CONFERÊNCIA INTERNACIONAL – Mens. 8: O Bom Pastor Dá a Vida Pelas Ovelhas

Palavra ministrada pelo irmão Pedro Dong na Conferência Internacional, transmitida pelo Instituto Vida para Todos, diretamente do Auditório Pérola em Sumaré – SP, em 12/02/2024. Texto não revisado pelo autor.

Encorajamos você a assistir a mensagem completa no canal do IVPT no Youtube.

 

 

Jo 9:39-41; 2 Co 4:4; Gn 3:1-7

  1. Em Sua primeira vinda, Jesus fez separação entre aqueles que veem e aqueles que não veem. Esse é o significado de “juízo” em João 9:39. Ao longo desse capítulo vemos a dificuldade que Jesus tinha com esses que não viam, a ponto de Ele lhes perguntar se entendiam Sua linguagem. Jesus dizia ser o enviado do Verdadeiro e explicava que Suas palavras eram do Pai, mas os judeus não O entendiam. Neste contexto, Jesus disse que veio estabelecer juízo, para separar aqueles que veem dos que julgam ver.
  1. A religião judaica representa aqueles que se julgam ver e servir a Deus; todavia sua fonte está na árvore do conhecimento do bem e do mal, a mesma que provocou a queda do homem. Amados, tomem muito cuidado! Se não estivermos na árvore certa, viveremos pela árvore errada. Jesus veio para separar os que servem sob a árvore do conhecimento, com suas tradições e preceitos, dos que desejam receber vida e cura pela fé no enviado, conectando-se à árvore da vida. 
  1. Os fariseus não reconheciam sua cegueira. Se reconhecessem que eram cegos, o Senhor os teria salvado. Todavia, eles insistiam em acreditar que viam e, portanto, não precisavam de Jesus. Essa crença os impossibilitava de serem curados. O Deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos em Gênesis, quando a serpente questionou a Palavra e persuadiu Eva. A cegueira está relacionada a duvidar da Palavra de Deus e a desobedecê-la. Não caiamos nessa armadilha do inimigo, precisamos estar firmes na palavra do Senhor!
  1. Ao comerem do fruto, os olhos de Adão e Eva se abriram. O “abrir dos olhos” é a contaminação do interior do homem pelo pecado, proveniente da desobediência à Palavra de Deus. A partir daquele momento, a cegueira passou a vigorar na humanidade. Não podemos ser esses que acham que veem tudo, enxergam defeitos e analisam as coisas, julgando o que é bom e mau por conta própria. Se você se enquadra nessa situação, o Senhor pode curá-lo! Ore ao Senhor dizendo que você possui essa cegueira, mas deseja ver! Jesus veio para estabelecer esse juízo: se você tiver humildade em admitir a cegueira, Ele lhe colocará ao lado Dele, mas se insistir que não precisa de cura, permanecerá em seus pecados.

Dt 11:27-29; 12:5-8

  1. Antes de entrar na boa terra, era necessário fazer uma escolha: ficar em cima do muro não era uma possibilidade, não havia neutralidade nas questões de Deus. Ou escolhemos o monte Gerizim – a bênção e a vida – ou escolhemos o monte Ebal, a maldição e a morte. Diante de todos nós há essa escolha que precisamos fazer. Jesus veio para separar os que veem daqueles que acham que veem.
  1. Entre todas as 12 tribos, Deus escolheria uma cidade dentre elas para colocar Seu nome e Sua habitação, para onde todo o povo das 12 tribos deveria ir. Aqui vemos que há ordem, governo na casa de Deus: Ele ordena e Seu povo executa. Na boa terra haverá o governo de Deus, pois haverá o lugar que o Senhor escolher para ali pôr o Seu nome e habitação. No deserto, cada um faz o que bem entende, mas na boa terra, a terra de Canaã há governo e direção de Deus. Por isso não há escolha melhor do que obedecer a palavra do Senhor e estar debaixo do Seu governo, pois Ele sabe o que é melhor para nós. 

Lc 18:9-14

  1. Jesus veio ao mundo como a terra prometida, para dar descanso e herança aos que creem. Por isso veio para juízo, para separar os que se julgam justos aos próprios olhos dos que se humilham, crendo na palavra do Senhor com simplicidade. Os que se julgam bons e justos permanecerão em seus próprios pecados, mas os que se reconhecem como pecadores, humilham-se e creem na palavra com simplicidade, serão salvos!
  1. Se reconhecermos que somos cegos de nascença – porque nascemos de Adão e em sua queda nos tornamos cegos – e formos humildes, o Senhor pode cuspir no pó da terra, fazer lodo e aplicar em nossos olhos para nos curar da cegueira! A palavra saiu da Sua boca, chegou até nós e agora podemos ver! Se, todavia, formos como os fariseus que se julgavam justos, permaneceremos cegos e em nossos pecados. 

Jo 3:17-21

  1. Quem não crer já está julgado, pois o mundo também o está. Mas se crermos, saímos do julgamento, pois somos salvos! Como é importante crer na palavra de Deus: isso nos muda de situação, nos transfere da posição de julgados para a de salvos. O juízo é para remover toda indefinição. No passado, quando sofríamos muitos ataques do inimigo, víamos que enquanto a situação não se definia, o inimigo tinha muito terreno para trabalhar e continuava contaminando as pessoas. No momento em que alguns se definiram, porém, a bênção de Deus chegou! Por isso que o Senhor veio ao mundo trazer juízo: Ele quer provocar uma definição. 
  1. Jesus, a própria luz, faz separação entre a luz e as trevas – separação entre a árvore da vida e árvore do conhecimento do bem e do mal. O fato de você estar conectado a uma árvore em vez da outra, faz uma diferença tremenda. Defina em qual árvore quer viver e servir a Deus. Não sejamos governados pela árvore do conhecimento do bem, que julga o que está correto ou não conforme a razão humana. Andemos na árvore da vida, sendo governados pela palavra de Deus.

Jo 10:1-4; Gl 3:23-26

  1. Os fariseus expulsaram o homem que fora cego, a religião judaica o rejeitou. Jesus, porém, acolheu-o e considerou-o como uma de Suas ovelhas em Seu aprisco. Esse aprisco era o da lei, no qual os judeus que creram em Jesus estavam confinados.Eles estavam sob a tutela da lei, que serviu de aio para guardá-los durante o Antigo Testamento enquanto aguardavam a chegada do Messias. Assim, quando Cristo viesse, elas poderiam ser conduzidas por Ele. O cego de nascença era uma das ovelhas que estavam dentro do aprisco e agora foi conduzido para fora dele pelo Senhor.
  1. Cristo é a porta do povo escolhido de Deus no Antigo Testamento. Todos os que não entram por Ele são ladrões e salteadores, que usurpam as ovelhas de Deus para proveito próprio. Muitas lideranças do povo de Israel, que deveriam cuidar das ovelhas, aproveitavam- se delas. Todos os que entram no aprisco das ovelhas por outro caminho além da porta é ladrão e salteador. Os líderes dos judeus da época de Jesus usurparam do aprisco das ovelhas; Deus não os estabeleceu para governar sobre elas.
  1. Jesus foi enviado por Deus, Ele entrou pela porta e é o pastor das ovelhas. Para Ele o porteiro abre, as ovelhas ouvem a Sua voz e o seguem, como o cego que foi curado, Ele chama as Suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Jesus viveu aqui na terra e muitos O rejeitaram e desprezaram a Sua Palavra. Chegaram ao ponto de querer prendê-Lo e matá-Lo, porém algumas ovelhas reconheceram a voz do Senhor. A verdadeira ovelha identifica logo a voz do pastor. Jesus chamou o cego pelo nome, que reconheceu que Ele era seu pastor.
  1. Nós seguimos aquele cuja voz reconhecemos. Quando ouvimos a palavra do próprio Senhor, a reconhecemos como a voz do nosso pastor e a seguimos. Ao seguir a palavra, seguimos também o Senhor, pois quando ouvimos a palavra podemos identificá-Lo falando conosco. Essa palavra de Deus nos dá direção!

Jo 6:44-45

  1. Quem são esses que o Pai entregou ao Filho? São as ovelhas que reconhecem a voz do seu pastor e seguem-No pela Sua palavra. São os que são ensinados por Deus por meio da imersão, do inculcar a palavra no coração. Os que têm ouvido e aprendido da parte de Deus, esses vêm a Jesus, seguem o pastor. Nem todos os cristãos fazem parte desse grupo; os que têm aprendido com o Pai, que creem na palavra com simplicidade e obediência, são esses que o Pai trouxe a Jesus para cuidar.                                                                                                                                                                                                                                                                              
  2. As ovelhas não vão atrás de estranhos, pois seguem somente aquele cuja voz reconhecem. Hoje, seguimos o Senhor pela palavra profética. Os nossos adolescentes, que inculcam a palavra no coração, estão ouvindo, constantemente, a voz do pastor. Eles têm um amor reverente à palavra profética, dormem e acordam imergindo nessa palavra. Por estarem sempre imersos, eles percebem quando ouvem a voz de um estranho; são sensíveis, pois não é a voz que estão acostumados a ouvir.

Jo 10:7-9

  1. “Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvidos. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.” (Jo 10:7-9)
  1. Dentro da tutela da lei, não havia outra maneira de comer a não ser quando alguém trazia o alimento. Agora, porém, Deus nos libertou do aprisco da lei e nos fez sair pela porta para acharmos pastagem fresca! Não precisamos mais comer fardos de fenos secos ou comida enlatada, que, por melhor que sejam, não se equiparam à pastagem fresca. Toda semana temos palavra fresca, enquanto muitas pessoas só comem feno ensacado. O Senhor nos deu tanta graça por nos dar palavra nova todo dia! Isso nos dá força, energia, para sair e pregar o evangelho do reino e edificar a casa do Senhor e trazê-Lo de volta! Só temos o que agradecer ao Senhor.

Gl 5:1,13-21

  1. Cristo nos libertou para a liberdade. Estávamos confinados, e agora Deus nos direciona para as pastagens frescas. Há pessoas que querem nos confinar novamente, fazer- nos retornar à alimentação de enlatados, mas não nos submetamos à escravidão outra vez! Nós, hoje, somos livres! Talvez alguns entre nós tenham tido bloqueio para praticar algumas ferramentas que o Senhor nos deu, como a imersão, o grito de guerra, a Casa de Adolescentes, mas fomos libertos. Não usemos essa liberdade para dar ocasião à carne, mas sejamos “servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5:13). Fomos libertos para servir uns aos outros com comida fresca. Falemos entre nós a palavra, fazendo-a habitar ricamente em nós! 
  1. Amemos uns aos outros como a nós mesmos, conforme nos orienta a palavra de Deus. O poder para amarmos o outro é pela palavra, e não pela nossa própria capacidade de amar. O amor verdadeiro é ruminar, imergir e encorajar na palavra! 
  1. Sejamos guiados pelo Espírito e não mais escravizados pela lei (Gl 5:18). A capacidade para executar a obra de Deus não vem de nós mesmos, mas do Espírito, da palavra! Durante a colportagem há momentos em que “travamos”, quando não conseguimos mais abordar as pessoas. Nesse momento, os colportores fazem a imersão, isto é, eles se voltam à palavra de Deus para ouvir a voz do pastor, e o Senhor os encorajam para aplicar a palavra na oração pelos outros. E assim as coisas funcionam, por mais que pareça loucura. Qual a nossa capacidade para trazer cura às pessoas que encontramos na rua? Nenhuma! Mas aplicamos a palavra ao contatá-las e o Espírito faz a obra. O Espírito sopra para onde quer, e nós somos levados à direção do Espírito por meio da palavra.                                                                                                                                                                    
  2. Quem permanece na carne pratica os frutos da carne, e esses não herdarão o reino dos céus. Não queremos continuar andando na carne, pelo contrário: queremos usufruir dos frutos do Espírito, que são “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5:22-23). A nossa carne é crucificada quando estamos imersos na palavra que traz a realidade da cruz em nossa vida. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5:25-26). O nosso ambiente agora é de amor! 

Jo 10:10-14; At 20:29-30

  1. Alguns podem chegar até vocês, aparentemente, pelo seu bem, porém eles têm seus próprios objetivos. Eles podem querer lucro, poder, fama ou alguma outra ambição própria e não estão preocupados com sua saúde espiritual. Essas atitudes desfazem famílias, casamentos e tiram o desfrute de muitos. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir, mas Jesus, como o bom pastor, veio para dar vida, e vida em abundância. O bom pastor morre pelas ovelhas, faz de tudo, pois ama as ovelhas, o que é diametralmente diferente do ladrão.
  1. Paulo, já no seu tempo, alertava que “entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20:29-30). O objetivo desses homens é conseguir mais seguidores para suas ambições pessoais, mas não trabalham por amor às ovelhas. O pastor, todavia, sacrifica-se pelas ovelhas – Jesus veio para nos dar vida em abundância por meio de sua morte e ressurreição. 
  1. O mercenário visa a lucro para si, trabalha por dinheiro, por interesses próprios. Ele pode aparentar querer o bem das ovelhas em seu discurso, porém essas não pertencem a ele, e foge quando há risco para si. Conquista as ovelhas e depois as abandona, porque só se preocupa consigo mesmo. Na história de Davi, vemos que ele lutava contra o leão e o urso para salvar suas ovelhas – essa é a atitude de Jesus, que ama e conhece Suas ovelhas, dá a Sua vida por elas. Seu amor não é retórico, é verdadeiro! 

Jo 10:16-19; 1 Co 12:12-13

  1. Em Jo 10:16 o Senhor cita “outras ovelhas, não deste aprisco” que se refere a nós, os gentios. Ele nos chamou para nos ajuntarmos em um só rebanho! Nós ouvimos a voz do Senhor (a palavra), fomos atraídos e formamos agora somente um único rebanho. Todos nós somos ovelhas de um só corpo “quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado o beber de um só Espírito” (1 Co 12:13).
  1. Jesus foi injuriado, difamado, perseguido e crucificado por nós. Ele sofreu como uma ovelha em direção ao matadouro, pois morreu voluntariamente por nós. Esse é o espírito de um verdadeiro pastor, e não de um mercenário. Esse mesmo espírito está sendo impregnado em nós. Não podemos cuidar das pessoas como mercenários, que possuem interesses próprios.
  1. Estamos aprendendo com o nosso pastor a amar as pessoas, pregar o evangelho a elas, cuidar delas, dar a vida por elas. Apascentemo-las bem nas redes de cuidados para colocá-las para funcionar na obra também. Deus quer infundir em nós esse sentimento de pastor que dá a vida pelas ovelhas. Por que vamos às ruas? Porque amamos as pessoas e somos capazes de dar a nossa vida por elas.

 

Um comentário em “CONFERÊNCIA INTERNACIONAL – Mens. 8: O Bom Pastor Dá a Vida Pelas Ovelhas”

  1. Não tenho palavras para agradescer ao Senhor aqui! Eu era cega de nascença e hoje vejo as coisas do Alto! Sou suprida e curada a cada dia por meio do Falar do Senhor pelo proféta, e ainda tenho direção, sei para onde estou indo! Isso é Sobrenatural!!!!!

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