de Paulo. Se não tivéssemos o ministério de Paulo teríamos apenas o que os 12 apóstolos falaram no início. O principal papel deles era manifestar quem era o Senhor Jesus e testemunhar a Sua ressurreição. Paulo, por sua vez, conseguiu abrir para nós os mistérios de Deus e de Cristo. Mas Deus ainda precisava nos abrir o ministério de João. Esses 4 capítulos são tão elevados que João sequer explica alguma coisa. Ele é tão fora de nossa mente tridimensional e materialista que João não ousou explicar, mas deixou que a própria palavra do Senhor Jesus revelasse a nós.
Vou tentar fazer alguns apontamentos para que você possa reler e ter despertada a revelação. O contexto desses 4 capítulos é que Jesus precisava comer a última ceia e a última Pascoa. Essas palavras não foram faladas nem para os 12, porque Judas já havia saído. O Senhor estava falando com os íntimos. Por isso, Ele abriu o coração. Foi nesse momento solene que ele falou esses capítulos.
Jo 14:1-3 A morte do Senhor Jesus e sua ressurreição visava preparar lugar. Onde Jesus estava? É para lá que Ele deseja nos levar. Ele quer nos levar para o Pai.
Jo 14:4-6 Por Sua morte e ressurreição Jesus está abrindo um caminho para nós irmos para dentro do Pai. Isso é um problema. Como nós que somos cheios de coisas impuras podemos ser colocados em Deus? Ninguém podia entrar no Santo dos Santos sem sangue para que não fosse fulminado. O processo de santificação não é deixar você melhor. Esse processo é para você e eu sermos colocados no Pai Santo.
Hb 12:14 Não podemos ter problema com nenhum irmão, porque precisamos seguir a paz com todos. Sem a santificação ninguém verá o Senhor, porque o nosso Deus é santo. Então, fui entendendo que a glorificação é um processo que segue o processo de santificação. Esse processo de santificação visa colocar os elementos santos em nós e o processo de glorificação visa nos inserir em Deus. Deus deseja colocar-nos, coletivamente, em Deus. Por isso, precisamos nos entender uns com os outros. Esse processo é realizado na igreja. Se não somos edificados com os irmãos, ficamos isolados. Antes do milênio, os vencedores serão colocados em Deus. Na igreja estamos recebendo esse processo.
Nesse processo de glorificação há um problema de unidade. Se não formos um, não poderemos ser colocados em Deus. Em Deus não há divisão alguma. Só há unidade nele. Ele não tem aresta ou ângulos. Se tivermos arestas, não poderemos ser colocados em Deus, que só conhece unidade. Essa unidade não é aquela de comermos pizza juntos, mas é a unidade que o Pai tem com o Filho. Não adianta tentarmos ser um. Precisamos de Deus.
Jo 14:7-9 Deus sabe quando mandar a palavra correta no momento certo. Basta sermos fiéis à palavra que Ele está nos falando no momento em que estamos. O Pai e o filho são um ao ponto de quando alguém ver o Pai, enxergar o Filho.
Jo 14:10-12 As obras que temos experimentado nos levam a crer. Faremos obras maiores porque Ele estava no Pai e estava indo para junto do Pai. Por que ele precisava dizer que estava indo para junto do Pai, se ele já estava no Pai. Por que quando ele fosse para o Pai nós poderíamos fazer obras maiores? Ocorre que Jesus agora não estava indo para o Pai apenas como Filho de Deus, mas agora também como Filho do homem. Ele tinha receio que o Pai rejeitasse a humanidade de Jesus. Se o Pai O recebesse como homem, então, todos nós poderíamos fazer obras maiores, porque teríamos um representante junto ao Pai. Teríamos um homem junto ao Pai. Porque Jesus está junto do Pai podemos fazer obras maiores.
O outro aspecto da glorificação é o amor. Se temos problemas entre nós, como seremos colocados em Deus, que é amor? Por isso, Jesus nos deu um novo mandamento em João 15 – que nos amemos uns aos outros.
Estamos na reta final. Deus está nos revelando essas coisas para que sejamos aperfeiçoados na unidade, na santificação, no amor, para que o Seu reino venha. Deus não pode fazer uma obra meia-boca entre nós. Que o Senhor nos de graça de praticarmos isso conforme a Sua palavra profética. Vamos crendo na palavra conforme a formos recebendo e seremos levados à glorificação.
Hoje falaremos sobre a verdade. O que é verdade? Nesse universo, somente Deus é realidade. Fora Dele não há realidade. Fora dele o que sobra é vaidade, ou seja, vazio. Sobra falsidade e mentira. Fora de Deus todas as coisas não passam de vaidade, falsidade e mentira.
O homem foi criado pelo sopro de Deus. Se Ele é realidade, quando soprou no homem, soprou realidade nele. Nosso espírito é a realidade.
Jo 4:23-24 Quando você está no espírito, está na realidade que Deus te deu. Por isso, viva no espírito invocando o nome do Senhor. Não viva vagando, mas no espírito. Deus procura esses adoradores que adoram em espírito e em verdade.
Rm 1:28-31 Por não escolher a Deus, o homem caiu em uma condição lamentável. O vazio do homem passou a ser enchido por Satanás com o pecado e seus elementos. Essa é a queda do homem quando não há realidade nele.
Ef 4:17-19 como andam os gentios? As pessoas sem deus andam na vaidade de sua mente, que é vazia e sem nenhuma realidade ou conteúdo. Depois que nos convertemos, deus quer nos encher de realidade. Ele quer remover de nós as coisas que são vaidade impureza e pecado. Caso contrário, não poderemos ser colocados em Deus. Deus precisa trabalhar em nós a verdade.
Talvez digamos que não somos tão ruins assim como descrito em Ef 4.
Ec 1:1-4 A vida humana sem Deus é vazia. Tudo é vaidade. Por força da necessidade de sustento, o homem trabalha, luta, se afadiga, mas friamente, é tudo vaidade de vaidade. Que proveito tem o homem em conseguir muitas coisas nessa terra? Isso servirá para o processo de glorificação? Sequer o caixão levaremos quando partirmos. Tudo que o homem faz é vaidade.
Ec 1:5-11 Essa vida sem Deus não tem nenhum sentido. O Brasil está em 8º lugar no ranking de suicídio. 11 mil pessoas se matam por ano no Brasil todos os anos. Na colportagem dinâmica temos experimentado salvar pessoas do suicídio. Muitas vezes são pessoas que têm bom emprego, bens e família, mas não veem sentido em sua vida. Deus quer nos encher de realidade. Ele quer encher nossa vida de sentido.
Ef 4:20-21 Precisamos aprender a Jesus. Isso é diferente de aprender de Jesus, ou seja, não é aprender a sua história ou lições de vida, mas precisamos ser moldados ao molde de Cristo. Precisamos tomar a forma de alguém que viva com realidade.
A verdade em Jesus é que enquanto homem na terra, Jesus não recebeu nenhuma coisa vazia, mas todo o tempo recebeu a realidade do Pai. Em toda a sua vida ele viveu sob o comando do Pai e para a Sua glória. Ele somente fazia as coisas se o Pai fizesse. O Pai é a verde e a realidade. Se Jesus viveu todo o tempo na realidade, nossa vida precisa ser a verdade em Jesus. Jesus viveu uma vida humana totalmente cheia de realidade. Se queremos nos encher de realidade, precisamos viver no espírito. Jesus hoje é o Espírito da realidade, o espírito da verdade que o Pai enviou para nós, que está em João 14. Esse Espírito da realidade nos enche de realidade.
Jo 1:1- Essa palavra é que nos transmite a realidade. Precisamos dar valor à Palavra e ao Espírito.
Jo 17:17-19 Quando recebemos a palavra, somos santificados na verdade. Jesus se santificou na verdade para que Sua humanidade fosse aceita pelo Pai. Jesus, como homem, se santificou em verdade para que o Pai santo pudesse aceitá-lo em santidade. O pai, que é a própria realidade pudesse aceitá-lo em realidade sem nenhum conflito.
Jo 17:5 Jesus já estava na glória do Pai. Por que precisa ser glorificado agora? Porque agora ele estava carregando a humanidade. Quando o Pai aceitasse a humanidade, deveríamos exultar de alegria. O primeiro homem foi aceito por Deus em Sua glória no Pai. Uma vez que foi aceito no Pai, abriu a porta para os demais homens. Ele se tornou o nosso autor da salvação para conduzir os muitos filhos à glória (Hb 2:10). Deus aceitou a humanidade para dentro Dele. Uma porta para sermos glorificados foi aberta. Mas ainda estamos muito distantes em amor unidade, santidade, verdade e justiça.
Todos esses itens, na verdade, são o próprio Deus. Unidade, amor, verdade, santidade são Deus. Tudo é para nos levar de volta a Deus. Nós viemos de Deus e um dia retornaremos a Deus. Atendendo todos os requisitos do que Deus é. No final, não haverá qualquer outra coisa. Estaremos no amor, que é o que é perfeito. A palavra perfeito tem o sentido de fim de tudo. O máximo da maturidade ou da completação. O amor é máximo de tudo.
Os vencedores experimentarão essa realidade antes de todos. Eles reinarão com Cristo e no final do milênio, entregará o reino a Deus Pai. No final das coisas veremos a Nova Jerusalém descendo dos céus. Esse tabernáculo é a habitação de Deus com os homens. O tabernáculo no deserto do antigo testamento era par amostrar que Deus quer habitar conosco para sempre. Deus está convidando o homem para habitar com Deus por toda a eternidade. Por isso, vamos entregar nosso coração ao Senhor. Vale a pena viver essa vida. Ainda que a porta seja estreita, vale a pena.
Ele vem sem demora e com Ele está o galardão. Que o Senhor continue nos revelando. Que isso não sejam palavras vazias, mas tenhamos mais da realidade de Deus em nós, substituindo o velho homem pelo novo homem.
Glórias a Deus pelo novo homem!